Exposição a agrotóxicos e distúrbios reprodutivos: estudo em trabalhadores rurais, seus familiares e jovens do município de Farroupilha - RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cremonese, Cleber
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13159
Resumo: Introdução: No Brasil, a utilização dos agrotóxicos é extremamente relevante no modelo de desenvolvimento do setor agrícola, em consequência disso, o país é hoje o maior consumidor mundial de agrotóxicos. Grande parte destes agentes apresenta capacidade de desregulação do sistema endócrino humano, resultando em alterações nos níveis de hormônios sexuais, causando efeitos adversos, principalmente sobre o sistema reprodutivo, tais como, câncer de mama e ovário, desregulação de ciclo menstrual, câncer de testículo e próstata, infertilidade, declínio da qualidade seminal e malformação de órgãos reprodutivos. Objetivos: Avaliar a exposição aos agrotóxicos em adultos moradores na área rural do município de Farroupilha, RS, e os possíveis impactos desta exposição nos níveis de hormônios reprodutivos de homens e mulheres e na qualidade do sêmen de adultos jovens. Metodologia: Para atender a estes objetivos gerais, foram realizados dois estudos transversais, com objetivos específicos, populações e metodologias de coleta particulares. No estudo um, foram investigados adultos de ambos os sexos, trabalhadores rurais e seus familiares, com idades compreendidas entre 18 e 69 anos, residentes na área rural do município de Farroupilha, RS. Já no estudo dois, jovens moradores rurais e urbanos, com idade entre 18 e 23 anos participaram da investigação. Foram coletadas amostras de sangue e sêmen para mensurar níveis de atividade de colinesterases, níveis de hormônios sexuais e outros parâmetros bioquímicos, além de parâmetros espermáticos. Também foram aplicados questionários para identificar possíveis fatores associados aos desfechos reprodutivos. Resultados: No estudo um, homens com maiores níveis de exposição a agrotóxicos apresentaram aumento na concentração de testosterona de 14% (IC95%= 0,79; 109,89) e redução de LH de 20% (IC95%= -0,46; -0,06). O hormônio SHBG apresentou associação positiva e significativa com os níveis de BChE (Exp(β)= 1,17; IC95%= 0,02; 0,17) e estar trabalhando mais de 25 anos na agricultura mostrou associação com redução de 20% (IC95%= -0,45; -0,003) nos níveis desse hormônio. O uso de organofosforados foi associado a níveis de prolactina 17% menores (IC95%= -0,34; -0,04). Já nas mulheres, ter trabalhado nos últimos 3 meses foi associado a menores níveis de prolactina (Exp(β)=0,83; IC95%= -0,77; -0,04). Na regressão logística, homens usando agrotóxicos do grupo dos inseticidas e dos organofosforados, respectivamente, tiveram menor chance de ter a prolactina reduzida (OR=0,39; IC95%= 0,17; 0,93 para inseticidas; OR=0,39; IC95% 0,16; 0,92 para organofosforados). Da mesma forma, foi observada nas mulheres associação inversa entre contato com agrotóxicos autorreferido alto e a chance de apresentar a prolactina reduzida (OR= 0,26; IC95%= 0,09-0,71). No estudo 2, alterações nos níveis de hormônios sexuais estiveram associados com características de gestação e nascimento, com maiores níveis de exposição a agrotóxicos e com local de moradia. Quanto aos parâmetros espermáticos, motilidade foi significativamente menor nos jovens rurais do que nos urbanos (β= -8,35; IC95%= -16,09; -0,61), nos que relataram contato com agrotóxicos alto (β= -3,17; IC 95%= -5,97; -0,36) e nos que usavam fungicidas no momento da coleta (β= -3,17; IC95%= -5,97; -0,36). Morfologia mostrou-se reduzida entre 15% e 32% nos moradores rurais e com maiores contatos com agrotóxicos. Também foram observadas diferenças significativas nas medidas anatômicas sexuais quanto ao local de moradia, exposição a agrotóxicos e características de gestação. Conclusão: Os achados são sugestivos de que exposições crônicas a agrotóxicos interferem na regulação dos hormônios sexuais em adultos, bem como na qualidade seminal dos jovens da área rural do município de Farroupilha-RS.
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spelling Cremonese, CleberKoifman, Rosalina JorgeWarden, Carmen Freire2016-03-15T14:15:03Z2016-03-15T14:15:03Z2014CREMONESE, Cleber. Exposição a agrotóxicos e distúrbios reprodutivos: estudo em trabalhadores rurais, seus familiares e jovens do município de Farroupilha - RS. 2014. 225 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública e Meio ambiente) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13159Introdução: No Brasil, a utilização dos agrotóxicos é extremamente relevante no modelo de desenvolvimento do setor agrícola, em consequência disso, o país é hoje o maior consumidor mundial de agrotóxicos. Grande parte destes agentes apresenta capacidade de desregulação do sistema endócrino humano, resultando em alterações nos níveis de hormônios sexuais, causando efeitos adversos, principalmente sobre o sistema reprodutivo, tais como, câncer de mama e ovário, desregulação de ciclo menstrual, câncer de testículo e próstata, infertilidade, declínio da qualidade seminal e malformação de órgãos reprodutivos. Objetivos: Avaliar a exposição aos agrotóxicos em adultos moradores na área rural do município de Farroupilha, RS, e os possíveis impactos desta exposição nos níveis de hormônios reprodutivos de homens e mulheres e na qualidade do sêmen de adultos jovens. Metodologia: Para atender a estes objetivos gerais, foram realizados dois estudos transversais, com objetivos específicos, populações e metodologias de coleta particulares. No estudo um, foram investigados adultos de ambos os sexos, trabalhadores rurais e seus familiares, com idades compreendidas entre 18 e 69 anos, residentes na área rural do município de Farroupilha, RS. Já no estudo dois, jovens moradores rurais e urbanos, com idade entre 18 e 23 anos participaram da investigação. Foram coletadas amostras de sangue e sêmen para mensurar níveis de atividade de colinesterases, níveis de hormônios sexuais e outros parâmetros bioquímicos, além de parâmetros espermáticos. Também foram aplicados questionários para identificar possíveis fatores associados aos desfechos reprodutivos. Resultados: No estudo um, homens com maiores níveis de exposição a agrotóxicos apresentaram aumento na concentração de testosterona de 14% (IC95%= 0,79; 109,89) e redução de LH de 20% (IC95%= -0,46; -0,06). O hormônio SHBG apresentou associação positiva e significativa com os níveis de BChE (Exp(β)= 1,17; IC95%= 0,02; 0,17) e estar trabalhando mais de 25 anos na agricultura mostrou associação com redução de 20% (IC95%= -0,45; -0,003) nos níveis desse hormônio. O uso de organofosforados foi associado a níveis de prolactina 17% menores (IC95%= -0,34; -0,04). Já nas mulheres, ter trabalhado nos últimos 3 meses foi associado a menores níveis de prolactina (Exp(β)=0,83; IC95%= -0,77; -0,04). Na regressão logística, homens usando agrotóxicos do grupo dos inseticidas e dos organofosforados, respectivamente, tiveram menor chance de ter a prolactina reduzida (OR=0,39; IC95%= 0,17; 0,93 para inseticidas; OR=0,39; IC95% 0,16; 0,92 para organofosforados). Da mesma forma, foi observada nas mulheres associação inversa entre contato com agrotóxicos autorreferido alto e a chance de apresentar a prolactina reduzida (OR= 0,26; IC95%= 0,09-0,71). No estudo 2, alterações nos níveis de hormônios sexuais estiveram associados com características de gestação e nascimento, com maiores níveis de exposição a agrotóxicos e com local de moradia. Quanto aos parâmetros espermáticos, motilidade foi significativamente menor nos jovens rurais do que nos urbanos (β= -8,35; IC95%= -16,09; -0,61), nos que relataram contato com agrotóxicos alto (β= -3,17; IC 95%= -5,97; -0,36) e nos que usavam fungicidas no momento da coleta (β= -3,17; IC95%= -5,97; -0,36). Morfologia mostrou-se reduzida entre 15% e 32% nos moradores rurais e com maiores contatos com agrotóxicos. Também foram observadas diferenças significativas nas medidas anatômicas sexuais quanto ao local de moradia, exposição a agrotóxicos e características de gestação. Conclusão: Os achados são sugestivos de que exposições crônicas a agrotóxicos interferem na regulação dos hormônios sexuais em adultos, bem como na qualidade seminal dos jovens da área rural do município de Farroupilha-RS.Introduction: In Brazil, the use of pesticides is extremely relevant in the model used of the sector, as a result, the country is the first consumer of pesticides the world nowadays. Most of these agents have the capacity to deregulation of the human endocrine system, resulting in changes in the secretion of sex hormones, causing adverse effects, especially on the reproductive system, such as breast and ovarian cancer, disruption of the menstrual cycle, testicular cancer and prostate, infertility, decline in sperm quality and malformation of reproductive organs. Objectives: To evaluate the pesticide exposure among adults living in the rural area of Farroupilha, RS city and the possible impacts of this exposure on the levels of reproductive hormones in men and women and in semen quality of young adults. Methodology: To answer general questions, two cross-sectional studies, with specific objectives, methodologies and populations were performed. In the first study, adults of both sexes, rural workers and their families, aged between 18 and 69 years, living in the rural area of Farroupilha, RS were investigated. In the second study, young rural and urban, aged between 18 and 23 years participated in the investigation. Biological samples of blood and semen were collected to measure levels of cholinesterase activities, levels of sex hormones, biochemical levels and sperm parameters. Questionnaires were administered to identify possible factors associated with reproductive outcomes. Results: In the first study, men with higher levels of exposure to pesticides showed an increase in testosterone concentration of 14% (95%CI = 0.79; 109.89) and reduction of LH in 20% (95%CI = -0.46; -0.06). The SHBG hormone a positive and significant association with the levels of BChE (Exp(β) = 1.17; 95%CI 0.02; 0.17) and be over 25 years working in agriculture was associated with 20% reduction (95% CI = -0.45; -0.003) in the levels of this hormone. The use of organophosphates was associated with prolactin levels 17% lower (95%CI = -0.34; -0.04). In women, having worked in the last 3 months was associated with lower levels of prolactin (Exp(β) = 0.83; 95%CI -0.77; -0.04). In logistic regression, men using insecticides and organophosphates pesticides, respectively, were less likely to have reduced prolactin (OR= 0.39; 95%CI = 0.17; 0.93 for insecticides, OR= 0.39; 95% 0,16; 0.92 for organophosphates). Similarly, in women was observed inverse association between high self-reported contact with pesticides and the chance to introduce the reduced prolactin (OR= 0.26; 95%CI 0.09; 0.71). In the second study, changes in levels of sex hormones were associated with characteristics of pregnancy and birth, with higher levels of exposure to pesticides and place of residence. As for sperm parameters, sperm motility was significantly lower in rural than in urban youth (β= -8.35; 95%CI= -16.09; -0.61) among those reporting high contact with pesticides (β= -3.17; 95%CI= -5.97; -0.36) and that used fungicides at the time of collection (β= -3.17; 95%CI= -5.97; -0.36). Morphology was reduced between 15% and 32% in rural and further contact with pesticides residents. Significant differences were also observed in sexual anatomical measures as housing location, pesticide exposure and pregnancy characteristics. Conclusion: These findings are suggestive that chronic exposures to pesticides interfere with the regulation of sex hormones in adults, as well as seminal quality of young people from rural area of Farroupilha, RS.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAgrotóxicosEstudos transversaisAnálise multivariadaAnálise do sêmenPesticidesRural workersEndocrine disruptorsCross-sectional studiesMultivariate analysisSemen analysisSpermatozoaExposição a PraguicidasTrabalhadores RuraisDisruptores EndócrinosAnálise do SêmenAdulto JovemEspermatozoidesExposição OcupacionalExposição a agrotóxicos e distúrbios reprodutivos: estudo em trabalhadores rurais, seus familiares e jovens do município de Farroupilha - RSExposure to pesticides and reproductive disorders: a study of rural workers, their families and young people in the city of Farroupilha - RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambienteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Cleber_cremonese_ESP_2014.pdfapplication/pdf2264919https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13159/1/ve_Cleber_cremonese_ESP_2014.pdfc2992c0155b41e4820d083853210e2b7MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13159/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT193.pdf.txt193.pdf.txtExtracted texttext/plain504335https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13159/3/193.pdf.txtca072b44362e930dd2908092ae384058MD53ve_Cleber_cremonese_ESP_2014.pdf.txtve_Cleber_cremonese_ESP_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain504501https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13159/4/ve_Cleber_cremonese_ESP_2014.pdf.txt66df6353c3b4298fd61e91fd32654dc3MD54icict/131592023-01-19 14:45:16.738oai:www.arca.fiocruz.br:icict/13159Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:45:16Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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