Adsorção de metais pesados utilizando fibras residuais da indústria de alimentos / Heavy metal adsorption using waste fibers from the food industry

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalcante, Douglas Ferreira
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Davi, Dalila Maria Barbosa, Abreu, Katiany do Vale, Oliveira, Maria Roniele Felix, Alves, Carlucio Roberto, Soares, Darlane Wellen Freitas
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Applied Science Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BASR/article/view/2505
Resumo: tem sido um problema frequentemente vivenciado por todos. Esses contaminantes, originados de processos industrias e mineradoras, podem trazer danos irreversíveis tanto para os seres humanos quanto para a fauna e a flora. Em vista da necessidade de solucionar o problema surge a biossorção, onde se utiliza em seu tratamento biomassas vivas ou mortas como biossorvente, diminuindo os custos no tratamento. Diante do que foi apontado, o presente estudo teve como objetivo avaliar a capacidade de dois tipos de biomassas, caracterizadas como rejeitos da indústria alimentícia, em adsorver cádmio. As biomassas foram identificadas como B1 e B2. As fibras foram lavadas, secas, trituras e peneiradas a fim de padronizar o tamanho das partículas a serem utilizadas. Para os ensaios de biossorção foram utilizados solução padrão de Cd2+ e concentração 6,0 g/L das fibras B1 e B2 com tamanho de partícula < 20 mesh e > 80 mesh. Os ensaios foram conduzidos em duplicatas, em agitador rotatório de bancada. Avaliou-se a biossorção para concentrações de 10 mg.L-1 e 20 mg.L-1 de Cd2+. As amostras foram retiradas nos intervalos de tempo 30, 60 e 90 minutos. As análises foram feitas em um Potenciostato/Galvanostato Autolab PGSTAT100, controlado através de computador com Software NOVA 2.0 que viabiliza ensaios voltamétricos e polarográficos. Para a concentração de 10 mg.L-1 o pH inicial foi de 6,18 e para 20 mg.L-1 o pH foi de 5,34. Após decorridos os 90 minutos de ensaio, os valores de pH final das amostras de efluente sintético de cádmio foram de 6,35 ± 0,3 (para as fibras B1 e B2) para a concentração de 10 mg.L-1 e 6,35 ± 0,4 (fibra B1) e 6,0 (fibra B2) para a concentração de 20 mg.L-1. Observou-se elevação do pH ao final do processo apenas na concentração de 20 mg.L-1 do metal avaliado. Após análise polarográfica obteve-se para o efluente sintético contendo fibra B1 e concentração inicial de 10 mg.L-1 de Cd2+ concentração residual de Cd2+ de 6,86 ± 0,7 ppm (remoção de 31,4%) após 30 minutos de adsorção, 6,33 mg.L-1 (remoção de 36,7%) após 60 minutos, e 3,69 ± 0,7 mg.L-1 após 90 min com remoção de 63,10%, expressando resultados bastante promissores. Para o efluente sintético contendo fibra B1 com concentração inicial de 20 mg.L-1 de cádmio a concentração residual de Cd2+ foi de 10,55 mg.L-1 com remoção de 47,25% para todos os tempos de adsorção analisados. Para o efluente contendo fibra B2 e concentração inicial de 10 mg.L-1 e 20 mg.L-1 houve adsorção de 100% em todos os tempos. A partir dos resultados obtidos conclui-se que os resíduos fibrosos apresentaram resultados bastante significativos e podem ser usados para o tratamento, uma vez que a fibra B1 foi capaz de adsorver 63% de cádmio de um efluente sintético com concentração inicial de 10 mg.L-1 em apenas 90 minutos de ensaio, enquanto a fibra B2 adsorveu 100% para todos os tempos e concentrações do metal avaliadas. 
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