FEUERBACH: FUNDAMENTOS PARA UMA ÉTICA DA SENSIBILIDADE
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Dialectus |
Texto Completo: | http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/5204 |
Resumo: | Pretende-se aqui desenvolver os elementos presentes no pensamento de Feuerbach que sustentam uma “ética da sensibilidade” como questionadora de uma ética racionalista, como, por exemplo, a ética do dever de talhe kantiano. A despeito dos limites da filosofia de Feuerbach, reiteradamente identificados por Marx no que se refere à inconciliabilidade no pensamento do autor entre materialismo e história - o que o joga no terreno de um idealismo do gênero humano - , há que se destacar a significação de Feuerbach no percurso de contraposição à mistificação idealista, ao ressaltar a dimensão da corporeidade e dos afetos, ainda que sejam estes tidos em sua naturalidade, como elementos inalienáveis e incontornáveis do agir humano, portanto, insurgindo contra uma forma seca de racionalismo que pretende dicotomizar razão e sensibilidade. O objetivo de nosso trabalho é acompanhar os fundamentos da filosofia sensualista de Feuerbach que lhe permitem concluir por um antropoteísmo, “o coração elevado a entendimento”, que se contrapõe à separação entre sensibilidade e entendimento e à sobreposição do segundo sobre o primeiro. Recuperando a significação dos sentidos e das afecções, o autor pretende responder ao idealismo moderno desde Descartes, entendendo-o como uma derivação da teologia que tem a sua consumação na filosofia de Hegel. A afirmação do ponto de partida da filosofia naquilo “que no homem não filosofa”, qual seja, a sensibilidade, a finitude, a afecção, prepara o terreno sobre o qual Marx desenvolverá, uma vez feito o apontamento crítico dos limites feuerbachianos, a compreensão da realidade social, incluindo elementos que nos possibilitam pensar a esfera do agir moral em uma perspectiva materialista. |
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