Jovens negros e ensino superior no Brasil: desvantagens no acesso e o processo de resiliência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bello, Luciane
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Identidade!
Texto Completo: http://periodicos.est.edu.br/index.php/identidade/article/view/1014
Resumo: Este artigo apresenta os resultados de pesquisa de mestrado realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul que analisa o processo de resiliência em estudantes cotistas de escolas públicas autodeclarados negros com bom desempenho acadêmico. Foram entrevistados dez cotistas, entre 20 e 33 anos, em sua maioria moradores da região metropolitana de Porto Alegre, de oito cursos diferentes. Eles ingressaram em 2008 pelo sistema de reserva de vagas aprovado através da Decisão 134/2007 do Conselho Universitário/ UFRGS. Apresentamos um breve histórico da política de ações afirmativas e a importância do tencionamento de representantes do Movimento Negro, centrais sindicais, partidos políticos e da sociedade na tentativa de influenciar a formulação de políticas públicas. Reconhecemos as desvantagens que jovens negros vivem para acessar o Ensino Superior neste país e através da escuta sensível identificamos o processo de resiliência em suas trajetórias, apesar do reduzido número de modelos negros em posições de destaque na sociedade. São superações frequentes diante das dificuldades cotidianas motivando a busca de realização de seus sonhos, tornando-os mais resistentes, levando-os a se reestruturarem e crescerem em resposta às situações de crise e aos desafios. Mas as instituições ainda são desafiadas e precisam oferecer mais cursos noturnos, reformular os currículos dos cursos (incluindo as leis 10.639/03 e 11 645/08), rever materiais didáticos, laboratórios, bibliotecas, além de repensar a assistência estudantil para permanência destes cotistas na universidade. 
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