Incidência e preditores de óbito precoce e tardio em octagenários brasileiros tratados com intervenção coronária percutânea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lemos,Pedro A.
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Campos,Carlos A. H., Ribeiro,Expedito E., Falcão,João L. A. A., Perin,Marco A., Kajita,Luiz J., Esteves Filho,Antonio, Gama,Marcus N. da, Horta,Pedro E., Marchiori,Gilberto G., Spadaro,André G., Soares,Paulo R., Zalc,Silvio, Martinez,Eulógio E.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972007000100008
Resumo: INTRODUÇÃO: Pacientes idosos com coronariopatia obstrutiva apresentam-se, freqüentemente, como um dilema clínico de difícil manejo, comumente necessitando o controle concomitante de múltiplas comorbidades. O presente estudo objetiva avaliar a sobrevida precoce e tardia de pacientes octagenários brasileiros tratados com angioplastia coronária. MÉTODO: Um total de 246 pacientes consecutivos com idade > 80 anos, tratados pelo Sistema Único de Saúde brasileiro, com intervenção coronária percutânea, foram incluídos. Características basais e do procedimento foram coletadas, prospectivamente. Após a alta, a ocorrência de óbito foi avaliada por meio da revisão dos registros hospitalares e de contato telefônico. RESULTADOS: A idade média dos pacientes era de 83,7 ± 3,0 anos (mínimo 80 anos, máximo 94 anos). A sobrevida global aos 30 dias, 1 ano e 2 anos foi de 86,7%, 78,1% e 76,0%, respectivamente. Somente o infarto agudo à admissão e a presença de doença coronária triarterial foram identificados como preditores multivariados de óbito (Infarto à admissão: HR ajustado 1,76; IC95% 1,08 - 2,87; p=0,02. Doença triarterial: HR ajustado 1,83; IC95% 1,12 - 2,99; p=0,02). Pacientes sem infarto à admissão ou doença triarterial apresentaram sobrevida de 85,7% após 2 anos, enquanto somente 56,8% com ambas as características estavam vivos ao término do seguimento. CONCLUSÃO: Octagenários tratados com angioplastia coronária apresentam mortalidade geral relativamente alta, principalmente no primeiro ano após o procedimento. No entanto, o subgrupo de pacientes sem características de risco apresentam boa sobrevida pósprocedimento, ao longo dos dois primeiros anos de evolução.
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