Práticas alimentares no primeiro ano de vida de filhos de adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz,Myrian Coelho Cunha da
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Almeida,João Aprígio Guerra de, Engstrom,Elyne Montenegro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Nutrição
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732010000200003
Resumo: OBJETIVO: Estudar as práticas alimentares de menores de um ano, filhos de adolescentes, residentes no município de Volta Redonda (RJ). MÉTODOS: Estudo transversal com 1 014 crianças selecionadas aleatoriamente na Campanha de Multivacinação de 2006, com aplicação de questionário fechado (recordatório de 24h). Foram analisadas características das mães e de seus filhos. As prevalências de aleitamento materno, aleitamento materno exclusivo, aleitamento materno predominante, a oferta de outros leites, a alimentação no primeiro dia em casa, a alimentação complementar oportuna, a oferta de sólidos ou semi-sólidos, e o uso de chupetas e mamadeiras foram investigadas. RESULTADOS: As prevalências aleitamento materno, aleitamento materno exclusivo e aleitamento materno predominante foram 85,5%, 32,0% e 9,6%, respectivamente, sem diferenças entre filhos de adolescentes e adultas. A oferta de outros leites, entretanto, foi significativamente maior junto aos filhos de adultas (45,3%, contra 31,2% observados entre adolescentes). Maiores de seis meses, filhos de adolescentes, revelaram menor prevalência de aleitamento materno que os de adultas (49,2% e 66,0%, respectivamente), assim como maior frequência no uso de chupetas, com diferenças significativas. A alimentação complementar foi similar entre filhos de adolescentes e adultas, com predominância da oferta de sopas ou papas. Carne e feijão foram utilizados com mais frequência em sólidos. CONCLUSÃO: Não foram observadas diferenças no aleitamento considerando a variável idade materna, adolescente ou não, antes de seis meses de vida e sim após esse período. Nos maiores de seis meses, chama também a atenção o maior no uso de chupetas, assim como a oferta e as características da alimentação complementar de filhos de adolescentes. Estudos de natureza compreensiva mostram-se necessários.