Eficácia do sistema de estadiamento de enneking no tratamento dos tumores ósseos benignos e lesões ósseas pseudotumorais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Drumond,José Marcos Nogueira
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ortopedia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162010000100009
Resumo: OBJETIVO: Avaliar a eficácia do Sistema de Estadiamento de Enneking (SEE) em determinar o prognóstico, planejar o tratamento cirúrgico e indicar a terapia adjuvante no tratamento de tumores ósseos benignos (TOB) e lesões ósseas pseudotumorais (LOP). MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo multicêntrico, descritivo, não randomizado, com amostra representativa de uma grande série de 165 pacientes portadores de 168 tumores ósseos benignos e lesões ósseas pseudotumorais. A casuística foi típica e concordou com a literatura em todos os aspectos. Todos os pacientes foram estadiados no Sistema de Estadiamento de Enneking e fez-se a correlação do estadiamento inicial de cada lesão com o seu comportamento após tratamento conservador ou cirúrgico para determinar a eficácia do SEE. Os devidos tratamentos e as complicações são descritos e analisados. RESULTADOS: O resultado do tratamento mostrou proporção concordante de 95,2% com o SEE, com intervalo de 95% de confiança de 90,8 a 97,9%. De 168 tumores tratados, somente oito (4,8%) não foram controlados com o tratamento inicial indicado pelo SEE. Há predominância de tumores estadiados como ativos, com 73,2% das lesões. As recidivas foram mais frequentes no estágio agressivo, sendo estatisticamente significativo (p < 0,001). Todos os pacientes estadiados como latentes evoluíram para cura. O cimento ósseo (PMMA) mostrou-se um adjuvante efetivo quando associado a uma cirurgia marginal. O estudo sugeriu que a cirurgia com margem ampla, para lesões agressivas, poderia controlar melhor a lesão, com menor taxa de recidiva (p > 0,001). Para lesões latentes e ativas comprovou-se a eficácia dos tratamentos expectante e de excisão simples ou associada com enxerto ósseo autógeno. CONCLUSÃO: Os resultados confirmaram que o SEE foi muito eficaz em determinar o prognóstico, planejar a cirurgia e indicar a terapia adjuvante no tratamento de TOB e LOP.
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