Administrando o risco: uma teoria substantiva da adaptação estratégica de pequenas empresas a ambientes turbulentos e com forte influência governamental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bandeira-de-Mello,Rodrigo
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Cunha,Cristiano José Castro de Almeida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: RAC. Revista de Administração Contemporânea (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552004000500009
Resumo: O comportamento estratégico de pequenas empresas em contexto de turbulência ambiental causado, principalmente, pela influência governamental, não consegue ser suficientemente explicado pelas perspectivas teóricas existentes na literatura. Com o intuito de gerar uma teoria substantiva que explique tal comportamento, foi conduzido um estudo de caso, utilizando os procedimentos metodológicos da Grounded Theory. Os dados foram obtidos por meio da análise de 20 anos da história de uma empresa típica do setor da construção de edificações. Cerca de 595 minutos de entrevistas com cinco dirigentes foram analisadas com o apoio do software ATLAS/ti. Os dados revelaram que a adaptação estratégica da firma a um ambiente turbulento e com forte influência governamental pode ser explicada, na ótica dos dirigentes, por um processo social denominado administração do risco, no qual a busca por posições seguras e livres de risco são priorizadas em detrimento da maximização dos resultados econômicos. A teoria substantiva gerada explica sob quais condições determinadas formas de administrar o risco são utilizadas. O contraste dos resultados com a literatura existente na área revelou que as principais perspectivas teóricas podem ser refinadas para aumentar sua aderência ao contexto investigado.