Epidemiologia e saber científico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barata,Rita Barradas
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de epidemiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X1998000100003
Resumo: Todo conhecimento, seja ele oriundo do cotidiano ou das interpretações mágicas, religiosas, filosóficas, científicas ou artísticas da realidade, tem sua origem em problemas práticos. Desde a Antigüidade o homem preocupou-se com as doenças e suas causas. Entretanto, os saberes referentes ao processo saúde-doença em sua dimensão coletiva só ultrapassam o limiar de positividade , isto é, só se individualizam como prática discursiva, no século XVII, quando as noções de população, Estado e coletivo ganham significado social. Tais saberes, entretanto, não caracterizam ainda uma disciplina científica com seu conjunto particular de enunciados, normas de verificação e coerência. A superação do limiar de epistemologização só se dará no século XIX, com a incorporação de cálculos estatísticos, formulação de taxas, desenvolvimento de teorias de causalidade e elaboração dos métodos de investigação. Na primeira metade do século XX observa-se a transição da disciplina para a ciência epidemiológica, marcada pela incorporação de instrumentos analíticos da Bioestatística, explicitação do caráter coletivo do objeto e sistematização dos métodos. Atualmente vive-se nova etapa de transição para o limiar de formalização.
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