Mocinhos ou Bandidos?: representações de jovens vítimas de homicídios em jornais brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Francisca Letícia Miranda Gadelha
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26385
Resumo: A presente dissertação traz uma análise documental de notícias de jornais e tem como objetivo analisar as representações sociais dos jovens vítimas de homicídio nos jornais de dez cidades do interior do Brasil. Os dados quantitativos são apresentados em gráficos e tabelas e na abordagem qualitativa usou o referencial teórico-metodológico da teoria das representações sociais. Foram estudadas as notícias de matérias jornalísticas sobre a morte de jovens, de 15 a 29 anos, vítimas de homicídio, publicadas no mês de março de 2013. Foram identificadas 95 notícias, que trouxeram relatos de 111 casos de homicídios de jovens. Os dois jornais com mais matérias foram os da região Centro-Oeste. Não se verificou diferença significativa entre o número de notícias veiculadas nos municípios com altas taxas ou com baixas taxas de mortalidade de jovens por homicídio. As matérias são totalmente descritivas e somente duas delas citaram uma lei e um programa governamental. Quanto aos meios utilizados para a execução do homicídio, grande parcela das mortes foram perpetradas por armas de fogo (71,1%), seguida por arma branca (14,4%). O período do dia em que ocorreu a maioria dos homicídios foi a noite, seguida da madrugada. Os locais onde mais ocorreram homicídios ou onde os corpos foram encontrados foram os espaços públicos. Segundo as notícias, 24,3% dos jovens tinham passagem pela polícia, o que era usado nas matérias de forma implícita ou explícita, como justificativa para o homicídio. As seções dos jornais que mais noticiaram foram ‘Polícia’(36) ‘Geral’(34) e ‘Curtas’(8). Achado importante, que ajuda a explicar porque a maioria das notícias está nas seções policiais, é o fato da principal fonte de informação ser a Polícia. Das 95 matérias, 38 obtiveram as informações junto a Polícia Civil e em 35, junto a Polícia Militar. Nos enunciados dos jornais são utilizadas estratégias discursivas por meio da nomeação de jovens com adjetivos que os criminalizam. A resposta para a indagação título desta dissertação é que eles não são nem mocinhos e nem bandidos, são apenas jovens que devem ter todos os seus direitos sociais garantidos e respeitados, mas que tiveram suas vidas ceifadas precocemente em uma sociedade que aceita de forma velada, e muitas vezes declaradamente, essas mortes.
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Foram identificadas 95 notícias, que trouxeram relatos de 111 casos de homicídios de jovens. Os dois jornais com mais matérias foram os da região Centro-Oeste. Não se verificou diferença significativa entre o número de notícias veiculadas nos municípios com altas taxas ou com baixas taxas de mortalidade de jovens por homicídio. As matérias são totalmente descritivas e somente duas delas citaram uma lei e um programa governamental. Quanto aos meios utilizados para a execução do homicídio, grande parcela das mortes foram perpetradas por armas de fogo (71,1%), seguida por arma branca (14,4%). O período do dia em que ocorreu a maioria dos homicídios foi a noite, seguida da madrugada. Os locais onde mais ocorreram homicídios ou onde os corpos foram encontrados foram os espaços públicos. Segundo as notícias, 24,3% dos jovens tinham passagem pela polícia, o que era usado nas matérias de forma implícita ou explícita, como justificativa para o homicídio. As seções dos jornais que mais noticiaram foram ‘Polícia’(36) ‘Geral’(34) e ‘Curtas’(8). Achado importante, que ajuda a explicar porque a maioria das notícias está nas seções policiais, é o fato da principal fonte de informação ser a Polícia. Das 95 matérias, 38 obtiveram as informações junto a Polícia Civil e em 35, junto a Polícia Militar. Nos enunciados dos jornais são utilizadas estratégias discursivas por meio da nomeação de jovens com adjetivos que os criminalizam. A resposta para a indagação título desta dissertação é que eles não são nem mocinhos e nem bandidos, são apenas jovens que devem ter todos os seus direitos sociais garantidos e respeitados, mas que tiveram suas vidas ceifadas precocemente em uma sociedade que aceita de forma velada, e muitas vezes declaradamente, essas mortes.This work brings a documentary analysis of newspaper reports and its objective analyze the social representations of young victims of homicide in newspapers ten cities in the interior of Brazil. Quantitative data are presented in graphs and tables and the qualitative approach used the theoretical framework of the theory of social representations. We studied young people, 15- 29 years old, homicide victims, with deaths reported in newspaper articles published from March 2013. We identified 95 news, they brought reports of 111 cases of youth homicide of 15 to 29 years . The two newspapers with more materials were the Midwest. There is no significant difference between the number of news published in the municipalities of high rates and low mortality rates for murder of young people. The materials are fully descriptive and only two of them cited a law and a government program. Regarding the means used for the execution of the murder consisted to large numbers of death by firearms (71.1%), stab yourself guido (14.4%). The day of the period in which most of the killings was the night, followed by morning. The places where most homicides occurred or where the bodies were found were the public spaces. According to reports, 24.3% of young people passing by the police, which was used in the field implicitly or explicitly, as a justification for murder. The sections that were reported more 'Police' (36) General (34) and 'Short' (8). Another important finding, which helps explain why most of the news are in police sections, is the fact that the main source of information is the police. Of the 95 subjects, 38 have obtained the information from the Civil Police; 35 with the military police. In the statements of newspapers are used discursive strategies through the appointment of young people with adjectives that criminalize. The answer to question title deta dissertation is that they are neither good guys nor bad guys are just young people who must have all their accomplished and respected social rights, but whose lives were prematurely cut short in a society that accepts covertly, and often avowedly, these deaths.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porHomicídioNotícias de JornaisJovemAdulto JovemAdolescenteMurderNews NewspaperYoungYoung AdultTeenagerHomicídioAdolescenteMídias SociaisVítimas de CrimeMocinhos ou Bandidos?: representações de jovens vítimas de homicídios em jornais brasileirosGood guys or Bandits: representations of young victims of homicides in Brazilian newspapersinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26385/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Francisca_Letícia_ENSP_2016.pdfapplication/pdf2334775https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26385/2/ve_Francisca_Let%c3%adcia_ENSP_2016.pdf8c3cc07b33a40d829eab285b13cb4204MD52TEXTve_Francisca_Letícia_ENSP_2016.pdfve_Francisca_Letícia_ENSP_2016.pdfExtracted texttext/plain221709https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26385/3/ve_Francisca_Let%c3%adcia_ENSP_2016.pdf75224d6ca479834e014bcafa5b21e44dMD53ve_Francisca_Letícia_ENSP_2016.pdf.txtve_Francisca_Letícia_ENSP_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain221709https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26385/4/ve_Francisca_Let%c3%adcia_ENSP_2016.pdf.txt75224d6ca479834e014bcafa5b21e44dMD54icict/263852023-08-03 11:19:27.963oai:www.arca.fiocruz.br:icict/26385Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-03T14:19:27Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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