Intervenção coronária percutânea em idosos: impacto da faixa etária mais avançada (> 80 Anos) no perfil clínico e nos resultados imediatos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kroll,Roberto Tadeu M.
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Tanajura,Luiz Fernando, Siqueira,Dimytri Alexandre A., Abizaid,Alexandre, Feres,Fausto, Galantini,Danilo Ribeiro, Andrade,Antonio Thomaz de, Silva,Lilian Soares, Buffon,Marcela Freire, Ibrahim,Samir Duarte, Sousa,Amanda G. M. R., Sousa,J. Eduardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000400010
Resumo: INTRODUÇÃO: Com o aumento da longevidade observado nas últimas décadas, as intervenções coronárias percutâneas (ICPs) em octogenários são cada vez mais indicadas, podendo, no entanto, não apresentar os mesmos resultados de pacientes idosos com idade menos avançada. Este estudo comparou os perfis e os resultados imediatos em pacientes idosos com idade &gt; 80 anos e < 80 anos, procurando respostas para esses questionamentos. MÉTODO: Estudo de coorte, retrospectivo, que envolveu todos os 998 pacientes idosos tratados no triênio 2008-2010, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, divididos em dois grupos: grupo A, 192 (19,2%) octogenários; e grupo B, 806 (81,8%) pacientes idosos com idades entre 70 anos e 79 anos. Foram incluídos pacientes apresentando quadros clínico e angiográfico com indicação para ICP, de acordo com as diretrizes vigentes. RESULTADOS: Os pacientes do grupo A apresentaram predomínio significante de insuficiência renal crônica (78,6% vs. 54,8%; P < 0,01) e tenderam a apresentar mais síndromes coronárias agudas (33,3% vs. 26,6%; P = 0,07). As lesões-alvo tipo B2/C também predominaram no grupo A (54,8% vs. 41,2%; P < 0,01), porém, a despeito disso, esses pacientes receberam menos stents farmacológicos (18,1% vs. 31,2%; P < 0,01). Não foi observada diferença na mortalidade (0 vs. 0,2%; P = 0,83) ou na ocorrência de infarto relacionado ao procedimento (5,7% vs. 3,3%; P = 0,18). Não houve necessidade da realização de cirurgia de revascularização de urgência em nenhum paciente. CONCLUSÕES: Os octogenários, que atualmente correspondem a cerca de 20% dos pacientes tratados por ICP, apresentaram maior complexidade clínica e angiográfica, receberam menos stents com liberação de medicamentos e apresentaram resultados hospitalares semelhantes aos dos menos idosos.
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