Caracterização de microvesículas extracelulares em pacientes com Leucemia Linfocítica Crônica e seu possível impacto no perfil de comprometimento imune

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tâmara Dauare de Almeida
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/FARB-BCDJHP
Resumo: A Leucemia linfocítica crônica (LLC) é uma neoplasia hematológica com aumento de linfócitos B principalmente por resistência a apoptose e com expressão aberrante de CD5 além de perfil de imunocomprometimento. As variações evolutivas individuais desses pacientes não podem ser previstas. Nesse contexto, novas ferramentas que ajudem a avaliar a progressão do paciente com LLC são importantes, dentre elas as microvesículas extracelulares (VEs). Já foi bem descrito como a fusão das VEs pode induzir a expressão de alguns genes, bem como podem ser consideradas um fator à evasão de tratamentos sendo um fator de alteração do microambiente. A hipótese deste estudo é que os estadiamentos diferentes desta doença estariam associados a um perfil de VEs diferentes, e que o tratamento seria capaz de modificar esse perfil. Pretendeu-se avaliar essas diferenças nas vesículas extracelulares do sobrenadante de células mononucleares do sangue periférico de 28 pacientes com LLC e 24 indivíduos saudáveis s cultivadas ex vivo para avaliar perfis na distruibuição de tamanho através da tecnologia de dispersão dinâmica da luz; na capacidade de interferir com expressão de CD3 avaliando expressão das cadeias ã,ä,å,e æ por qPCR; nos perfis imunofenotípico e proteico através da citometria de fluxo e extração proteica respectivamente; e na quantidade de VEs desse sobrenadante através da tecnologia de análise de rastreamento de nanopartículas; e possível variação desses parâmetros após exposição ao quimioterápico fludarabina. As VEs não tiveram diferenças significativas quanto ao tamanho entre esses pacientes, suas classificações clínicas e grupo controle (p>0,1). A expressão das cadeias de CD3 de sangue total, CD3å, e CD3æ tiveram expressão diminuída nos pacientes com LLC quando comparadas ao grupo controle (p=0,014 e p=0,008 respectivamente), já nas VEs, foi detectada expressão das cadeias, mas sem valor estatístico. A imunofenotipagem confirmou o perfil da predominância de VEs de origem linfocitária; já a extração proteica sugere a separação da classificação clínica entre pacientes Binet A e Binet B+C na análise do perfil de do tamanho molecular das proteínas. A concentração estimada de VEs do grupo controle, das VEs não expostas e expostas à fludarabina em cultura é de 9,66e+008 (+/- 0,35e+007); 1,19e+009 (+/- 0,73e+007); e 7,61e+008 (+/- 0,48e+007) partículas por mL respectivamente. O número aumentado de VEs na LLC indica que a microvesiculação pode ser resultante da patogênese da doença sem estar relacionada ao estadiamento. A expressão das cadeias do CD3 em pacientes com LLC estão aparentemente diminuídas em relação ao grupo controle, e as VEs podem ser possíveis ferramentas para modificação nesse perfil de expressão; embora sem diferença significativa na distribuição do tamanho das VEs em relação ao estadiamento e exposição a fludarabina, há aparente diferença em relação as suas concentrações.