Intervenção coronária percutânea em idosos: impacto da faixa etária mais avançada (> 80 Anos) no perfil clínico e nos resultados imediatos
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000400010 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Com o aumento da longevidade observado nas últimas décadas, as intervenções coronárias percutâneas (ICPs) em octogenários são cada vez mais indicadas, podendo, no entanto, não apresentar os mesmos resultados de pacientes idosos com idade menos avançada. Este estudo comparou os perfis e os resultados imediatos em pacientes idosos com idade > 80 anos e < 80 anos, procurando respostas para esses questionamentos. MÉTODO: Estudo de coorte, retrospectivo, que envolveu todos os 998 pacientes idosos tratados no triênio 2008-2010, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, divididos em dois grupos: grupo A, 192 (19,2%) octogenários; e grupo B, 806 (81,8%) pacientes idosos com idades entre 70 anos e 79 anos. Foram incluídos pacientes apresentando quadros clínico e angiográfico com indicação para ICP, de acordo com as diretrizes vigentes. RESULTADOS: Os pacientes do grupo A apresentaram predomínio significante de insuficiência renal crônica (78,6% vs. 54,8%; P < 0,01) e tenderam a apresentar mais síndromes coronárias agudas (33,3% vs. 26,6%; P = 0,07). As lesões-alvo tipo B2/C também predominaram no grupo A (54,8% vs. 41,2%; P < 0,01), porém, a despeito disso, esses pacientes receberam menos stents farmacológicos (18,1% vs. 31,2%; P < 0,01). Não foi observada diferença na mortalidade (0 vs. 0,2%; P = 0,83) ou na ocorrência de infarto relacionado ao procedimento (5,7% vs. 3,3%; P = 0,18). Não houve necessidade da realização de cirurgia de revascularização de urgência em nenhum paciente. CONCLUSÕES: Os octogenários, que atualmente correspondem a cerca de 20% dos pacientes tratados por ICP, apresentaram maior complexidade clínica e angiográfica, receberam menos stents com liberação de medicamentos e apresentaram resultados hospitalares semelhantes aos dos menos idosos. |
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Intervenção coronária percutânea em idosos: impacto da faixa etária mais avançada (> 80 Anos) no perfil clínico e nos resultados imediatosAngioplastiaStents farmacológicosDoença das coronáriasIdosoIdoso de 80 anos ou maisINTRODUÇÃO: Com o aumento da longevidade observado nas últimas décadas, as intervenções coronárias percutâneas (ICPs) em octogenários são cada vez mais indicadas, podendo, no entanto, não apresentar os mesmos resultados de pacientes idosos com idade menos avançada. Este estudo comparou os perfis e os resultados imediatos em pacientes idosos com idade > 80 anos e < 80 anos, procurando respostas para esses questionamentos. MÉTODO: Estudo de coorte, retrospectivo, que envolveu todos os 998 pacientes idosos tratados no triênio 2008-2010, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, divididos em dois grupos: grupo A, 192 (19,2%) octogenários; e grupo B, 806 (81,8%) pacientes idosos com idades entre 70 anos e 79 anos. Foram incluídos pacientes apresentando quadros clínico e angiográfico com indicação para ICP, de acordo com as diretrizes vigentes. RESULTADOS: Os pacientes do grupo A apresentaram predomínio significante de insuficiência renal crônica (78,6% vs. 54,8%; P < 0,01) e tenderam a apresentar mais síndromes coronárias agudas (33,3% vs. 26,6%; P = 0,07). As lesões-alvo tipo B2/C também predominaram no grupo A (54,8% vs. 41,2%; P < 0,01), porém, a despeito disso, esses pacientes receberam menos stents farmacológicos (18,1% vs. 31,2%; P < 0,01). Não foi observada diferença na mortalidade (0 vs. 0,2%; P = 0,83) ou na ocorrência de infarto relacionado ao procedimento (5,7% vs. 3,3%; P = 0,18). Não houve necessidade da realização de cirurgia de revascularização de urgência em nenhum paciente. CONCLUSÕES: Os octogenários, que atualmente correspondem a cerca de 20% dos pacientes tratados por ICP, apresentaram maior complexidade clínica e angiográfica, receberam menos stents com liberação de medicamentos e apresentaram resultados hospitalares semelhantes aos dos menos idosos.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2011-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000400010Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.19 n.4 2011reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972011000400010info:eu-repo/semantics/openAccessKroll,Roberto Tadeu M.Tanajura,Luiz FernandoSiqueira,Dimytri Alexandre A.Abizaid,AlexandreFeres,FaustoGalantini,Danilo RibeiroAndrade,Antonio Thomaz deSilva,Lilian SoaresBuffon,Marcela FreireIbrahim,Samir DuarteSousa,Amanda G. M. R.Sousa,J. Eduardopor2012-07-27T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972011000400010Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-07-27T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false |
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