Vulnerabilidade institucional do setor saúde a desastres no município de Nova Friburgo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Isadora Vida de Mefano e
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34939
Resumo: Alguns países têm perdido até 50% da sua capacidade hospitalar em decorrência de eventos extremos. Aproximadamente 67% das instalações de saúde da América Latina e do Caribe localizam-se em áreas propensas a desastres (OPAS, 2012). Considerando as condições de vulnerabilidade de muitos municípios, esses desastres constituem uma ameaça à saúde pública. Se o próprio setor saúde é vulnerável, um determinado evento pode afetar a vida de mais pessoas, tanto trabalhadores e usuários que estão nos estabelecimentos de saúde no momento, se estes estão localizados em áreas de risco, como comprometendo a sua capacidade de resposta aos impactos deste evento na saúde da população. No Brasil, a região sudeste é uma das que mais sofrem com as adversidades atmosféricas. Nesta região, a Região Serrana do Rio de Janeiro sofreu, em 2011, um dos maiores “desastres naturais” já ocorridos no país, no qual o município de Nova Friburgo foi um dos mais afetados e registrou o maior número de óbitos. Segundo Relatório da Sala de Situação, do Ministério da Saúde, onde consta uma avaliação dos estabelecimentos de saúde da região, em 2011, 92,3% dos estabelecimentos de saúde de Nova Friburgo estavam em áreas de risco de inundação e/ou deslizamento, foram afetados, ou estavam funcionando de maneira precária. Através da coleta de coordenadas geográficas dos estabelecimentos de saúde do município, e do cruzamento destes dados com dados de suscetibilidade a inundação e deslizamento, o presente estudo mostra que 70,9% dos estabelecimentos de saúde de Nova Friburgo, e 100% dos leitos que atendem ao SUS no município, estão nas mesmas áreas de risco de inundação e/ou deslizamento, mesmo passados 7 anos do desastre de 2011. Através de entrevistas com profissionais de saúde e gestores do município, observase que não foram tomadas medidas suficientes, estruturais e não-estruturais, voltadas para a redução da vulnerabilidade do setor saúde no município. O “Marco de Sendai” para a “Redução do Risco de Desastres” (2015-2030) considera as mudanças climáticas como um dos fatores que geram risco de desastres, e nos alerta para uma frequência e intensidade cada vez maior nos eventos (EIRD, 2015). O mesmo marco reconheceu a saúde como um contribuinte chave e beneficiário para o processo de redução do risco de desastres (BANWELL et. al., 2018). Desta forma, relacionar as agendas da Redução do Risco de Desastres e da Adaptação às Mudanças Climáticas com a Saúde pode proporcionar potencialidades para as ações dessas agendas e curto, médio e longo prazo.
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Se o próprio setor saúde é vulnerável, um determinado evento pode afetar a vida de mais pessoas, tanto trabalhadores e usuários que estão nos estabelecimentos de saúde no momento, se estes estão localizados em áreas de risco, como comprometendo a sua capacidade de resposta aos impactos deste evento na saúde da população. No Brasil, a região sudeste é uma das que mais sofrem com as adversidades atmosféricas. Nesta região, a Região Serrana do Rio de Janeiro sofreu, em 2011, um dos maiores “desastres naturais” já ocorridos no país, no qual o município de Nova Friburgo foi um dos mais afetados e registrou o maior número de óbitos. Segundo Relatório da Sala de Situação, do Ministério da Saúde, onde consta uma avaliação dos estabelecimentos de saúde da região, em 2011, 92,3% dos estabelecimentos de saúde de Nova Friburgo estavam em áreas de risco de inundação e/ou deslizamento, foram afetados, ou estavam funcionando de maneira precária. Através da coleta de coordenadas geográficas dos estabelecimentos de saúde do município, e do cruzamento destes dados com dados de suscetibilidade a inundação e deslizamento, o presente estudo mostra que 70,9% dos estabelecimentos de saúde de Nova Friburgo, e 100% dos leitos que atendem ao SUS no município, estão nas mesmas áreas de risco de inundação e/ou deslizamento, mesmo passados 7 anos do desastre de 2011. Através de entrevistas com profissionais de saúde e gestores do município, observase que não foram tomadas medidas suficientes, estruturais e não-estruturais, voltadas para a redução da vulnerabilidade do setor saúde no município. O “Marco de Sendai” para a “Redução do Risco de Desastres” (2015-2030) considera as mudanças climáticas como um dos fatores que geram risco de desastres, e nos alerta para uma frequência e intensidade cada vez maior nos eventos (EIRD, 2015). O mesmo marco reconheceu a saúde como um contribuinte chave e beneficiário para o processo de redução do risco de desastres (BANWELL et. al., 2018). Desta forma, relacionar as agendas da Redução do Risco de Desastres e da Adaptação às Mudanças Climáticas com a Saúde pode proporcionar potencialidades para as ações dessas agendas e curto, médio e longo prazo.Some countries have lost up to 50% of their hospital capacity as a result of extreme events. Approximately 67% of health facilities in Latin America and the Caribbean are located in disaster-prone areas (PAHO, 2012). Considering the vulnerability of many municipalities, these disasters pose a threat to public health. If the health sector itself is vulnerable, a given event can affect the lives of more people, both workers and users who are in health facilities at the moment, if these are located in areas at risk, as compromising their ability to respond to impacts of this event in the health of the population. In Brazil, the southeast region is one of the most affected by atmospheric adversities. In this region, the mountainous region of Rio de Janeiro suffered one of the largest "natural disasters" in the country in 2011, in which the municipality of Nova Friburgo was one of the most affected and recorded the highest number of deaths. According to a report from the Ministry of Health, which includes an evaluation of health facilities in the region, in 2011, 92.3% of Nova Friburgo health facilities were in areas of risk of flooding and / or landslide. affected, or were functioning precariously. The present study shows that 70.9% of Nova Friburgo health establishments, and 100% of the beds that are located in the city of Nova Friburgo, attend the SUS in the municipality, are in the same areas of risk of flooding and / or slipping, even after 7 years of the disaster of 2011. Through interviews with health professionals and managers of the municipality, it is observed that insufficient measures were taken, structural and non-structural, aimed at reducing the vulnerability of the health sector in the municipality. The Sendai Framework for Disaster Risk Reduction (2015-2030) views climate change as one of the risk factors for disaster and alerts us to an increasing frequency and intensity of events (ISDR, 2015). The same framework recognized health as a key contributor and beneficiary to the disaster risk reduction process (Banwell et al., 2018). In this way, relating the agendas of Disaster Risk Reduction and Adapting to Climate Change with Health can provide potential for the actions of these agendas in the short, medium and long term.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDesastresVulnerabilidade InstitucionalCapacidade de RespostaAdaptaçãoResiliênciaDisastersInstitutional VulnerabilityCapacity for ResponseAdaptationResilienceDesastres NaturaisVulnerabilidade a DesastresCapacidade de Resposta ante EmergênciasAdaptaçãoResiliênciaVulnerabilidade institucional do setor saúde a desastres no município de Nova FriburgoInstitutional vulnerability of the health sector to disasters in the municipality of Nova Friburgoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Fundação Oswaldo CruzFundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34939/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Isadora_Vida_ENSP_2019application/pdf6303207https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34939/2/ve_Isadora_Vida_ENSP_2019353e7e88fc1707033f10b5b5ed5b9715MD52TEXTve_Isadora_Vida_ENSP_2019.txtve_Isadora_Vida_ENSP_2019.txtExtracted texttext/plain302065https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34939/3/ve_Isadora_Vida_ENSP_2019.txtee7fc6c36049162a4ebee5fc9a450e56MD53icict/349392022-04-28 20:20:22.015oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34939Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-04-28T23:20:22Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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