Contributos para a validação da versão portuguesa dafalls efficacy scale - international (FES-I), com pessoas idosas na comunidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Sónia Cristina Antunes dos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/14600
Resumo: Enquadramento: O medo de cair é um fator de risco de queda. Tem sido associado à restrição da atividade e participação, declínio funcional, aumento do risco de quedas, diminuição da qualidade de vida e aumento do isolamento social na população idosa. A Falls Efficacy Scale – International (FES-I) é um dos instrumentos mais usados para avaliar o medo de cair durante a realização de atividades diárias, físicas e sociais. Todavia, não existem ainda estudos de validação da FES-I para a população idosa Portuguesa. Objetivos: Este estudo teve como objetivo geral analisar as propriedades psicométricas da versão portuguesa da FES-I em termos de fiabilidade (consistência interna e fiabilidade teste-reteste) e validade concorrente, para a população idosa Portuguesa na comunidade. Pretendeu-se também analisar a relação entre o medo de cair avaliado pela FES-I e variáveis sociodemográficas, de saúde, psicossociais (sintomas de ansiedade e depressão, isolamento social) e de condição física (mobilidade e equilíbrio funcional). Metodologia: Foi desenvolvido um estudo transversal, de tipo descritivocorrelacional, com uma abordagem quantitativa. Na recolha de dados utilizou-se um protocolo que incluiu: i) questionário de informação sociodemográfica e de saúde; ii) FES-I; iii) Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar; iv) Escala Breve de Redes Sociais de Lubben; v) Escala de Confiança no Equilíbrio Específica para a Atividade (CEA); vi) Timed Up and Go; e vii) Teste de Sentar e Levantar Cinco Vezes. Os dados foram analisados com recurso à estatística descritiva e inferencial. Resultados: A amostra foi constituída por 100 participantes (58% mulheres), com uma média etária de 74,27±8,76 anos. Os resultados evidenciaram uma muito boa consistência interna (α=0,978) e excelente fiabilidade teste-reteste (CCI= 0,987). Em termos de validade concorrente, obteve-se uma associação estatisticamente significativa entre a FES-I e a CEA (rs= -0,85; p=0.000). Observaram-se também relações estatisticamente significativas entre a FES-I e o género, idade, escolaridade, historial de quedas, problemas em dormir, perceção da saúde física e mental, sintomas de ansiedade e depressão, mobilidade e equilíbrio funcional. Conclusão: Os principais resultados sugerem que a versão portuguesa da FES-I é um instrumento fidedigno e válido que permite medir o medo de cair na população idosa Portuguesa da comunidade, podendo ser usado na prevenção do risco de quedas. Os resultados evidenciam que o medo de cair é influenciado por variáveis sociodemográficas, de saúde, psicossociais e de condição física.