Fatores associados ao aleitamento cruzado em duas cidades do Sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Seehausen,Mariana Pujól von
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Oliveira,Maria Inês Couto de, Boccolini,Cristiano Siqueira, Leal,Maria do Carmo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017000405016
Resumo: Resumo: O objetivo foi estimar a prevalência de aleitamento cruzado em duas cidades brasileiras e analisar os fatores associados à prática. Estudo transversal aninhado a uma coorte de gestantes recrutadas nas unidades públicas de saúde que ofereciam atendimento pré-natal em duas cidades de médio porte do Estado do Rio de Janeiro, Brasil: da Região Metropolitana e da Região Serrana, conduzido entre 2008 e 2010. O presente trabalho inclui todas as mulheres entrevistadas aos seis meses de vida de seus bebês. Razões de prevalência ajustadas foram obtidas por modelo de regressão de Poisson e as variáveis de exposição que alcançaram p ≤ 0,05 compuseram o modelo final. O aleitamento cruzado foi praticado por 43,4% das mães na região metropolitana e por 34,5% delas na Região Serrana. O baixo nível socioeconômico esteve associado ao aleitamento cruzado nas duas cidades. Além disso, na Região Serrana foram associados diretamente ao desfecho ser mãe adolescente, ter escolaridade igual ou inferior ao Ensino Fundamental completo e ter realizado menos de seis consultas pré-natais. Na Região Metropolitana, além do nível socioeconômico, apenas a multiparidade foi associada (inversamente) ao aleitamento cruzado. O aleitamento cruzado, embora contraindicado pelo Ministério da Saúde, apresentou alta prevalência entre as mães entrevistadas e foi mais praticado pelas populações mais vulneráveis.