Mediastinite pós-esternotomia longitudinal para cirurgia cardíaca: 10 anos de análise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza,Valdir Cesarino de
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Freire,André Ney Menezes, Tavares-Neto,José
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382002000300012
Resumo: INTRODUÇÃO: mediastinites pós-esternotomia para cirurgia cardíaca não são freqüentes (0,2% a 5,0%), porém, quando surgem, se tornam potencialmente graves. Mesmo com o diagnóstico e tratamento precoces, o prognóstico não é bom, sobretudo se houver sepse e outros agravos à saúde associados. OBJETIVO: rever a casuística de casos de mediastinite. MÉTODO: foram analisados os prontuários de 2.272 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca entre 1991 e 2000. Todas as operações foram realizadas através de esternotomia mediana longitudinal e circulação extracorpórea no Hospital João XXIII / Instituto de Cirurgia Cardiovascular da Paraíba de Campina Grande (Paraíba). RESULTADOS: a mediastinite ocorreu, em média, 10 dias após a cirurgia, num total de 37 (1,6%) casos, com taxa de letalidade 21,6% (n=8). A maioria (n=19; 51,4%) dos casos foi em pacientes submetidos a revascularização do miocárdio, seguidos pelos procedimentos valvares (n=13; 35,1%), correções de cardiopatias congênitas (n=4; 10,8%) e aneurisma de aorta ascendente (n=1; 2,7%). Vários fatores de risco foram identificados (obesidade, tempo de permanência hospitalar prolongado, diabetes mellitus, tabagismo, reoperações e cirurgias de emergência), especialmente a permanência (por mais de 72 horas no pré-operatório) em unidade de terapia intensiva. A cultura do exsudato foi positiva em 35 (94,6%) dos 37 pacientes, sendo o Staphylococcus aureus o patógeno mais observado em 17 (48,6%). CONCLUSÕES: a freqüência de mediastinite pós-cirurgias cardíaca, com esternotomia associada, é semelhante à descrita na literatura, não tem diminuído no decorrer dos anos, por isto continua representando um desafio para os cirurgiões e equipes, apesar do arsenal diagnóstico e terapêutico atuais.
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