Incapacidade funcional em idosos: maneiras de pensar e maneiras de agir

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Josianne Katherine
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10010
Resumo: Em um contexto de envelhecimento populacional, a funcionalidade se torna uma preocupação maior da saúde pública e a capacidade funcional, um balizador para o desenvolvimento de políticas. A dimensão da saúde que se refere à funcionalidade-incapacidade, amplamente investigada na perspectiva biomédica, não se restringe aos aspectos biológicos, pois carrega dimensões simbólicas, sociais e culturais que precisam ser conhecidas. Nessa perspectiva, foi construída essa tese que foi dividida em dois artigos. O objetivo do primeiro foi investigar os elementos que participam da construção dos significados da incapacidade para o idoso residente na cidade de Bambuí/MG. Este trabalho de abordagem qualitativa utilizou o modelo de signos, significados e ações na coleta e análise dos dados. Foram entrevistados 57 idosos (30 mulheres; 27 homens) com idades entre 61 e 96 anos, cadastrados nas unidades básicas de saúde da cidade. Os idosos compreendem a funcionalidade e a incapacidade (disease), como o “dar conta/não dar conta” ou “dar trabalho” (illness). “Não dar conta” refere-se às perdas funcionais inexoráveis atribuídas à velhice, enquanto “Dar trabalho” a uma condição definitiva que gera dor e sofrimento à pessoa e a quem dela cuida. As maneiras de lidar com o “não dar conta” passam por se conformar, enquanto com o “dar trabalho”, orar. A religiosidade e o conformismo podem ajudar nos momentos de crise; mas, revelam a carência de recursos e de alternativas de apoio e de intervenção nos casos mais graves. A partir desses resultados foi feita outra análise seguindo os passos do modelo de signos, significados e ações e esse segundo artigo teve como objetivos: investigar como idosos residentes na comunidade lidam com a perspectiva da incapacidade e funcionalidade na velhice, bem como compreender como o contexto sociocultural modula esse processo. Assim, no segundo trabalho, “Ficar ou não ficar quieto?” é a dúvida que subjaz ao processo de funcionalidade e incapacidade na velhice. Porém, não se trata de uma questão de escolha individual, pois a resposta depende dos recursos financeiros, intelectuais, subjetivos e de apoio social disponível. Além disso, ficar quieto reflete uma concepção de velhice inexoravelmente associada à incapacidade, o que deixa os idosos conformados com sua condição e quando as dificuldades aumentam, resta-lhes somente “esperar a morte chegar”. As equipes de saúde precisam interferir nesta concepção, oferecendo cuidado aos idosos na sua recuperação da melhor funcionalidade, até o fim da vida.
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Nessa perspectiva, foi construída essa tese que foi dividida em dois artigos. O objetivo do primeiro foi investigar os elementos que participam da construção dos significados da incapacidade para o idoso residente na cidade de Bambuí/MG. Este trabalho de abordagem qualitativa utilizou o modelo de signos, significados e ações na coleta e análise dos dados. Foram entrevistados 57 idosos (30 mulheres; 27 homens) com idades entre 61 e 96 anos, cadastrados nas unidades básicas de saúde da cidade. Os idosos compreendem a funcionalidade e a incapacidade (disease), como o “dar conta/não dar conta” ou “dar trabalho” (illness). “Não dar conta” refere-se às perdas funcionais inexoráveis atribuídas à velhice, enquanto “Dar trabalho” a uma condição definitiva que gera dor e sofrimento à pessoa e a quem dela cuida. As maneiras de lidar com o “não dar conta” passam por se conformar, enquanto com o “dar trabalho”, orar. A religiosidade e o conformismo podem ajudar nos momentos de crise; mas, revelam a carência de recursos e de alternativas de apoio e de intervenção nos casos mais graves. A partir desses resultados foi feita outra análise seguindo os passos do modelo de signos, significados e ações e esse segundo artigo teve como objetivos: investigar como idosos residentes na comunidade lidam com a perspectiva da incapacidade e funcionalidade na velhice, bem como compreender como o contexto sociocultural modula esse processo. Assim, no segundo trabalho, “Ficar ou não ficar quieto?” é a dúvida que subjaz ao processo de funcionalidade e incapacidade na velhice. Porém, não se trata de uma questão de escolha individual, pois a resposta depende dos recursos financeiros, intelectuais, subjetivos e de apoio social disponível. Além disso, ficar quieto reflete uma concepção de velhice inexoravelmente associada à incapacidade, o que deixa os idosos conformados com sua condição e quando as dificuldades aumentam, resta-lhes somente “esperar a morte chegar”. As equipes de saúde precisam interferir nesta concepção, oferecendo cuidado aos idosos na sua recuperação da melhor funcionalidade, até o fim da vida.In a context of population aging, the functionality becomes a major concern of public health and functional capacity, a necessary criterion for policy development. The dimensions of health as regards functionality/disability widely studied in the biomedical perspective, is not restricted to the biological aspects, since symbolic charges, social and cultural dimensions must be known. In this perspective, this was built anthropological thesis was divided into two articles. The aim of first work was to investigate the elements that comprise the significance of disability for the elderly residents of the city of Bambuí/MG. This is a qualitative approach, in which the model of signs, significance and actions was used in both data collection and assessment. 57 subjects registered in the primary care units were interviewed with an age range from 61 to 96. The participants understood functionality/disability (disease) as “being able/not being able to” of doing something or “being a burden” (illness) to someone. “Not being able” refers to the inexorable functional loss inherent to the ageing process, whilst “being a burden” would be seen as a permanent pain and suffering generating status to both patient and caregiver. The way to deal with the “not being able” condition is related to resignation. On the other hand, praying is the way to deal with “being burden”. Religiousness and resignation can be greatly helpful during critical moments. However, they also reveal the lack of resources, support alternatives and intervention in the most severe cases. From these results was made the analytical depth of the issue of shares, which allowed the construction of the second article that aimed to investigate how elderly community residents deal with the perspective of disability/functionality in old age, as well as understanding the sociocultural context modulates this process. Thus, in the second paper, "To stay or not stay quiet?" is the question that underlies the functioning and disability in old age process. However, it is not a matter of individual choice, because the answer depends on the financial, intellectual, subjective resources and social support available. Also, “to stay quiet” reflects a conception of old age inexorably associated with disability, which leaves the elderly conformed with their condition and when the difficulties increase, they just "waiting for death to come". Health teams need to interfere in this conception, providing care to older people in their recovery from better functionality to the end of life.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porIdosoSaúde da Pessoa com DeficiênciaAntropologia/tendênciasIncapacidade funcional em idosos: maneiras de pensar e maneiras de agirinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2014Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René RachouBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82352https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10010/1/license.txtafbdf7d7a9bcf771a1cc7edf5f618413MD51ORIGINALTese_JosianneKatherinePereira.pdfTese_JosianneKatherinePereira.pdfapplication/pdf368495https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10010/2/Tese_JosianneKatherinePereira.pdfc2ed0b9ec1497e76ec50084373aa8cbeMD52TEXTTese_JosianneKatherinePereira.pdf.txtTese_JosianneKatherinePereira.pdf.txtExtracted texttext/plain167485https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10010/3/Tese_JosianneKatherinePereira.pdf.txtc1d55c8a450bbf9f2c9f74d8388affe1MD53icict/100102019-09-09 12:21:07.284oai:www.arca.fiocruz.br:icict/10010Q0VTU8ODTyBOw4NPLUVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKQ0VERSBlIFRSQU5TRkVSRSwgdG90YWwgZSBncmF0dWl0YW1lbnRlLCDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVosIGVtIGNhcsOhdGVyIHBlcm1hbmVudGUsIGlycmV2b2fDoXZlbCBlIE7Dg08gRVhDTFVTSVZPLCAKdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08gQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcyAKZGUgdm96IGUgaW1hZ2VtIHZpbmN1bGFkb3Mgw6AgT0JSQSwgZHVyYW50ZSB0b2RvIG8gcHJhem8gZGUgZHVyYcOnw6NvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZW0gcXVhbHF1ZXIgaWRpb21hIGUgZW0gdG9kb3Mgb3MgcGHDrXNlczsKICAgICAgICAKQUNFSVRBIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gdG90YWwgbsOjbyBleGNsdXNpdmEsIHBlcm1hbmVudGUgZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXMgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIApkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciAKbWVpbyBvdSB2ZcOtY3VsbywgaW5jbHVzaXZlIGVtIFJlcG9zaXTDs3Jpb3MgRGlnaXRhaXMsIGJlbSBjb21vIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHJlcHJvZHXDp8OjbywgZXhpYmnDp8OjbywgZXhlY3XDp8OjbywgZGVjbGFtYcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgCmFycXVpdmFtZW50bywgaW5jbHVzw6NvIGVtIGJhbmNvIGRlIGRhZG9zLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBkaWZ1c8OjbywgZGlzdHJpYnVpw6fDo28sIGRpdnVsZ2HDp8OjbywgZW1wcsOpc3RpbW8sIHRyYWR1w6fDo28sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyAKb2JyYXMgb3UgY29sZXTDom5lYXMsIHJldXRpbGl6YcOnw6NvLCBlZGnDp8OjbywgcHJvZHXDp8OjbyBkZSBtYXRlcmlhbCBkaWTDoXRpY28gZSBjdXJzb3Mgb3UgcXVhbHF1ZXIgZm9ybWEgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIG7Do28gY29tZXJjaWFsOwogICAgICAgIApSRUNPTkhFQ0UgcXVlIGEgY2Vzc8OjbyBhcXVpIGVzcGVjaWZpY2FkYSBjb25jZWRlIMOgIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiBvIGRpcmVpdG8gZGUgYXV0b3JpemFyIHF1YWxxdWVyIHBlc3NvYSDigJMgZsOtc2ljYSAKb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdSBlc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlciAKZmluYWxpZGFkZXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzOwogICAgICAgIApERUNMQVJBIHF1ZSBhIG9icmEgw6kgY3JpYcOnw6NvIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIMOpIG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXF1aSBjZWRpZG9zIGUgYXV0b3JpemFkb3MsIHJlc3BvbnNhYmlsaXphbmRvLXNlIGludGVncmFsbWVudGUgCnBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwgaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIAppbmRlbml6YXIgdGVyY2Vpcm9zIHBvciBkYW5vcywgYmVtIGNvbW8gaW5kZW5pemFyIGUgcmVzc2FyY2lyIGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIGRlIGV2ZW50dWFpcyBkZXNwZXNhcyBxdWUgdmllcmVtIGEgCnN1cG9ydGFyLCBlbSByYXrDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgb2ZlbnNhIGEgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgb3UgZGlyZWl0b3MgZGUgdm96IG91IGltYWdlbSwgcHJpbmNpcGFsbWVudGUgbm8gcXVlIGRpeiByZXNwZWl0byBhIHBsw6FnaW8gCmUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CiAgICAgICAgCkFGSVJNQSBxdWUgY29uaGVjZSBhIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBlIGFzIGRpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIGZ1bmNpb25hbWVudG8gZG8gcmVwb3NpdMOzcmlvIAppbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EKRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-09-09T15:21:07Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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