Descompressão orbitária antro-etmoidal na orbitopatia distireoidiana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro,Mário Luiz Ribeiro
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Ostroscki,Miriam Rotenberg, Silva,André Luis Borba da, Bloise,Walter
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492001000300005
Resumo: Objetivo: Avaliar os resultados e as complicações da descompressão orbitária antro-etmoidal em pacientes com orbitopatia distireoidiana. Métodos: 14 pacientes sendo 10 do sexo feminino, com média de idade de 41,7 anos, foram submetidos a 22 cirurgias de descompressão orbitária. Em 3 cirurgias (2 pacientes), na fase ativa da oftalmopatia a indicação cirúrgica foi ulceração de córnea, com risco de perfuração corneana. Estes pacientes estavam recebendo corticosteróides associados a ciclofosfamida e radioterapia tendo o tratamento prosseguido após a cirurgia. Dezenove órbitas foram operadas em fase inativa da orbitopatia por indicação cosmética associada a desconforto ocular por exposição corneana. Resultados: A redução da proptose oscilou entre 1 e 6 mm (média 3,91 mm). Nos pacientes operados na fase aguda a redução média foi de 5,33 ± 0,27 mm e na fase sequelar foi de 3,68 ± 0,25 mm. Nenhum paciente apresentou diplopia conseqüente a cirurgia. Correção de estrabismo prexistente foi realizada em 2 pacientes e tarsorrafia temporária foi associada a cirurgia descompressiva nas 3 cirurgias realizadas na fase aguda. Seis pacientes foram subseqüentemente submetidos à correção de retração palpebral prexistente. Em uma paciente houve piora da retração palpebral inferior como conseqüência da descompressão orbitária. Houve diminuição transitória da sensibilidade na região malar em quase todos os pacientes mas em nenhum deles ela foi definitiva. Conclusões: A descompressão óssea antro-etmoidal da órbita é eficiente em reduzir a proptose em pacientes com orbitopatia distireoidiana e apresenta baixa incidência de complicações. Associada a outras modalidades terapêuticas pode ser um procedimento útil em casos graves na fase congestiva. Da mesma forma, se mostrou benéfica na reabilitação cosmética de indivíduos na fase seqüelar.
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