Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SIQUEIRA, Felipe Fernando da Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28014
Resumo: Alterações na composição de espécies ocasionadas por perturbações antrópicas são conhecidas por modificarem as interações entre espécies. As formigas cortadeiras (especialmente do gênero Atta) são um exemplo de organismos que proliferam com perturbações antrópicas. Devido às suas atividades de herbivoria e de alterações nas propriedades do solo e no regime de luz devido à construção e manutenção dos ninhos, as formigas cortadeiras provocam mudanças na composição de espécies de regenerantes e na dinâmica e estrutura da comunidade vegetal nas áreas do ninho e de forrageamento. A proliferação das formigas cortadeiras e sua influência nas comunidades de plantas são bastante conhecidas para florestas úmidas como Amazônia e floresta Atlântica, mas ainda não se tem informações sobre estas questões em áreas de Caatinga. O objetivo principal desta tese foi investigar o efeito das perturbações antrópicas crônicas sobre as populações de formigas cortadeiras do gênero Atta (Capítulo 1) e sobre as taxas de herbivoria da única espécie endêmica da Caatinga, Atta opaciceps (Capítulo 2). No primeiro capítulo encontramos que a densidade de colônias ativas aumentou (de 2,55 ± 1,65 ha⁻¹ para 15 ± 2,92 ha⁻¹) com a proximidade de estradas. O inverso foi encontrado para as colônias inativas. As colônias ativas ocorreram preferencialmente em áreas com baixa cobertura vegetal, enquanto as colônias inativas em áreas com alta cobertura vegetal. Com isso, demonstramos pela primeira vez que distúrbios antrópicos promovem a proliferação de formigas cortadeiras em florestas secas como a Caatinga. Adicionalmente, perturbações antrópicas crônicas tem um efeito positivo sobre as taxas de herbivoria de colônias de Atta opaciceps (de 5,34 % ± 5,32 para 96.09 % ± 3,87). Nós também encontramos um forte efeito da estação do ano em todas as variáveis relacionadas ao forrageamento das colônias (i.e. área de forrageamento das colônias, vegetação disponível na área de forrageamento, consumo foliar em biomassa e em área foliar), levando a maiores taxas de herbivoria na estação seca (45,18% ± 31,56) do que na chuvosa (22,24% ± 31,03), ocasionadas sobretudo pela menor disponibilidade de vegetação na estação seca. Esses resultados corroboram os padrões descritos para florestas úmidas, que indicam que áreas mais perturbadas têm vegetação mais palatável e proporcionam maior herbivoria por parte das colônias. A alta densidade de formigas cortadeiras aliada com alto consumo foliar, podem afetar a regeneração da vegetação de Caatinga via seu papel como herbívoro dominante e engenheiro de ecossistema como já relatado para florestas úmidas e savanas. Essa retirada de vegetação pode amplificar as mudanças ambientais ocasionadas por perturbações antrópicas crônicas, uma vez que valores altos de herbivoria aumentam a penetração de luz e a temperatura do ar e do solo, ao mesmo tempo em que reduzem a umidade do ar e do solo. Esses resultados suportam a ideia de que as formigas cortadeiras são um dos grupos vencedores de paisagens modificadas por atividades humanas na Caatinga.
id UFPE_2bbe125e8f916a3d515b83d170fb39ea
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/28014
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SIQUEIRA, Felipe Fernando da Silvahttp://lattes.cnpq.br/4323074623840547http://lattes.cnpq.br/9192753366182592LEAL, Inara RobertaWIRTH, Rainer Matthias2018-12-05T19:58:48Z2018-12-05T19:58:48Z2017-06-07https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28014Alterações na composição de espécies ocasionadas por perturbações antrópicas são conhecidas por modificarem as interações entre espécies. As formigas cortadeiras (especialmente do gênero Atta) são um exemplo de organismos que proliferam com perturbações antrópicas. Devido às suas atividades de herbivoria e de alterações nas propriedades do solo e no regime de luz devido à construção e manutenção dos ninhos, as formigas cortadeiras provocam mudanças na composição de espécies de regenerantes e na dinâmica e estrutura da comunidade vegetal nas áreas do ninho e de forrageamento. A proliferação das formigas cortadeiras e sua influência nas comunidades de plantas são bastante conhecidas para florestas úmidas como Amazônia e floresta Atlântica, mas ainda não se tem informações sobre estas questões em áreas de Caatinga. O objetivo principal desta tese foi investigar o efeito das perturbações antrópicas crônicas sobre as populações de formigas cortadeiras do gênero Atta (Capítulo 1) e sobre as taxas de herbivoria da única espécie endêmica da Caatinga, Atta opaciceps (Capítulo 2). No primeiro capítulo encontramos que a densidade de colônias ativas aumentou (de 2,55 ± 1,65 ha⁻¹ para 15 ± 2,92 ha⁻¹) com a proximidade de estradas. O inverso foi encontrado para as colônias inativas. As colônias ativas ocorreram preferencialmente em áreas com baixa cobertura vegetal, enquanto as colônias inativas em áreas com alta cobertura vegetal. Com isso, demonstramos pela primeira vez que distúrbios antrópicos promovem a proliferação de formigas cortadeiras em florestas secas como a Caatinga. Adicionalmente, perturbações antrópicas crônicas tem um efeito positivo sobre as taxas de herbivoria de colônias de Atta opaciceps (de 5,34 % ± 5,32 para 96.09 % ± 3,87). Nós também encontramos um forte efeito da estação do ano em todas as variáveis relacionadas ao forrageamento das colônias (i.e. área de forrageamento das colônias, vegetação disponível na área de forrageamento, consumo foliar em biomassa e em área foliar), levando a maiores taxas de herbivoria na estação seca (45,18% ± 31,56) do que na chuvosa (22,24% ± 31,03), ocasionadas sobretudo pela menor disponibilidade de vegetação na estação seca. Esses resultados corroboram os padrões descritos para florestas úmidas, que indicam que áreas mais perturbadas têm vegetação mais palatável e proporcionam maior herbivoria por parte das colônias. A alta densidade de formigas cortadeiras aliada com alto consumo foliar, podem afetar a regeneração da vegetação de Caatinga via seu papel como herbívoro dominante e engenheiro de ecossistema como já relatado para florestas úmidas e savanas. Essa retirada de vegetação pode amplificar as mudanças ambientais ocasionadas por perturbações antrópicas crônicas, uma vez que valores altos de herbivoria aumentam a penetração de luz e a temperatura do ar e do solo, ao mesmo tempo em que reduzem a umidade do ar e do solo. Esses resultados suportam a ideia de que as formigas cortadeiras são um dos grupos vencedores de paisagens modificadas por atividades humanas na Caatinga.FACEPEChanges in species composition caused by anthropogenic disturbances are known to modify interactions between species. Leaf-cutting ants (especially of the genus Atta) are an example of organisms that proliferate with anthropogenic disturbances. Because their activities of herbivory and physical alterations of soil and light regime due to the construction and maintenance of the nests, leaf-cutting ants promote changes in plant recruitment and in the dynamics and structure of the plant assemblages in the nest area and foraging sites. The proliferation of leaf-cutting ants and its influence on plant communities are well known in rainforests as Amazon and Atlantic forest, but these questions have been completely neglected for Caatinga dry forest, although the strong role of leaf-cutting as key-species. The main objective of this thesis was to investigate the effect of chronic anthropogenic disturbances on populations of leaf-cutting ants (Chapter 1) and on the herbivory rate of the endemic species Atta opaciceps (Chapter 2). In the first chapter we find that the density of active colonies increases (from 2.55 ± 1.65 ha⁻¹ to 15 ± 2.92 ha⁻¹) with the proximity of the road. The inverse pattern was found for inactive colonies. Active colonies occurred preferentially in areas with low vegetation cover, while inactive colonies were more frequent in areas with high vegetation cover. With this, we demonstrate for the first time that the anthropogenic disturbances promote the proliferation of leaf-cutting ants in dry forests as the Caatinga. Additionally, chronic anthropogenic disturbances positively influenced the herbivory rate of Atta opaciceps colonies (from 5.34 % ± 5.32 to 96.09 % ± 3.87). We also found a strong effect of the season on all variables related to foraging (i.e. foraging area of the colonies, vegetation available in the foraging area, foliar consumption in biomass and leaf area), leading to higher herbivory rate in the dry season (45.18% ± 31.56) as compared to the wet season (22.24% ± 31.03), mainly due to the lower availability of vegetation in the dry season. These results corroborate the patterns described for rainforests, which indicate that more disturbed areas have more palatable vegetation and proportionate higher herbivory rate by the colonies. The high density of leaf-cutting ants allied with high leaf consumption can affect the regeneration of the Caatinga vegetation through its role as dominant herbivore and ecosystem engineer as already reported for rainforests and savannas. This removal of vegetation can amplify the environmental shifts caused by chronic anthropogenic disturbances, since high values of herbivory increase light penetration and air and soil temperature, while reducing the humidity of the air and soil. These results support the idea that leaf-cutting ants are one of the winning groups of human modified landscapes in the Caatinga.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFlorestasFormiga- cortadeiraCaatingaInfluência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatingainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdf.jpgTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1158https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/5/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf.jpg3746f383e89a4ce392b62f790726357eMD55ORIGINALTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdfTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdfapplication/pdf1078712https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/1/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf25fc88d97c2cc8e1388d393d38896b27MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdf.txtTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdf.txtExtracted texttext/plain207080https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/4/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf.txt523fd7abe944aefd8e18689239656c19MD54123456789/280142019-10-26 00:23:44.658oai:repositorio.ufpe.br:123456789/28014TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T03:23:44Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga
title Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga
spellingShingle Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga
SIQUEIRA, Felipe Fernando da Silva
Florestas
Formiga- cortadeira
Caatinga
title_short Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga
title_full Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga
title_fullStr Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga
title_full_unstemmed Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga
title_sort Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga
author SIQUEIRA, Felipe Fernando da Silva
author_facet SIQUEIRA, Felipe Fernando da Silva
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4323074623840547
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9192753366182592
dc.contributor.author.fl_str_mv SIQUEIRA, Felipe Fernando da Silva
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv LEAL, Inara Roberta
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv WIRTH, Rainer Matthias
contributor_str_mv LEAL, Inara Roberta
WIRTH, Rainer Matthias
dc.subject.por.fl_str_mv Florestas
Formiga- cortadeira
Caatinga
topic Florestas
Formiga- cortadeira
Caatinga
description Alterações na composição de espécies ocasionadas por perturbações antrópicas são conhecidas por modificarem as interações entre espécies. As formigas cortadeiras (especialmente do gênero Atta) são um exemplo de organismos que proliferam com perturbações antrópicas. Devido às suas atividades de herbivoria e de alterações nas propriedades do solo e no regime de luz devido à construção e manutenção dos ninhos, as formigas cortadeiras provocam mudanças na composição de espécies de regenerantes e na dinâmica e estrutura da comunidade vegetal nas áreas do ninho e de forrageamento. A proliferação das formigas cortadeiras e sua influência nas comunidades de plantas são bastante conhecidas para florestas úmidas como Amazônia e floresta Atlântica, mas ainda não se tem informações sobre estas questões em áreas de Caatinga. O objetivo principal desta tese foi investigar o efeito das perturbações antrópicas crônicas sobre as populações de formigas cortadeiras do gênero Atta (Capítulo 1) e sobre as taxas de herbivoria da única espécie endêmica da Caatinga, Atta opaciceps (Capítulo 2). No primeiro capítulo encontramos que a densidade de colônias ativas aumentou (de 2,55 ± 1,65 ha⁻¹ para 15 ± 2,92 ha⁻¹) com a proximidade de estradas. O inverso foi encontrado para as colônias inativas. As colônias ativas ocorreram preferencialmente em áreas com baixa cobertura vegetal, enquanto as colônias inativas em áreas com alta cobertura vegetal. Com isso, demonstramos pela primeira vez que distúrbios antrópicos promovem a proliferação de formigas cortadeiras em florestas secas como a Caatinga. Adicionalmente, perturbações antrópicas crônicas tem um efeito positivo sobre as taxas de herbivoria de colônias de Atta opaciceps (de 5,34 % ± 5,32 para 96.09 % ± 3,87). Nós também encontramos um forte efeito da estação do ano em todas as variáveis relacionadas ao forrageamento das colônias (i.e. área de forrageamento das colônias, vegetação disponível na área de forrageamento, consumo foliar em biomassa e em área foliar), levando a maiores taxas de herbivoria na estação seca (45,18% ± 31,56) do que na chuvosa (22,24% ± 31,03), ocasionadas sobretudo pela menor disponibilidade de vegetação na estação seca. Esses resultados corroboram os padrões descritos para florestas úmidas, que indicam que áreas mais perturbadas têm vegetação mais palatável e proporcionam maior herbivoria por parte das colônias. A alta densidade de formigas cortadeiras aliada com alto consumo foliar, podem afetar a regeneração da vegetação de Caatinga via seu papel como herbívoro dominante e engenheiro de ecossistema como já relatado para florestas úmidas e savanas. Essa retirada de vegetação pode amplificar as mudanças ambientais ocasionadas por perturbações antrópicas crônicas, uma vez que valores altos de herbivoria aumentam a penetração de luz e a temperatura do ar e do solo, ao mesmo tempo em que reduzem a umidade do ar e do solo. Esses resultados suportam a ideia de que as formigas cortadeiras são um dos grupos vencedores de paisagens modificadas por atividades humanas na Caatinga.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-06-07
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-12-05T19:58:48Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-12-05T19:58:48Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28014
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28014
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/5/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/1/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/4/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 3746f383e89a4ce392b62f790726357e
25fc88d97c2cc8e1388d393d38896b27
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
523fd7abe944aefd8e18689239656c19
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1793515824675291136