Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Daiana Elias
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10751
Resumo: Poucos estudos foram conduzidos em países de baixa e média renda para avaliar a associação entre a autoavaliação da saúde e a autopercepção da vizinhança ou entorno físico e social. A autoavaliação da saúde é uma avaliação global do estado de saúde atual utilizada em saúde pública por mostrar-se associada à morbidade e mortalidade. A percepção do indivíduo sobre seu entorno físico e social como utilizada neste estudo é uma alternativa metodológica de caracterização da vizinhança que tem algumas vantagens como a de captar informações sobre determinadas aspectos que não é possível obter com dados objetivos. O objetivo desse estudo foi determinar e quantificar a relação entre a autoavaliação da saúde e a autopercepção da vizinhança de adultos da cidade de Belo Horizonte no período de 2008 a 2009. Para verificar tal associação foi utilizada análise de regressão logística ordinal. A autoavaliação da saúde foi relatada como boa/muito boa, razoável e ruim/muito ruim, respectivamente, por 65,7%, 27,8% e 6,5% dos participantes. No modelo final, participantes do estudo relatando autoavaliação da saúde razoável e ruim/muito ruim quando comparados a aqueles relatando autoavaliação boa/muito boa reportaram: avaliação negativa dos aspectos estéticos (OR=0,80; IC95%:0,68-0,94); sua vizinhança com pior mobilidade (OR=0,78; IC95%:0,64-0,96); pior qualidade dos serviços disponíveis (OR=0,84; IC95%:0,71-0,98) e maior desordem física (OR=0,83; IC95%:0,72-0,96) e social (OR=0,85; IC95%:0,74-0,98) do espaço. A percepção da violência esteve no limite da significância estatística (OR=0,86; %:0,74-1,00). Tomando a escala referente aos aspectos estéticos para exemplificar a interpretação da OR, observamos que participantes relatando AAS razoável e AAS ruim/muito ruim quando comparados a aqueles relatando AAS muito boa/boa tem chance 20% maior de perceber aspectos estéticos negativos de sua vizinhança. Os resultados se mantiveram controlando para as potenciais variáveis de confusão demográficas, socioeconômicas, de condições de saúde e comportamento. Os resultados indicam que políticas públicas e de saúde devem incorporar intervenções sobre o entorno físico e social em complemento às políticas individuais.
id CRUZ_cb888b5274a8f6ca045feebc53b672fa
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/10751
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Rodrigues, Daiana EliasCésar, Cibele CominiProietti, Fernando AugustoFriche, Amélia Augusta de LimaCosta, Maria Fernanda Furtado de Lima ePeixoto, Sérgio Willian VianaProietti, Fernando Augusto2015-06-09T17:23:53Z2015-06-09T17:23:53Z2015RODRIGUES, Daiana Elias. Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá. 2015. 52 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva com concentração em Epidemiologia)-Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2015https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10751Poucos estudos foram conduzidos em países de baixa e média renda para avaliar a associação entre a autoavaliação da saúde e a autopercepção da vizinhança ou entorno físico e social. A autoavaliação da saúde é uma avaliação global do estado de saúde atual utilizada em saúde pública por mostrar-se associada à morbidade e mortalidade. A percepção do indivíduo sobre seu entorno físico e social como utilizada neste estudo é uma alternativa metodológica de caracterização da vizinhança que tem algumas vantagens como a de captar informações sobre determinadas aspectos que não é possível obter com dados objetivos. O objetivo desse estudo foi determinar e quantificar a relação entre a autoavaliação da saúde e a autopercepção da vizinhança de adultos da cidade de Belo Horizonte no período de 2008 a 2009. Para verificar tal associação foi utilizada análise de regressão logística ordinal. A autoavaliação da saúde foi relatada como boa/muito boa, razoável e ruim/muito ruim, respectivamente, por 65,7%, 27,8% e 6,5% dos participantes. No modelo final, participantes do estudo relatando autoavaliação da saúde razoável e ruim/muito ruim quando comparados a aqueles relatando autoavaliação boa/muito boa reportaram: avaliação negativa dos aspectos estéticos (OR=0,80; IC95%:0,68-0,94); sua vizinhança com pior mobilidade (OR=0,78; IC95%:0,64-0,96); pior qualidade dos serviços disponíveis (OR=0,84; IC95%:0,71-0,98) e maior desordem física (OR=0,83; IC95%:0,72-0,96) e social (OR=0,85; IC95%:0,74-0,98) do espaço. A percepção da violência esteve no limite da significância estatística (OR=0,86; %:0,74-1,00). Tomando a escala referente aos aspectos estéticos para exemplificar a interpretação da OR, observamos que participantes relatando AAS razoável e AAS ruim/muito ruim quando comparados a aqueles relatando AAS muito boa/boa tem chance 20% maior de perceber aspectos estéticos negativos de sua vizinhança. Os resultados se mantiveram controlando para as potenciais variáveis de confusão demográficas, socioeconômicas, de condições de saúde e comportamento. Os resultados indicam que políticas públicas e de saúde devem incorporar intervenções sobre o entorno físico e social em complemento às políticas individuais.Few studies have been conducted in low and middle income countries to assess the association between self-assessment of health and self-perceived neighborhood or physical and social environment. The self-rated health is an overall assessment of current health status used in public health since the latter is associated with morbidity and mortality. The individual's perception of their physical and social environment as used in this study is a methodological alternative characterization of the neighborhood that has some advantages as to capture information on certain aspects that can not be obtained with objective data. The aim of this study was to determine and quantify the relationship between self-assessment of health and self-perception of adult neighborhood of the city of Belo Horizonte in the period from 2008 to 2009. To check this association was used ordinal logistic regression analysis. The self-rated health was reported as good / very good, reasonable and bad / very bad, respectively, for 65.7%, 27.8% and 6.5% of the participants. In the final model, study participants reporting self-assessment of fair and poor / very poor health when compared to those reporting good / very good self-assessment reported: negative evaluation of the aesthetic aspects (OR = 0.80; 95% CI: 0.68 to 0, 94); your neighborhood with poor mobility (OR = 0.78; 95% CI: 0.64-0.96); worse quality of services (OR = 0.84; 95% CI: 0.71 to 0.98) and increased physical disorder (OR = 0.83; 95% CI: 0.72 to 0.96) and social (OR = 0.85; 95% CI: .74-.98) space. The perception of violence showed borderline statistical significance (OR = 0.86; 95% CI: 0.74 to 1.00). Taking the scale related to aesthetics to exemplify the interpretation of the OR, we found that participants reporting reasonable AAS and AAS poor / very poor when compared to those reporting very good / good chance ASA has 20% more likely to perceive negative aesthetic aspects of its neighborhood. The results held controlling for potential demographic, socioeconomic confounding variables, health and behavior conditions. The results indicate that public and health policies should incorporate interventions on the physical and social environment in addition to individual policies.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porAutoavaliaçãoNível de SaúdePercepção EspacialAutoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagáinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2015Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René RachouMestrado AcadêmicoBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletivainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82352https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10751/1/license.txtafbdf7d7a9bcf771a1cc7edf5f618413MD51ORIGINALDissertacao_SC_DaianaEliasRodrigues.pdfDissertacao_SC_DaianaEliasRodrigues.pdfapplication/pdf260823https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10751/2/Dissertacao_SC_DaianaEliasRodrigues.pdf6332aef79fc786c54adb0c5a27f55d45MD52TEXTDissertacao_SC_DaianaEliasRodrigues.pdf.txtDissertacao_SC_DaianaEliasRodrigues.pdf.txtExtracted texttext/plain101157https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10751/3/Dissertacao_SC_DaianaEliasRodrigues.pdf.txt98510ccacde69ca386481ef3ed979e4cMD53icict/107512019-09-09 12:20:53.814oai:www.arca.fiocruz.br:icict/10751Q0VTU8ODTyBOw4NPLUVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKQ0VERSBlIFRSQU5TRkVSRSwgdG90YWwgZSBncmF0dWl0YW1lbnRlLCDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVosIGVtIGNhcsOhdGVyIHBlcm1hbmVudGUsIGlycmV2b2fDoXZlbCBlIE7Dg08gRVhDTFVTSVZPLCAKdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08gQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcyAKZGUgdm96IGUgaW1hZ2VtIHZpbmN1bGFkb3Mgw6AgT0JSQSwgZHVyYW50ZSB0b2RvIG8gcHJhem8gZGUgZHVyYcOnw6NvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZW0gcXVhbHF1ZXIgaWRpb21hIGUgZW0gdG9kb3Mgb3MgcGHDrXNlczsKICAgICAgICAKQUNFSVRBIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gdG90YWwgbsOjbyBleGNsdXNpdmEsIHBlcm1hbmVudGUgZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXMgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIApkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciAKbWVpbyBvdSB2ZcOtY3VsbywgaW5jbHVzaXZlIGVtIFJlcG9zaXTDs3Jpb3MgRGlnaXRhaXMsIGJlbSBjb21vIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHJlcHJvZHXDp8OjbywgZXhpYmnDp8OjbywgZXhlY3XDp8OjbywgZGVjbGFtYcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgCmFycXVpdmFtZW50bywgaW5jbHVzw6NvIGVtIGJhbmNvIGRlIGRhZG9zLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBkaWZ1c8OjbywgZGlzdHJpYnVpw6fDo28sIGRpdnVsZ2HDp8OjbywgZW1wcsOpc3RpbW8sIHRyYWR1w6fDo28sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyAKb2JyYXMgb3UgY29sZXTDom5lYXMsIHJldXRpbGl6YcOnw6NvLCBlZGnDp8OjbywgcHJvZHXDp8OjbyBkZSBtYXRlcmlhbCBkaWTDoXRpY28gZSBjdXJzb3Mgb3UgcXVhbHF1ZXIgZm9ybWEgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIG7Do28gY29tZXJjaWFsOwogICAgICAgIApSRUNPTkhFQ0UgcXVlIGEgY2Vzc8OjbyBhcXVpIGVzcGVjaWZpY2FkYSBjb25jZWRlIMOgIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiBvIGRpcmVpdG8gZGUgYXV0b3JpemFyIHF1YWxxdWVyIHBlc3NvYSDigJMgZsOtc2ljYSAKb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdSBlc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlciAKZmluYWxpZGFkZXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzOwogICAgICAgIApERUNMQVJBIHF1ZSBhIG9icmEgw6kgY3JpYcOnw6NvIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIMOpIG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXF1aSBjZWRpZG9zIGUgYXV0b3JpemFkb3MsIHJlc3BvbnNhYmlsaXphbmRvLXNlIGludGVncmFsbWVudGUgCnBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwgaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIAppbmRlbml6YXIgdGVyY2Vpcm9zIHBvciBkYW5vcywgYmVtIGNvbW8gaW5kZW5pemFyIGUgcmVzc2FyY2lyIGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIGRlIGV2ZW50dWFpcyBkZXNwZXNhcyBxdWUgdmllcmVtIGEgCnN1cG9ydGFyLCBlbSByYXrDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgb2ZlbnNhIGEgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgb3UgZGlyZWl0b3MgZGUgdm96IG91IGltYWdlbSwgcHJpbmNpcGFsbWVudGUgbm8gcXVlIGRpeiByZXNwZWl0byBhIHBsw6FnaW8gCmUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CiAgICAgICAgCkFGSVJNQSBxdWUgY29uaGVjZSBhIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBlIGFzIGRpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIGZ1bmNpb25hbWVudG8gZG8gcmVwb3NpdMOzcmlvIAppbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EKRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-09-09T15:20:53Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá
title Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá
spellingShingle Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá
Rodrigues, Daiana Elias
Autoavaliação
Nível de Saúde
Percepção Espacial
title_short Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá
title_full Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá
title_fullStr Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá
title_full_unstemmed Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá
title_sort Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá
author Rodrigues, Daiana Elias
author_facet Rodrigues, Daiana Elias
author_role author
dc.contributor.advisorco.pt_BR.fl_str_mv César, Cibele Comini
dc.contributor.member.pt_BR.fl_str_mv Proietti, Fernando Augusto
Friche, Amélia Augusta de Lima
Costa, Maria Fernanda Furtado de Lima e
Peixoto, Sérgio Willian Viana
dc.contributor.author.fl_str_mv Rodrigues, Daiana Elias
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Proietti, Fernando Augusto
contributor_str_mv Proietti, Fernando Augusto
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Autoavaliação
Nível de Saúde
Percepção Espacial
topic Autoavaliação
Nível de Saúde
Percepção Espacial
description Poucos estudos foram conduzidos em países de baixa e média renda para avaliar a associação entre a autoavaliação da saúde e a autopercepção da vizinhança ou entorno físico e social. A autoavaliação da saúde é uma avaliação global do estado de saúde atual utilizada em saúde pública por mostrar-se associada à morbidade e mortalidade. A percepção do indivíduo sobre seu entorno físico e social como utilizada neste estudo é uma alternativa metodológica de caracterização da vizinhança que tem algumas vantagens como a de captar informações sobre determinadas aspectos que não é possível obter com dados objetivos. O objetivo desse estudo foi determinar e quantificar a relação entre a autoavaliação da saúde e a autopercepção da vizinhança de adultos da cidade de Belo Horizonte no período de 2008 a 2009. Para verificar tal associação foi utilizada análise de regressão logística ordinal. A autoavaliação da saúde foi relatada como boa/muito boa, razoável e ruim/muito ruim, respectivamente, por 65,7%, 27,8% e 6,5% dos participantes. No modelo final, participantes do estudo relatando autoavaliação da saúde razoável e ruim/muito ruim quando comparados a aqueles relatando autoavaliação boa/muito boa reportaram: avaliação negativa dos aspectos estéticos (OR=0,80; IC95%:0,68-0,94); sua vizinhança com pior mobilidade (OR=0,78; IC95%:0,64-0,96); pior qualidade dos serviços disponíveis (OR=0,84; IC95%:0,71-0,98) e maior desordem física (OR=0,83; IC95%:0,72-0,96) e social (OR=0,85; IC95%:0,74-0,98) do espaço. A percepção da violência esteve no limite da significância estatística (OR=0,86; %:0,74-1,00). Tomando a escala referente aos aspectos estéticos para exemplificar a interpretação da OR, observamos que participantes relatando AAS razoável e AAS ruim/muito ruim quando comparados a aqueles relatando AAS muito boa/boa tem chance 20% maior de perceber aspectos estéticos negativos de sua vizinhança. Os resultados se mantiveram controlando para as potenciais variáveis de confusão demográficas, socioeconômicas, de condições de saúde e comportamento. Os resultados indicam que políticas públicas e de saúde devem incorporar intervenções sobre o entorno físico e social em complemento às políticas individuais.
publishDate 2015
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-09T17:23:53Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-09T17:23:53Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2015
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv RODRIGUES, Daiana Elias. Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá. 2015. 52 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva com concentração em Epidemiologia)-Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2015
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10751
identifier_str_mv RODRIGUES, Daiana Elias. Autoavaliação da saúde e a percepção da vizinhança no estudo saúde em Beagá. 2015. 52 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva com concentração em Epidemiologia)-Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2015
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10751
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10751/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10751/2/Dissertacao_SC_DaianaEliasRodrigues.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10751/3/Dissertacao_SC_DaianaEliasRodrigues.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv afbdf7d7a9bcf771a1cc7edf5f618413
6332aef79fc786c54adb0c5a27f55d45
98510ccacde69ca386481ef3ed979e4c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1794075759005925376