Atividade carrapaticida do timol em diferentes solubilizações sobre Rhipicephalus microplus (Acari: Ixodidae) e o efeito histopatológico desse monoterpeno nos ovários de Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae)
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/605 |
Resumo: | O timol é um monoterpeno que já teve sua ação acaricida comprovada para diferentes espécies de carrapato e sabe-se que os métodos de solubilização interferem de maneira significativa nesta ação. Além disso, do ponto de vista morfofsiológco ainda não foram realizados estudos sobre os efeitos histopatológicos causados por esta substância de ixodídeos. Sendo assim, no primeiro capítulo do presente trabalho avaliou a eficácia do timol em diferentes métodos de solubilização sobre fêmeas ingurgitadas e larvas não ingurgitadas de Rhipicephalus microplus. No segundo capítulo foi avaliado o efeito histopatológico do timol em diferentes concentrações nos ovários de fêmeas de Rhipicephalus sanguineus com seis dias de alimentação. No primeiro capítulo utilizou-se a metodologia de teste por imersão com fêmeas ingurgitadas de R. microplus; para larvas não ingurgitadas a metodologia utilizada foi de pacote de larvas, sendo que foram testadas somente as formulações 3 e 4, uma vez que as demais já haviam sido avaliadas em estudos anteriores. Nos dois experimentos avaliaram-se dois grupos controle, um tratado com água e outro com etanol 50% e foram realizadas10 repetições para cada tratamento, sendo os mesmos mantidos em câmara climatizada (27 ± 1 ° C e RH> 80 ± 10). As fêmeas foram avaliadas diariamente, até a morte da última para posterior avaliação dos parâmetros biológicos peso da massa de ovos, percentual de eclosão, e percentual de controle, a mortalidade das larvas foi avaliada após 24 h. Em relação ao controle houve redução significativa (p<0,05) no peso das massas de ovos nos tratamentos com as formulações 1, 3 e 4, sendo observados valores de 0,0; 0,2 e 0,0 mg, respectivamente. Nos grupos tratados com as formulações 1 e 4 não houve postura. O percentual de eclosão dos grupos controles tratados com etanol 50% e DMSO 1% foram respectivamente de 94,2% e 92,6%, sendo estatisticamente semelhante a formulação 2 que teve índice de eclosão de 63,9. Apenas a formulação 3, onde o índice de eclosão foi 20,0% diferiu estatisticamente dos grupos controle. Na formulação 3, o percentual de controle foi de 99,3%, e nas formulações 1 e 4 chegou a 100%. A mortalidade de larvas foi de 100% em todos os tratamentos; não houve mortalidade nos grupos controle. Para realizar as análises morfohistoquímicas dos ovários foram utilizadas 50 fêmeas de R. sanguineus com seis dias de alimentação que foram divididas em cinco grupos e submetidas ao teste de imersão em soluções de timol e etanol a 30% nas concentrações de 1,25 mg/mL; 2,25 mg/mL e 5,0 mg/mL. Também foram formados dois grupos controle, um tratado com água destilada e outro com etanol 30%. Após os tratamentos, as fêmeas foram mantidas em câmara climatizada regulada a 27±1°C e UR 80±10% por cinco dias. Após esse período os ovários foram removidos, fixados, desidratados, embebidos e incluídos em resina Leica, em seguida foram seccionados e as lâminas foram submetidas as técnicas de hematoxilina/eosina e von kossa. O mesmo procedimento foi seguido para a detecção de cálcio pela técnica de Von Kossa. Os resultados histológicos mostraram que o timol é capaz de agir no sistema reprodutor das fêmeas de R. sanguineus, alterando sua morfologia. Nesse sentido foram observados vacúolos no citoplasma das células germinativas nos diferentes estágios, irregularidades formando dobras na membrana limitante e coriônica e danos na vesícula germinal. A análise histoquímica mostrou que os grupos tratados com timol tiveram o teor de cálcio dos grânulos de vitelo alterado e de maneira geral apresentaram marcação mais intensa para este elemento. Desta forma, a partir dos resultados do primeiro capítulo, conclui-se que a redução do etanol nas formulações potencializou a atividade carrapaticida sobre fêmeas ingurgitadas de R. microplus, sem que fosse afetada sua atividade contra larvas não ingurgitadas desse carrapato e através dos estudos morfohistoquímico pode-se concluir que o timol altera a morfofisiologia dos fêmeas com seis dias de alimentação de R. sanguineus, apresentando efeito deletério em tais órgãos. |
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Sendo assim, no primeiro capítulo do presente trabalho avaliou a eficácia do timol em diferentes métodos de solubilização sobre fêmeas ingurgitadas e larvas não ingurgitadas de Rhipicephalus microplus. No segundo capítulo foi avaliado o efeito histopatológico do timol em diferentes concentrações nos ovários de fêmeas de Rhipicephalus sanguineus com seis dias de alimentação. No primeiro capítulo utilizou-se a metodologia de teste por imersão com fêmeas ingurgitadas de R. microplus; para larvas não ingurgitadas a metodologia utilizada foi de pacote de larvas, sendo que foram testadas somente as formulações 3 e 4, uma vez que as demais já haviam sido avaliadas em estudos anteriores. Nos dois experimentos avaliaram-se dois grupos controle, um tratado com água e outro com etanol 50% e foram realizadas10 repetições para cada tratamento, sendo os mesmos mantidos em câmara climatizada (27 ± 1 ° C e RH> 80 ± 10). As fêmeas foram avaliadas diariamente, até a morte da última para posterior avaliação dos parâmetros biológicos peso da massa de ovos, percentual de eclosão, e percentual de controle, a mortalidade das larvas foi avaliada após 24 h. Em relação ao controle houve redução significativa (p<0,05) no peso das massas de ovos nos tratamentos com as formulações 1, 3 e 4, sendo observados valores de 0,0; 0,2 e 0,0 mg, respectivamente. Nos grupos tratados com as formulações 1 e 4 não houve postura. O percentual de eclosão dos grupos controles tratados com etanol 50% e DMSO 1% foram respectivamente de 94,2% e 92,6%, sendo estatisticamente semelhante a formulação 2 que teve índice de eclosão de 63,9. Apenas a formulação 3, onde o índice de eclosão foi 20,0% diferiu estatisticamente dos grupos controle. Na formulação 3, o percentual de controle foi de 99,3%, e nas formulações 1 e 4 chegou a 100%. A mortalidade de larvas foi de 100% em todos os tratamentos; não houve mortalidade nos grupos controle. 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Atividade carrapaticida do timol em diferentes solubilizações sobre Rhipicephalus microplus (Acari: Ixodidae) e o efeito histopatológico desse monoterpeno nos ovários de Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae) Matos, Renata da Silva CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::COMPORTAMENTO ANIMAL Controle Monterpeno Carrapato-do-boi Histopatologia Carrapato-vermelho-do cão Etanol |
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O timol é um monoterpeno que já teve sua ação acaricida comprovada para diferentes espécies de carrapato e sabe-se que os métodos de solubilização interferem de maneira significativa nesta ação. Além disso, do ponto de vista morfofsiológco ainda não foram realizados estudos sobre os efeitos histopatológicos causados por esta substância de ixodídeos. Sendo assim, no primeiro capítulo do presente trabalho avaliou a eficácia do timol em diferentes métodos de solubilização sobre fêmeas ingurgitadas e larvas não ingurgitadas de Rhipicephalus microplus. No segundo capítulo foi avaliado o efeito histopatológico do timol em diferentes concentrações nos ovários de fêmeas de Rhipicephalus sanguineus com seis dias de alimentação. No primeiro capítulo utilizou-se a metodologia de teste por imersão com fêmeas ingurgitadas de R. microplus; para larvas não ingurgitadas a metodologia utilizada foi de pacote de larvas, sendo que foram testadas somente as formulações 3 e 4, uma vez que as demais já haviam sido avaliadas em estudos anteriores. Nos dois experimentos avaliaram-se dois grupos controle, um tratado com água e outro com etanol 50% e foram realizadas10 repetições para cada tratamento, sendo os mesmos mantidos em câmara climatizada (27 ± 1 ° C e RH> 80 ± 10). As fêmeas foram avaliadas diariamente, até a morte da última para posterior avaliação dos parâmetros biológicos peso da massa de ovos, percentual de eclosão, e percentual de controle, a mortalidade das larvas foi avaliada após 24 h. Em relação ao controle houve redução significativa (p<0,05) no peso das massas de ovos nos tratamentos com as formulações 1, 3 e 4, sendo observados valores de 0,0; 0,2 e 0,0 mg, respectivamente. Nos grupos tratados com as formulações 1 e 4 não houve postura. O percentual de eclosão dos grupos controles tratados com etanol 50% e DMSO 1% foram respectivamente de 94,2% e 92,6%, sendo estatisticamente semelhante a formulação 2 que teve índice de eclosão de 63,9. Apenas a formulação 3, onde o índice de eclosão foi 20,0% diferiu estatisticamente dos grupos controle. Na formulação 3, o percentual de controle foi de 99,3%, e nas formulações 1 e 4 chegou a 100%. A mortalidade de larvas foi de 100% em todos os tratamentos; não houve mortalidade nos grupos controle. Para realizar as análises morfohistoquímicas dos ovários foram utilizadas 50 fêmeas de R. sanguineus com seis dias de alimentação que foram divididas em cinco grupos e submetidas ao teste de imersão em soluções de timol e etanol a 30% nas concentrações de 1,25 mg/mL; 2,25 mg/mL e 5,0 mg/mL. Também foram formados dois grupos controle, um tratado com água destilada e outro com etanol 30%. Após os tratamentos, as fêmeas foram mantidas em câmara climatizada regulada a 27±1°C e UR 80±10% por cinco dias. Após esse período os ovários foram removidos, fixados, desidratados, embebidos e incluídos em resina Leica, em seguida foram seccionados e as lâminas foram submetidas as técnicas de hematoxilina/eosina e von kossa. O mesmo procedimento foi seguido para a detecção de cálcio pela técnica de Von Kossa. Os resultados histológicos mostraram que o timol é capaz de agir no sistema reprodutor das fêmeas de R. sanguineus, alterando sua morfologia. Nesse sentido foram observados vacúolos no citoplasma das células germinativas nos diferentes estágios, irregularidades formando dobras na membrana limitante e coriônica e danos na vesícula germinal. A análise histoquímica mostrou que os grupos tratados com timol tiveram o teor de cálcio dos grânulos de vitelo alterado e de maneira geral apresentaram marcação mais intensa para este elemento. Desta forma, a partir dos resultados do primeiro capítulo, conclui-se que a redução do etanol nas formulações potencializou a atividade carrapaticida sobre fêmeas ingurgitadas de R. microplus, sem que fosse afetada sua atividade contra larvas não ingurgitadas desse carrapato e através dos estudos morfohistoquímico pode-se concluir que o timol altera a morfofisiologia dos fêmeas com seis dias de alimentação de R. sanguineus, apresentando efeito deletério em tais órgãos. |
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