Leishmaniose visceral em Mato Grosso do Sul: avaliação da medula óssea e perfil clínico-laboratorial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castilho, Suelen
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1866
Resumo: A leishmaniose visceral é uma doença grave que atinge crianças, adultos, pessoas imunodeprimidas e apresenta alta letalidade se não tratada. Um dos fatores para o desfecho fatal é o diagnóstico tardio. Visando contribuir para um diagnóstico ágil e preciso com consequente tratamento adequado, este trabalho teve como objetivo descrever as alterações mais frequentes na medula óssea de pacientes com LV que possam auxiliar no prognóstico e no diagnóstico parasitológico direto. Foram analisados retrospectivamente prontuários e lâminas de 202 pacientes atendidos pelo NHU/UFMS, diagnosticados pela microscopia e/ou cultura no laboratório de Parasitologia Humana da UFMS nos anos de 2003 a 2008. A maioria foi procedente de centros urbanos, sendo 75,4% deles da capital. As crianças responderam pelo maior número de casos (59,9%), principalmente menores de cinco anos, e não houve óbito entre elas. Entre os adultos predominou o sexo masculino (70,4%). Na admissão a febre foi apresentada por 92,6% dos pacientes; hepatomegalia e esplenomegalia estiveram presentes com alta frequência, principalmente entre as crianças; e o emagrecimento foi mais evidente entre os adultos. Laboratorialmente os pacientes apresentaram pancitopenia com acentuada anemia e inversão albumina/globulina em 60,3%. Comorbidades mais frequentes foram: pneumonia, disfunções hepáticas, HIV e etilismo. Houve discordância entre os métodos diagnósticos, evidenciada pelos resultados falso-negativos. A maior parte das lâminas apresentou celularidade insatisfatória (65,3%), relacionada com a ausência de espículas e/ou aglomerados celulares (59,4%) e, portanto, não pode ser atribuída à atividade da parasitose. Os megacariócitos estavam reduzidos em 65,3% das lâminas. Plasmocitose esteve presente em 63,9% dos casos, com eventual observação de células de Mott e plasmócitos flamejantes. Rouleaux presente em 84,7% das lâminas. Histiócitos aumentados (56,9%) e a presença de tart-cell e/ou hemofagocitose foram detectados em 45,0% dos casos, principalmente entre as crianças. Amastigotas foram vistas no interior de granulócitos, eritroblastos e plamócito quando se verificou maior frequência de parasitas na lâmina. Eosinofilia foi detectada em 44,1% dos casos e grânulos mistos em 21,3%. Estruturas relacionadas à parasitose tais como expansões citoplasmáticas, restos celulares diversos e fragmentos de granulócitos foram visualizadas em 75,2%, 66,8% e 55,0% dos casos, respectivamente. Transformação gelatinosa da medula foi observada em 44,6%. Outras alterações constituem características de diseritropoese, mielodisplasia e/ou apoptose. Essas observações podem auxiliar no diagnóstico precoce e preciso, incentivando o examinador a uma pesquisa meticulosa de formas do parasita nos esfregaços, principalmente se apresentarem manifestações clínicas compatíveis e/ou o paciente for proveniente de área endêmica para a parasitose. Além disso, fica evidente a necessidade de otimizar a técnica de obtenção do aspirado de medula óssea a fim de melhorar a qualidade da amostra e consequentemente a sensibilidade dos métodos, permitindo instituição de terapia adequada.
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Entre os adultos predominou o sexo masculino (70,4%). Na admissão a febre foi apresentada por 92,6% dos pacientes; hepatomegalia e esplenomegalia estiveram presentes com alta frequência, principalmente entre as crianças; e o emagrecimento foi mais evidente entre os adultos. Laboratorialmente os pacientes apresentaram pancitopenia com acentuada anemia e inversão albumina/globulina em 60,3%. Comorbidades mais frequentes foram: pneumonia, disfunções hepáticas, HIV e etilismo. Houve discordância entre os métodos diagnósticos, evidenciada pelos resultados falso-negativos. A maior parte das lâminas apresentou celularidade insatisfatória (65,3%), relacionada com a ausência de espículas e/ou aglomerados celulares (59,4%) e, portanto, não pode ser atribuída à atividade da parasitose. Os megacariócitos estavam reduzidos em 65,3% das lâminas. Plasmocitose esteve presente em 63,9% dos casos, com eventual observação de células de Mott e plasmócitos flamejantes. 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Além disso, fica evidente a necessidade de otimizar a técnica de obtenção do aspirado de medula óssea a fim de melhorar a qualidade da amostra e consequentemente a sensibilidade dos métodos, permitindo instituição de terapia adequada.porLeishmania - parasitologiaLeishmania - parasitologyLeishmaniose visceral em Mato Grosso do Sul: avaliação da medula óssea e perfil clínico-laboratorialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisDorval, Maria Elizabeth Moraes CavalheirosCastilho, Sueleninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILLEISHMANIOSE VISCERAL EM MS AVALIAÇÃO DA MEDULA ÓSSEA E PERF.pdf.jpgLEISHMANIOSE VISCERAL EM MS AVALIAÇÃO DA MEDULA ÓSSEA E PERF.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1113https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1866/4/LEISHMANIOSE%20VISCERAL%20EM%20MS%20AVALIA%c3%87%c3%83O%20DA%20MEDULA%20%c3%93SSEA%20E%20PERF.pdf.jpg1d391cc957ffcb0c36d8649e2f63ae1cMD54TEXTLEISHMANIOSE VISCERAL EM MS AVALIAÇÃO DA MEDULA ÓSSEA E PERF.pdf.txtLEISHMANIOSE VISCERAL EM MS AVALIAÇÃO DA MEDULA ÓSSEA E PERF.pdf.txtExtracted texttext/plain282610https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1866/3/LEISHMANIOSE%20VISCERAL%20EM%20MS%20AVALIA%c3%87%c3%83O%20DA%20MEDULA%20%c3%93SSEA%20E%20PERF.pdf.txtc4c64dd793f80b9bcf60723aef406141MD53ORIGINALLEISHMANIOSE VISCERAL EM MS AVALIAÇÃO DA MEDULA ÓSSEA E PERF.pdfLEISHMANIOSE VISCERAL EM MS AVALIAÇÃO DA MEDULA ÓSSEA E PERF.pdfapplication/pdf2110429https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1866/1/LEISHMANIOSE%20VISCERAL%20EM%20MS%20AVALIA%c3%87%c3%83O%20DA%20MEDULA%20%c3%93SSEA%20E%20PERF.pdfe5b4688d334e2f2ddfcd152e696d95b1MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1866/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/18662021-09-30 15:56:07.705oai:repositorio.ufms.br:123456789/1866Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242021-09-30T19:56:07Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false
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