Fatores de risco que contribuem para o envenenamento pediátrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos,Carla Luiza Job
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Barros,Helena Maria Tannhauser, Stein,Airton Tetelbom, Costa,Juvenal Soares Dias da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572010000500014
Resumo: OBJETIVO: Investigar se a falta de conhecimento dos agentes tóxicos nos domicílios é fator de risco de evento tóxico individual acidental na infância. MÉTODOS: Grupo caso (n = 25) é composto por cuidadores de crianças com menos de 60 meses, do município de Porto Alegre (RS), que sofreram evento tóxico acidental oral, atendidas em dois hospitais de referência e com registro no Centro de Informação Toxicológica. O controle (n = 25) é formado por cuidadores de crianças pareadas por sexo, idade e presença nos domicílios de agente tóxico igual ao do caso, que buscaram atendimento médico emergencial nos mesmos hospitais, mas por outras causas. Foi aplicado um questionário próprio, estruturado, verificando-se as questões: sociodemográficas, história clínica, antecedentes comportamentais dos cuidadores, armazenamento dos agentes tóxicos, história pregressa de acidente toxicológico. RESULTADOS: A idade média das crianças foi de 31,8 meses (±0,97) e a estatura média, de 93 cm (±11). As famílias, nos dois grupos, apresentaram conhecimento da ação tóxica de agentes existentes nos domicílios, contudo, cuidadores do grupo-controle apresentaram duas vezes mais chances de possuir conhecimento em comparação ao grupo caso. Distração apresentou 15 vezes mais chances de ocorrer por parte de cuidadores de crianças que sofreram evento tóxico em comparação ao grupo-controle. A altura do agente tóxico estar abaixo de 150 cm apresentou aproximadamente 17 vezes mais chances de ocorrer no grupo de crianças que sofreram evento tóxico em comparação às crianças do grupo-controle. CONCLUSÕES: Falta de conhecimento da ação tóxica de agentes existentes nos domicílios não é um fator de risco para evento tóxico na infância. Os riscos atribuíveis descritos neste estudo indicaram que a eliminação de outros fatores, como distração ou armazenamento abaixo de 150 cm de altura, acarretariam a prevenção de 13 e 19% de eventos tóxicos na infância, respectivamente.
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