Recusas de borrifação de imóveis e ocorrência de casos de leishmaniose visceral na Regional Noroeste de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana Filho,F.C.
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Silva,J.A., Magalhães,D.F., Meneses,J.N.C., Haddad,J.P.A., Morais,M.H.F., Almeida,V.G.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivo brasileiro de medicina veterinária e zootecnia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352012000400017
Resumo: Os objetivos desta pesquisa foram caracterizar as recusas por parte da população em permitir a borrifação de seus imóveis, em quatro regiões de Belo Horizonte, no período de 2006 a 2008, e relacionar estas recusas com o surgimento de casos de leishmaniose visceral, no mesmo local e período. Utilizaram-se as localizações onde se encontraram 27 casos humanos de leishmaniose visceral obtidos do SINAN, todos referentes a quatro áreas de abrangência da região noroeste de Belo Horizonte, no período de 2006 a 2008. De um total de 33.579 residências visitadas pelo controle químico vetorial, 9636 (28,70%) aceitaram a borrifação interna e a externa do domicílio, 20741 (61,77%) concordaram com a borrifação apenas do peridomicílio, 141 (0,42%) aceitaram apenas a borrifação do intradomicílio, 909 (2,70%) se encontraram fechadas no momento da borrifação e 2152 (6,41%) recusaram qualquer tipo de borrifação no imóvel. Na maioria das residências, o controle químico foi permitido apenas no peridomicílio. A diferença entre o perfil de recusas dos quarteirões contidos em uma área de 200 metros ao redor de um caso humano de leishmaniose visceral e o mesmo perfil dos quarteirões fora desta área foi significativa (P<0,05) em sete (25,92%) dos 27 casos da doença.