Mortalidade infantil em uma amostra de recém-nascidos no município do rio de Janeiro, 1999-2001
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5419 |
Resumo: | Introdução: A taxa de mortalidade infantil pode ser considerada um dos principais indicadores de qualidade de vida e do nível de desenvolvimento de uma população. No Brasil ela ainda é bastante elevada, além de se observar uma grande heterogeneidade inter-regional. Para que se consiga reduzir esta taxa a um nível satisfatório, deve-se aprimorar o conhecimento dos elementos da cadeia de eventos relacionados à sua causa e, por conseguinte, direcionar ações mais efetivas. É objetivo deste trabalho identificar e discutir os principais fatores de risco para a mortalidade neonatal e pós-neonatal no município do Rio de Janeiro. Material e Métodos: Este estudo faz parte do estudo original intitulado “Estudo da Morbi-mortalidade e da Atenção Peri e Neonatal no Município do Rio de Janeiro”, estudo analítico, seccional, a partir de uma amostra de 10.072 partos hospitalares. O presente trabalho identificou os óbitos infantis ocorridos entre os nascidos vivos da amostra, o que o transformou num estudo longitudinal. Para tal, foi utilizado o método de relacionamento probabilístico de registros, onde a amostra foi cruzada com os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade. Um total de 10.186 nascidos vivos e 164 óbitos constituiu a coorte retrospectiva. Resultados e Conclusões: A identificação dos óbitos infantis, pelo método aplicado no presente trabalho, ampliou em 21% a taxa de mortalidade neonatal precoce anteriormente calculada no estudo original (de 5,7 para 6,9 óbitos por mil NV). A taxa de mortalidade neonatal foi de 10,6 óbitos por mil NV e pós-neonatal de 5,5 óbitos por mil NV. Mães em extremos etários, com cor da pele preta, que moravam sozinhas, com alta paridade e portadoras de doença crônica apresentaram maior risco de óbito neonatal. A prematuridade, o baixo peso ao nascer, baixo índice de Apgar no quinto 5º min., presença de anomalia congênita, gravidez gemelar, estabelecimento vinculado ao SUS, baixa escolaridade materna, pré-natal inadequado, história anterior de óbito infantil e insatisfação com a gravidez mostraram-se como de risco tanto para o óbito neonatal quanto para o pós-neonatal. Ter trabalho remunerado, desejar a gravidez, se sentir apoiada pelo pai e não usar cigarro ou bebida alcoólica durante a gestação se mostraram como fatores protetores apenas do óbito pós-neonatal. Aponta-se a necessidade de uma análise hierarquizada dos dados já que se evidenciou uma complexa cadeia causal dos determinantes da mortalidade infantil. |
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Pereira, Ana Paula EstevesGama, Silvana Granado Nogueira da2012-09-06T01:12:39Z2012-09-06T01:12:39Z2006PEREIRA, Ana Paula Esteves. Mortalidade infantil em uma amostra de recém-nascidos no município do rio de Janeiro, 1999-2001. 2006. 79 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2006.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5419Introdução: A taxa de mortalidade infantil pode ser considerada um dos principais indicadores de qualidade de vida e do nível de desenvolvimento de uma população. No Brasil ela ainda é bastante elevada, além de se observar uma grande heterogeneidade inter-regional. Para que se consiga reduzir esta taxa a um nível satisfatório, deve-se aprimorar o conhecimento dos elementos da cadeia de eventos relacionados à sua causa e, por conseguinte, direcionar ações mais efetivas. É objetivo deste trabalho identificar e discutir os principais fatores de risco para a mortalidade neonatal e pós-neonatal no município do Rio de Janeiro. Material e Métodos: Este estudo faz parte do estudo original intitulado “Estudo da Morbi-mortalidade e da Atenção Peri e Neonatal no Município do Rio de Janeiro”, estudo analítico, seccional, a partir de uma amostra de 10.072 partos hospitalares. O presente trabalho identificou os óbitos infantis ocorridos entre os nascidos vivos da amostra, o que o transformou num estudo longitudinal. Para tal, foi utilizado o método de relacionamento probabilístico de registros, onde a amostra foi cruzada com os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade. Um total de 10.186 nascidos vivos e 164 óbitos constituiu a coorte retrospectiva. Resultados e Conclusões: A identificação dos óbitos infantis, pelo método aplicado no presente trabalho, ampliou em 21% a taxa de mortalidade neonatal precoce anteriormente calculada no estudo original (de 5,7 para 6,9 óbitos por mil NV). A taxa de mortalidade neonatal foi de 10,6 óbitos por mil NV e pós-neonatal de 5,5 óbitos por mil NV. Mães em extremos etários, com cor da pele preta, que moravam sozinhas, com alta paridade e portadoras de doença crônica apresentaram maior risco de óbito neonatal. A prematuridade, o baixo peso ao nascer, baixo índice de Apgar no quinto 5º min., presença de anomalia congênita, gravidez gemelar, estabelecimento vinculado ao SUS, baixa escolaridade materna, pré-natal inadequado, história anterior de óbito infantil e insatisfação com a gravidez mostraram-se como de risco tanto para o óbito neonatal quanto para o pós-neonatal. Ter trabalho remunerado, desejar a gravidez, se sentir apoiada pelo pai e não usar cigarro ou bebida alcoólica durante a gestação se mostraram como fatores protetores apenas do óbito pós-neonatal. Aponta-se a necessidade de uma análise hierarquizada dos dados já que se evidenciou uma complexa cadeia causal dos determinantes da mortalidade infantil.Introduction: The infant mortality rate can be considered one of the main indicators of quality of life and population development level. In Brazil, this rate is still high and there is a great inter-regional heterogeneity. For this rate to be reduced to a satisfactory level, there should be an improvement in the knowledge of the chain of elements related to its cause, and in consequence, direct more effective actions. The objective of this study is to identify and discuss the main risk factors for neonatal and postneonatal mortality in Rio de Janeiro. Materials and Methods: This study is part of a original study entitled “Study of Perinatal and Neonatal Morbidity and Mortality and Childbirth Care in the Municipality of Rio de Janeiro” a sectional, analytical study composed by a sample of 10.072 hospitals births. The present work identified the infant deaths that occurred in the sample, and transformed it to a longitudinal study. For this, we linked the sample data to the Infant Mortality System data by using the probabilistic linkage method. A total of 10.186 live births and 164 infant deaths constitute the retrospective cohort. Results and conclusion: The infant deaths identified by this method, increased in 21% the early neonatal mortality rate, before calculated in the original study (from 5,7 to 6,9 deaths per thousand live births- LB). The neonatal mortality rate was 10,6 deaths per thousand LB and the postneonatal, 5,5 deaths per thousand LB. Higher neonatal mortality rates were found in the group of infants whose mothers were older (+35), teenager, black, lived alone, with high parity (+3) or chronicle disease(s). Infants who were delivered in public hospitals, twins or more, premature, with low birth weight, low Apgar score at 5 min. (< 7) or with any congenital anomalies had higher rates for both neonatal and postneonatal mortality. The same thing is seen in the group of mothers in the lowest level of education, with “poor” prenatal care and in those unsatisfied with their pregnancy. Finally, infants of a mother that, during the pregnancy, had a job, did not smoke or drink alcohol, had desired the pregnancy and received support from the baby’s father, were less likely to die only in the postneonatal period. There is a need for hierarquical analysis of data due to an evidence of a complex causal chain of the determinants of the infant mortality.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porMortalidade InfantilMortalidade NeonatalMortalidade Pós-Neonatal“Linkage” de DadosFatores de RiscoNeonatal MortalityPostneonatal MortalityData LinkageRisk FactorsMortalidade InfantilRecém-NascidoSistemas de InformaçãoAssistência PerinatalFatores de RiscoMortalidade infantil em uma amostra de recém-nascidos no município do rio de Janeiro, 1999-2001Neonatal mortality in a sample of infant newborn in the city of Rio de Janeiro, 1999-2001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.MestreRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5419/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALana_paula_esteves_pereira_ensp_mest_2006.pdfapplication/pdf383074https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5419/2/ana_paula_esteves_pereira_ensp_mest_2006.pdf512610b080fa92c0b19ae8fc569f9e35MD52TEXT980.pdf.txt980.pdf.txtExtracted texttext/plain145416https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5419/5/980.pdf.txt1cddde29538698bc4bfda8972e3da010MD55THUMBNAIL980.pdf.jpg980.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1204https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5419/4/980.pdf.jpg76ab1de43b2aadfacd6d2fe24966c724MD54icict/54192023-08-23 12:23:19.137oai:www.arca.fiocruz.br:icict/5419Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-23T15:23:19Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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