Dor retal persistente após retossigmoidectomia: relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Redua,Marcelo Barcellos
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Sousa,Angela Maria, Barbosa Neto,José Osvaldo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Dor
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132012000400017
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Dor abdominal crônica após intervenção cirúrgica possui fisiopatologia ainda pouco estudada, sendo descrita após cesariana, hérnia inguinal, videolaparoscopia e colecistectomia. No andar inferior do abdômen, a proctalgia crônica tem sido descrita após hemorroidectomia sendo caracterizada por dor à evacuação acompanhada de urgência para defecar. A dor crônica pós-operatória persistente após retossigmoidectomia videolaparoscópica é pouco frequente. O objetivo deste estudo foi relatar um caso de dor pós-operatória persistente após retossigmoidectomia videolaparoscópica, controlada com bloqueio anestésico bilateral do plexo hipogástrico. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 54 anos, submetida à retossigmoidectomia com anastomose em cólon transverso-retal, por videolaparoscopia. No pós-operatório imediato evoluiu com dor retal em tenesmo, contínua, de forte intensidade, com queimação ocasional. Analgésicos não opioides não aliviavam a dor. Investigação do quadro não evidenciou complicações cirúrgicas, sendo encaminhada para a equipe de controle de dor. Foi realizado bloqueio diagnóstico bilateral de plexo hipogástrico superior com 4 mL de lidocaína a 1%, (sem vasoconstritor) por via transdiscal em L5/S1 guiado por radioscopia, que produziu alívio importante da dor. Permaneceu sem dor durante dois meses, sendo realizado novo bloqueio bilateral hipogástrico superior com 5 mL de lidocaína a 2% (sem vasoconstritor) por via transdiscal em L5/S1 guiado por radioscopia, com remissão importante da dor, atualmente controlada com uso ocasional de gabapentina (300 mg). CONCLUSÃO: A dor retal pós-operatória persistente foi controlada com o bloqueio anestésico bilateral do plexo hipogástrico e a duração do alívio da dor foi prolongada, muito além da meia-vida do anestésico local.