Síndrome de Kounis: uma abordagem diagnóstica, evolução clínica e revisão

• Autor(a) principal: do Nascimento, Natália Rodrigues
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Siqueira, Arthur de Souza, Guizzetti, Maria Isabel Araujo, do Carmo, Adriani Ferreira, Flávio, Gabriela Alves Louzada, Peron Filho, Joel Neves, de Paula, Mirla Mirtes Mastub, Corrêa, Rone Passos Vasconcelos, Ferreira, Caio César, Jubé, Isabella Machado Fleury, Luz, Lauren Soares, Santos, Thaís Brasil, Torres, Lorena Da Silva, de Andrade, Islla Giovanna Melo
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63087
• topic: Kounis; reação alérgica; síndrome coronariana; anafilaxia; diagnóstico

Introdução: A síndrome de Kounis, descrita por Kounis e Zavras em 1991, é uma emergência médica caracterizada pelo desenvolvimento de uma síndrome coronariana secundária a uma reação alérgica. Pode ser causada após a ingestão de medicamentos ou alimentos, picadas de insetos, exposições ambientais, entre outras situações. Apresentação do Caso: Uma mulher de 62 anos, pesando 75 kg, previamente saudável e residente do estado de Goiás, procurou atendimento emergencial com sintomas de dor no peito por cerca de 40 minutos, acompanhada de sudorese, erupções cutâneas de centro claro em seu abdômen, edema labial, episódios de vômito e diarreia, dor abdominal e dificuldade para respirar. Este foi seu primeiro episódio do tipo. Discussão: A síndrome de Kounis pode ser dividida em tipos 1 (ausência de doença coronariana), 2 (doença coronariana presente) e 3 (trombose de stents farmacológicos). Sua fisiopatologia está associada a degranulação de mastócitos, resultando na liberação de diversos mediadores vasoativos. O diagnóstico é clínico com base na identificação do quadro clínico sugestivo de reação anafilática, como urticária, angioedema, prurido, dispneia, náuseas e hipotensão associado a evento coronariano agudo com mal-estar geral e dor torácica. Não há uma diretriz para o tratamento, mas, no geral, se baseia em uso de epinefrina, anti-histamínicos, corticosteroides e antitrombóticos. Conclusão: É uma doença subdiagnosticada que pode ser ameaçadora à vida, para isso, depende de um rápido diagnóstico e sem atrasos no início da terapia.