Efeito do anestésico eugenol na qualidade espermática do sêmen de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Paula Naiane Braga; Universidade Federal do Ceará
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Silva, Angelita Costa da; Universidade Estadual do Ceará, Teixeira, Erivânia Gomes; Universidade Estadual do Maranhão /UEMA, Farias, Wladimir Ronald Lobo; Universidade Federal do Ceará
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de higiene e sanidade animal
Texto Completo: http://www.higieneanimal.ufc.br/seer/index.php/higieneanimal/article/view/330
Resumo: A utilização de gametas de alta qualidade em reprodutores de peixes cultivados é um fator indispensável para garantir a excelência na produção de descendentes para a aquicultura. Neste trabalho foi avaliada a influência do anestésico natural eugenol sobre a qualidade do sêmen de Tilápia do Nilo (O. niloticus), por meio da determinação da taxa de motilidade espermática, pH, volume de sêmen produzido e do tempo de motilidade dos espermatozoides de amostras de sêmen coletadas de peixes (n = 10) anestesiados com 120 mg L-1 de eugenol, bem como de animais não submetidos ao anestésico. O anestésico na morfologia dos gametas masculinos também foi avaliada, através da observação de 150 espermatozoides de cada peixe, nos dois tratamentos (n = 8), visando à viabilidade da utilização deste agente anestésico em procedimentos experimentais. A média da taxa de motilidade espermática do sêmen dos peixes não-anestesiados foi significativamente superior (91 ± 9,944%) a observada no material coletado dos espécimes anestesiados que foi de 81,5 ± 7,835%, revelando que a taxa de motilidade espermática diminuiu com o uso do anestésico. A variação de pH foi de 8,4 ± 0,699 no tratamento controle e de 8,3 ± 0, 483 nos peixes que passaram por indução anestésica, não havendo assim diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos. Não houve diferença entre o tratamento controle e o grupo de peixes anestesiados quanto ao volume de sêmen produzido que foi de 310 ± 137 μL e 260 ± 142 μL, respectivamente. O controle apresentaram um tempo médio de motilidade espermática de 588,9 ± 320 segundos, enquanto para os espermatozoides dos peixes anestesiados esta média foi de 534,7 ± 310 segundos, porém não houve variação estatística significativa entre os dois tratamentos. Nos testes de morfologia espermática, houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos: os peixes do grupo controle apresentaram uma média de 117,50 ± 3,0 espermatozoides sem nenhuma deformidade, enquanto que no outro grupo os espermatozoides com ausência de deformidades foram 88 ± 2,08. Portanto o anestésico eugenol não é indicado para o uso em reprodutores, pois de acordo com os dados obtidos há prejuízo na produção de gametas masculinos viáveis.