Resultados do tratamento cirúrgico da coarctação de aorta em adultos
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382009000400014 |
Resumo: | OBJETIVO: Reportar a experiência no tratamento cirúrgico da coarctação da aorta (CoAo) em pacientes adultos, avaliando os resultados imediatos e a médio prazo. MÉTODOS: Entre janeiro de 1987 e março de 2000, 50 pacientes consecutivos adultos foram submetidos a tratamento cirúrgico da coarctação de aorta, por toracotomia lateral esquerda. Destes, 42 (84%) eram hipertensos, com pressão arterial sistólica média de 170,6 mmHg (125-220 mmHg). O gradiente médio no local da coarctação era de 51,4 mmHg (18-123 mmHg). A abordagem de doenças cardiovasculares associadas não foi realizada no mesmo tempo cirúrgico, com exceção de dois casos de persistência do canal arterial (PCA). Ressecção da CoAo e anastomose término-terminal foi realizada em 20 (40%) pacientes, ampliação da área de CoAo com retalho de pericárdio bovino em 22 (44%) e interposição de um tubo sintético em oito (16%). RESULTADOS: A morbidade operatória foi baixa, ocorrendo apenas uma reoperação por sangramento; a ocorrência mais frequente nas primeiras horas de pós-operatório foi hipertensão, observada em 98% dos pacientes, controlada com medicamentos endovenosos. Não houve óbito hospitalar. O gradiente residual médio foi de 18,7 mmHg (8-33 mmHg). O tempo médio de internação hospitalar foi de 9,5 dias (5-30 dias). O tempo médio de seguimento foi de 46,8 meses (1145 meses) em 45 (91,8%) pacientes; destes, 41 (91,1%) encontravam-se normotensos, sendo que 75,6% sem medicamentos. Em 93,3% dos pacientes, não ocorreram sintomas de qualquer natureza. Quatro pacientes foram reoperados neste período (um para implante de marca-passo definitivo, dois para troca valvar, e outro por endocardite), ocorrendo um óbito tardio por endocardite e sepse. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico da CoAo, mesmo em pacientes adultos, impõe-se como método terapêutico eficaz, nesta série, independentemente da técnica cirúrgica utilizada, com baixa morbidade e mortalidade, e sobretudo reduzindo os níveis pressóricos a curto e médio prazos |
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Resultados do tratamento cirúrgico da coarctação de aorta em adultosCoartação aórtica/cirurgiaAorta/cirurgiaCardiopatias congênitasAdultoOBJETIVO: Reportar a experiência no tratamento cirúrgico da coarctação da aorta (CoAo) em pacientes adultos, avaliando os resultados imediatos e a médio prazo. MÉTODOS: Entre janeiro de 1987 e março de 2000, 50 pacientes consecutivos adultos foram submetidos a tratamento cirúrgico da coarctação de aorta, por toracotomia lateral esquerda. Destes, 42 (84%) eram hipertensos, com pressão arterial sistólica média de 170,6 mmHg (125-220 mmHg). O gradiente médio no local da coarctação era de 51,4 mmHg (18-123 mmHg). A abordagem de doenças cardiovasculares associadas não foi realizada no mesmo tempo cirúrgico, com exceção de dois casos de persistência do canal arterial (PCA). Ressecção da CoAo e anastomose término-terminal foi realizada em 20 (40%) pacientes, ampliação da área de CoAo com retalho de pericárdio bovino em 22 (44%) e interposição de um tubo sintético em oito (16%). RESULTADOS: A morbidade operatória foi baixa, ocorrendo apenas uma reoperação por sangramento; a ocorrência mais frequente nas primeiras horas de pós-operatório foi hipertensão, observada em 98% dos pacientes, controlada com medicamentos endovenosos. Não houve óbito hospitalar. O gradiente residual médio foi de 18,7 mmHg (8-33 mmHg). O tempo médio de internação hospitalar foi de 9,5 dias (5-30 dias). O tempo médio de seguimento foi de 46,8 meses (1145 meses) em 45 (91,8%) pacientes; destes, 41 (91,1%) encontravam-se normotensos, sendo que 75,6% sem medicamentos. Em 93,3% dos pacientes, não ocorreram sintomas de qualquer natureza. Quatro pacientes foram reoperados neste período (um para implante de marca-passo definitivo, dois para troca valvar, e outro por endocardite), ocorrendo um óbito tardio por endocardite e sepse. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico da CoAo, mesmo em pacientes adultos, impõe-se como método terapêutico eficaz, nesta série, independentemente da técnica cirúrgica utilizada, com baixa morbidade e mortalidade, e sobretudo reduzindo os níveis pressóricos a curto e médio prazosSociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular2009-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382009000400014Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.24 n.3 2009reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCV10.1590/S0102-76382009000400014info:eu-repo/semantics/openAccessJatene,Marcelo BiscegliAbuchaim,Décio Cavalet SoaresOliveira Junior,José de LimaRiso,ArlindoTanamati,CarlaMiura,NanaLopes,Antonio AugustoBarbero-Marcial,Miguel Lpor2009-12-10T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76382009000400014Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:2009-12-10T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false |
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