O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Torloni,Maria Regina
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Nakamura,Mary Uschiyama, Megale,Alexandre, Sanchez,Victor Hugo Saucedo, Mano,Claudia, Fusaro,Annunziata Sônia, Mattar,Rosiane
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032007000500008
Resumo: Os adoçantes são freqüentemente utilizados por mulheres em idade reprodutiva. Esta é uma revisão narrativa da literatura a respeito dos adoçantes atualmente comercializados no mercado brasileiro. Existem poucas informações sobre o uso da sacarina e ciclamato na gestação, e seus efeitos sobre o feto. Devido às limitadas informações disponíveis e ao seu potencial carcinogênico em animais, a sacarina e o ciclamato devem ser evitados durante a gestação (risco C). O aspartame tem sido extensivamente estudado em animais, sendo considerado seguro para uso na gestação (risco B), exceto para mulheres homozigóticas para fenilcetonúria (risco C). A sucralose e o acessulfame-K não são tóxicos, carcinogênico ou mutagênicos em animais, mas não existem estudos controlados em humanos. Porém, como esses dois adoçantes não são metabolizados, parece improvável que seu uso durante a gestação possa ser prejudicial (risco B). A estévia, substância derivada de uma planta nativa brasileira, não produz efeitos adversos sobre a gestação em animais, porém não existem estudos em humanos (risco B). Os agentes de corpo usados na formulação dos adoçantes (manitol, sorbitol, xilitol, eritrol, lactilol, isomalte, maltilol, lactose, frutose, maltodextrina, dextrina e açúcar invertido) são substâncias consideradas seguras para o consumo humano. Concluindo, segundo as evidências atualmente disponíveis, o aspartame, a sucralose, o acessulfame e a estévia podem ser utilizados com segurança durante a gestação.
id FEBRASGO-1_f2418e9aa5a6086cfaa3a2c5850e4da7
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-72032007000500008
network_acronym_str FEBRASGO-1
network_name_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository_id_str
spelling O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no BrasilEdulcorantes/efeitos adversosAditivos alimentaresGravidez/efeito de drogasObesidade/prevenção & controleGravidez em diabéticasCuidado pré-natalOs adoçantes são freqüentemente utilizados por mulheres em idade reprodutiva. Esta é uma revisão narrativa da literatura a respeito dos adoçantes atualmente comercializados no mercado brasileiro. Existem poucas informações sobre o uso da sacarina e ciclamato na gestação, e seus efeitos sobre o feto. Devido às limitadas informações disponíveis e ao seu potencial carcinogênico em animais, a sacarina e o ciclamato devem ser evitados durante a gestação (risco C). O aspartame tem sido extensivamente estudado em animais, sendo considerado seguro para uso na gestação (risco B), exceto para mulheres homozigóticas para fenilcetonúria (risco C). A sucralose e o acessulfame-K não são tóxicos, carcinogênico ou mutagênicos em animais, mas não existem estudos controlados em humanos. Porém, como esses dois adoçantes não são metabolizados, parece improvável que seu uso durante a gestação possa ser prejudicial (risco B). A estévia, substância derivada de uma planta nativa brasileira, não produz efeitos adversos sobre a gestação em animais, porém não existem estudos em humanos (risco B). Os agentes de corpo usados na formulação dos adoçantes (manitol, sorbitol, xilitol, eritrol, lactilol, isomalte, maltilol, lactose, frutose, maltodextrina, dextrina e açúcar invertido) são substâncias consideradas seguras para o consumo humano. Concluindo, segundo as evidências atualmente disponíveis, o aspartame, a sucralose, o acessulfame e a estévia podem ser utilizados com segurança durante a gestação.Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia2007-05-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032007000500008Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.29 n.5 2007reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)instacron:FEBRASGO10.1590/S0100-72032007000500008info:eu-repo/semantics/openAccessTorloni,Maria ReginaNakamura,Mary UschiyamaMegale,AlexandreSanchez,Victor Hugo SaucedoMano,ClaudiaFusaro,Annunziata SôniaMattar,Rosianepor2007-10-05T00:00:00Zoai:scielo:S0100-72032007000500008Revistahttp://www.scielo.br/rbgohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppublicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br1806-93390100-7203opendoar:2007-10-05T00:00Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)false
dc.title.none.fl_str_mv O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil
title O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil
spellingShingle O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil
Torloni,Maria Regina
Edulcorantes/efeitos adversos
Aditivos alimentares
Gravidez/efeito de drogas
Obesidade/prevenção & controle
Gravidez em diabéticas
Cuidado pré-natal
title_short O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil
title_full O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil
title_fullStr O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil
title_full_unstemmed O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil
title_sort O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil
author Torloni,Maria Regina
author_facet Torloni,Maria Regina
Nakamura,Mary Uschiyama
Megale,Alexandre
Sanchez,Victor Hugo Saucedo
Mano,Claudia
Fusaro,Annunziata Sônia
Mattar,Rosiane
author_role author
author2 Nakamura,Mary Uschiyama
Megale,Alexandre
Sanchez,Victor Hugo Saucedo
Mano,Claudia
Fusaro,Annunziata Sônia
Mattar,Rosiane
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Torloni,Maria Regina
Nakamura,Mary Uschiyama
Megale,Alexandre
Sanchez,Victor Hugo Saucedo
Mano,Claudia
Fusaro,Annunziata Sônia
Mattar,Rosiane
dc.subject.por.fl_str_mv Edulcorantes/efeitos adversos
Aditivos alimentares
Gravidez/efeito de drogas
Obesidade/prevenção & controle
Gravidez em diabéticas
Cuidado pré-natal
topic Edulcorantes/efeitos adversos
Aditivos alimentares
Gravidez/efeito de drogas
Obesidade/prevenção & controle
Gravidez em diabéticas
Cuidado pré-natal
description Os adoçantes são freqüentemente utilizados por mulheres em idade reprodutiva. Esta é uma revisão narrativa da literatura a respeito dos adoçantes atualmente comercializados no mercado brasileiro. Existem poucas informações sobre o uso da sacarina e ciclamato na gestação, e seus efeitos sobre o feto. Devido às limitadas informações disponíveis e ao seu potencial carcinogênico em animais, a sacarina e o ciclamato devem ser evitados durante a gestação (risco C). O aspartame tem sido extensivamente estudado em animais, sendo considerado seguro para uso na gestação (risco B), exceto para mulheres homozigóticas para fenilcetonúria (risco C). A sucralose e o acessulfame-K não são tóxicos, carcinogênico ou mutagênicos em animais, mas não existem estudos controlados em humanos. Porém, como esses dois adoçantes não são metabolizados, parece improvável que seu uso durante a gestação possa ser prejudicial (risco B). A estévia, substância derivada de uma planta nativa brasileira, não produz efeitos adversos sobre a gestação em animais, porém não existem estudos em humanos (risco B). Os agentes de corpo usados na formulação dos adoçantes (manitol, sorbitol, xilitol, eritrol, lactilol, isomalte, maltilol, lactose, frutose, maltodextrina, dextrina e açúcar invertido) são substâncias consideradas seguras para o consumo humano. Concluindo, segundo as evidências atualmente disponíveis, o aspartame, a sucralose, o acessulfame e a estévia podem ser utilizados com segurança durante a gestação.
publishDate 2007
dc.date.none.fl_str_mv 2007-05-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032007000500008
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032007000500008
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-72032007000500008
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.29 n.5 2007
reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron:FEBRASGO
instname_str Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron_str FEBRASGO
institution FEBRASGO
reponame_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
collection Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
repository.mail.fl_str_mv publicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br
_version_ 1754115939478011904