Entre o estÃvel e o fortuito: a formaÃÃo continuada em serviÃo e as rotinas pedagÃgicas em alfabetizaÃÃo.

• Autor(a) principal: Jocelaine Regina Duarte Rossi
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5531
• topic: Rotinas PedagÃgicas; FormaÃÃo de Professores; AlfabetizaÃÃo; Pedagogical Routines; Teacher Education; Literacy; EDUCACAO

O presente estudo à uma investigaÃÃo sobre a formaÃÃo em serviÃo dos professores alfabetizadores. Teve como objetivo verificar a contribuiÃÃo da formaÃÃo em serviÃo, centrada na implantaÃÃo de rotinas pedagÃgicas, para melhoria dos resultados da aprendizagem dos alunos do 2 ano do Ensino Fundamental. Està embasada nas obras de Vygotsky, nos estudos sobre alfabetizaÃÃo e letramento, desenvolvidos por Magda Soares, e na perspectiva dos saberes docentes de Gauthier, Tardif e Lessard. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, sendo um estudo de caso mÃltiplo, realizado com quatro professores de municÃpios da RegiÃo Norte do Estado do Cearà que participaram da formaÃÃo em serviÃo promovida pelo PAIC e, no ano de 2008, apresentaram aumento nos resultados do SPAECE-ALFA. Os dados foram coletados atravÃs de anÃlise documental, entrevista semiestruturada e observaÃÃo de sala de aula, utilizando-se do Roteiro de observaÃÃo, do Quadro de observaÃÃo diÃria de sala de aula e da Escala de observaÃÃo de prÃticas pedagÃgicas diferenciadas. A partir da anÃlise e comparaÃÃo dos dados coletados chegou-se a alguns resultados. Embora nÃo se possa afirmar que os professores tenham mudado radicalmente suas prÃticas pode-se considerar que a formaÃÃo trouxe contribuiÃÃes para a atuaÃÃo dos professores em sala de aula. A utilizaÃÃo de material didÃtico adequado e diversificado e a implantaÃÃo das rotinas provocaram modificaÃÃes importantes na aÃÃo das professoras, que culminaram na qualificaÃÃo do tempo pedagÃgico. Percebeu-se, tambÃm, que as professoras buscaram atender à diversidade da sala de aula e fizeram adaptaÃÃes nas rotinas para adequÃ-las ao nÃvel de seus alunos e as suas necessidades, utilizando-se de metodologias variadas, nem sempre orientadas pela formaÃÃo. Considerou-se que a formaÃÃo ajudou a nortear o trabalho do professor, entretanto, ao invÃs da orientaÃÃo para organizaÃÃo de rotinas que atendam a especificidade de cada sala de aula, estas foram repassadas aos professores como âprodutos acabadosâ, nem sempre adequados à realidade das professoras. Observou-se que a relaÃÃo teoria e prÃtica, proposta pela formaÃÃo, aconteceu de forma inadequada e a prÃtica pedagÃgica foi trabalhada como treinamento, negligenciando-se a reflexÃo acerca do que o professor jà desenvolve. A formaÃÃo provocou mudanÃas, mas essas parecem frÃgeis, com resultados imediatos, mudanÃas nas aÃÃes e nÃo, necessariamente, mudanÃas nas concepÃÃes sobre alfabetizaÃÃo.