%0 doctoralThesis %A Esteves, Juliana Silva %D 2018 %G por %T Resultados adversos maternos e neonatais de gestações acometidas por ruptura prematura de membranas ovulares da viabilidade %U https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34714 %X Objetivo: avaliar os resultados adversos neonatais e maternos após a conduta expectante na ruptura prematura de membranas ovulares (RPMO) entre 18 e 26 semanas e identificar fatores prognósticos para os desfechos neonatais. Métodos: estudo retrospectivo que analisou todas as gestantes com diagnóstico de RPMO entre 180/7 e 260/7 semanas admitidas em dois centros terciários de 2005 a 2016. Os resultados adversos neonatais (mortalidade ou desenvolvimento de pelo menos uma morbidade grave) e maternos foram analisados e comparados entre 4 grupos conforme a idade gestacional em que a PROM ocorreu: (a) 180/7 e 200/7semanas, (b) 201/7 e 220/7semanas, (c) 221/7 e 240/7semanas e (d) 240/1 e 260/7semanas. Foi realizada uma análise multivariada para identificar os fatores preditores independentes para os desfechos adversos neonatais, e calculou-se a área sob as curvas ROC (receiver operating characteristics curves) para peso e idade gestacional ao nascer. Resultados: foram identificadas 101 mulheres com RPMO neste período, 4 foram excluídas, sendo 02 por diagnóstico de malformação fetal e 02 por apresentar gestação múltipla. Dentre as 97 pacientes recentes, 30 (30,9%) evoluíram para aborto espontâneo ou para natimorto, 67 (69,1%) deram à luz a recém-nascidos vivos (RN), 45 destes receberam alta hospitalar (46,3%). Desfechos adversos neonatais graves foram observados em 53 (54,6%) RN, sendo 22 óbitos (22,6%). A mediana dos períodos de latência foi de 7 dias, com 36 (37,1%) gestantes evoluindo para parto em 2 a 14 dias. Dentro das 29 pacientes com RPMO entre 241/7 \2013 260/7 semanas, apenas 13 (44,8%) tiveram o parto entre 2 e 14 dias. A análise multivariada demonstrou que o único preditor independente para desfecho neonatal adverso foi o peso ao nascer. As principais complicações maternas foram corioamnionite (38/97) e retenção placentária (26/97). Não houve diferença entre os 4 grupos para as complicações infecciosas e houve uma diminuição significativa na frequência de retenção placentária e necessidade de curetagem com a evolução do tempo gestacional. Conclusão: diagnóstico de RPMO entre 180/7 e 260/7 semanas foi associado a elevada morbidade materna e neonatal. A mortalidade neonatal também foi alta, e o único fator prognóstico identificado foi o peso ao nascimento.