Epidemiologia de comportamentos de saúde no Brasil: diferenças entre adultos com e sem planos privados de saúde na Região Metropolitana de Belo Horizonte (2003‐2010) e hábitos alimentares em idosos com e sem limitação funcional na Pesquisa Nacional de Saúde (2013)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valle, Estevão Alves
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16251
Resumo: Esta tese investiga dois aspectos epidemiológicos Acerca de comportamentos saudáveis e uso de serviços preventivos de saúde em grandes inquéritos populacionais brasileiros. O primeiro artigo examina indicadores em adultos, uma em 2003 (N= 13.757), e outra em 2010 (N=12.983), cobertas ou não por planos privados de saúde, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Após ajustamentos por fatores demográficos, variação temporal e fonte de atenção, houve redução da prevalência do tabagismo, semelhante entre aqueles sem e com plano privado de saúde, no período compreendido entre 2003 e 2010. A prevalência do consumo excessivo de bebidas alcoólicas e do sedentarismo no cotidiano aumentou nos dois grupos e diminuiu a prevalência de atividades físicas no lazer. Não foram observadas mudanças na prevalência de aferição de pressão arterial, mas a prevalência da realização de dosagem de colesterol, da realização da mamografia e da citologia oncótica do colo uterino aumentou mais acentuadamente entre indivíduos não filiados a planos de saúde. O segundo artigo compara o consumo de grupos alimentares entre idosos brasileiros de acordo com a presença de limitação funcional. Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, com 11.177 idosos participantes. Comparados com aqueles sem limitação funcional, o consumo diário de carne, regular de feijões e recomendado de frutas e verduras foi significativamente menor entre idosos com limitação funcional (razão de prevalência 0,89, IC 95% 0,80 ‐0,98;0,90, IC 95% 0,82‐0,99; e 0,86, IC 95%0,76‐0,96, respectivamente), independentemente do sexo, nível educacional, situação conjugal ou arranjo familiar. A escolaridade apresentou forte associação positiva com o consumo recomendado de frutas e verduras, e negativa com consumo regular de feijões. Os resultados dessa tese apontam a grande necessidade de ampliação de medidas preventivas para DCNT, Sobretudo para a identificação de populações mais vulneráveis a seus fatores de risco e agravos relacionados, para as quais devem ser endereçadas ações específicas de promoção da saúde.