Resiliência integral e juventudes periféricas: análise de uma experiência formativa no campo educacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Maria Lúcia Ferreira da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34030
Resumo: O campo educacional brasileiro enfrenta inúmeros desafios, principalmente no que se refere à formação das juventudes, mais especificamente das juventudes periféricas, que têm sido postas constantemente como sinônimo de violência, periculosidade e criminalidade. A resiliência integral desponta como um dispositivo de resistência, potencializando a decolonização e valorizando o devir-juventudes-periféricas. Este trabalho localiza-se no campo multiparadigmático da abordagem qualitativa exploratória e fez uso da pesquisa documental e bibliográfica para investigar as concepções teóricas que ajudaram a compor a visão de resiliência mobilizada no Curso de Formação de Educadores Holísticos do Neimfa, no intuito de re/construir uma perspectiva de resiliência integral. E da pesquisa participante para compreender os processos de cultivo de resiliência em jovens moradores da periferia do Coque, Recife/PE, que participaram deste curso. Apresentamos a perspectiva de resiliência de Boris Cyrulnik e Edith Grotberg, por terem sido os mais citados nos documentos mapeados. Montamos um mapa da resiliência integral/transpessoal a partir dos quatro quadrantes de Wilber e indicamos que a maioria dos autores utilizados no Curso de Formação de Educadores Holísticos tem uma perspectiva teórica que se alinha com as visões ecológicas e sócio ecológicas de resiliência. A partir da análise temática das entrevistas com 10 jovens periféricos, construímos seis grandes blocos de categorias que ressaltam os processos de promoção de resiliência: Percepções de si e do outro: ontem e hoje, Momentos significativos vivenciados no Curso, Entre os desafios e as dificuldades encontrados no percurso do curso, Superação das dificuldades e os empecilhos à superação, Conselhos e sugestões para as/os jovens, Conselhos e sugestões aos professores. Estas categorias indicam que os processos formativos das juventudes periféricas resgatam uma ótica de promoção numa perspectiva integral, participativa, multidimensional, processual, histórica, imersa em uma rede relacional complexa de mecanismos subjetivos, objetivos, sociais e culturais, que nos habilita a inúmeras possibilidades de modificações constantes nos níveis intrapessoal (corporificada), interpessoal (relacional) e transpessoal (enactiva). A resiliência integral passa a ser tida com um potencial a ser promovido ou cultivado, pois oferece uma lente para a observação da experiência em seus aspectos internos e externos, que coemergem na percepção do que se vivencia. As juventudes periféricas são percebidas como um dispositivo de subjetivação de novas formas de vida, vidas resistentes, integrais e multidimensionais. Vidas capazes de existir para além de uma norma que precisa inferiorizar e desqualificar para subsistir. Vidas que habitam espaços coletivos nos quais a solidariedade, o amor e o respeito concebem existências dignas e resilientes.
id UFPE_f7210a35c1be9b2c0f7fb415873bdc6c
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/34030
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SILVA, Maria Lúcia Ferreira dahttp://lattes.cnpq.br/3824664261152453http://lattes.cnpq.br/5402096659543875FERREIRA, Aurino Lima2019-10-01T18:27:23Z2019-10-01T18:27:23Z2019-02-26https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34030O campo educacional brasileiro enfrenta inúmeros desafios, principalmente no que se refere à formação das juventudes, mais especificamente das juventudes periféricas, que têm sido postas constantemente como sinônimo de violência, periculosidade e criminalidade. A resiliência integral desponta como um dispositivo de resistência, potencializando a decolonização e valorizando o devir-juventudes-periféricas. Este trabalho localiza-se no campo multiparadigmático da abordagem qualitativa exploratória e fez uso da pesquisa documental e bibliográfica para investigar as concepções teóricas que ajudaram a compor a visão de resiliência mobilizada no Curso de Formação de Educadores Holísticos do Neimfa, no intuito de re/construir uma perspectiva de resiliência integral. E da pesquisa participante para compreender os processos de cultivo de resiliência em jovens moradores da periferia do Coque, Recife/PE, que participaram deste curso. Apresentamos a perspectiva de resiliência de Boris Cyrulnik e Edith Grotberg, por terem sido os mais citados nos documentos mapeados. Montamos um mapa da resiliência integral/transpessoal a partir dos quatro quadrantes de Wilber e indicamos que a maioria dos autores utilizados no Curso de Formação de Educadores Holísticos tem uma perspectiva teórica que se alinha com as visões ecológicas e sócio ecológicas de resiliência. A partir da análise temática das entrevistas com 10 jovens periféricos, construímos seis grandes blocos de categorias que ressaltam os processos de promoção de resiliência: Percepções de si e do outro: ontem e hoje, Momentos significativos vivenciados no Curso, Entre os desafios e as dificuldades encontrados no percurso do curso, Superação das dificuldades e os empecilhos à superação, Conselhos e sugestões para as/os jovens, Conselhos e sugestões aos professores. Estas categorias indicam que os processos formativos das juventudes periféricas resgatam uma ótica de promoção numa perspectiva integral, participativa, multidimensional, processual, histórica, imersa em uma rede relacional complexa de mecanismos subjetivos, objetivos, sociais e culturais, que nos habilita a inúmeras possibilidades de modificações constantes nos níveis intrapessoal (corporificada), interpessoal (relacional) e transpessoal (enactiva). A resiliência integral passa a ser tida com um potencial a ser promovido ou cultivado, pois oferece uma lente para a observação da experiência em seus aspectos internos e externos, que coemergem na percepção do que se vivencia. As juventudes periféricas são percebidas como um dispositivo de subjetivação de novas formas de vida, vidas resistentes, integrais e multidimensionais. Vidas capazes de existir para além de uma norma que precisa inferiorizar e desqualificar para subsistir. Vidas que habitam espaços coletivos nos quais a solidariedade, o amor e o respeito concebem existências dignas e resilientes.CAPESThe Brazilian educational field faces many challenges, especially regarding the formation of youths, but especially of the peripheral youths, which have been constantly posed as a synonym of violence, dangerousness and crime. The integral resilience emerges as a device of resistance, enhancing decolonization and enhancing the becoming-youth-peripheral. This work is located in the multiparadigmatic field of the qualitative exploratory approach and made use of the documental and bibliographic research to investigate the theoretical conceptions that helped to compose the vision of mobilized resilience in the training course of Holistic Educators of NEIMFA, in order to re / construct a perspective of integral resilience. And of the participant research to understand the processes of cultivation of resilience in young people living in the periphery of Coque, Recife / PE, who participated in this course. We present the perspective of the resilience of Boris Cyrulnik and Edith Grotberg, because they were the most cited in the mapped documents. We mapped the integral / transpersonal resilience from the four Wilber quadrants and indicated that most authors used in the Holistic Educators course have a theoretical perspective that aligns with the ecological and socio-ecological views of resilience. From the thematic analysis of the interviews with 10 peripheral youngsters, we constructed six large blocks of categories that highlight the processes of promoting resilience: Perceptions of self and others: yesterday and today, Significant moments experienced in the Course, Among the challenges and difficulties encountered in the route of the course, Overcoming difficulties and obstacles to overcoming, Advice and suggestions for young people, Advice and suggestions to teachers. These categories indicate that the formative processes of the peripheral youths rescue a promotion perspective from an integral, participatory, multidimensional, procedural, historical perspective, immersed in a complex relational network of subjective, objective, social and cultural mechanisms, which enables us to countless possibilities of constant changes in the intrapersonal (embodied), interpersonal (relational) and transpersonal (enactive) levels. The integral resilience comes to be had with a potential to be promoted or cultivated, because it offers a lens for the observation of the experience in its internal and external aspects, that coemerge in the perception of what is lived. The peripheral youths are perceived as a device of subjectivation of new forms of life, resistant lives, integral and multidimensional. Lives capable of existing beyond a norm that needs to be inferiorized and disqualified to subsist. Lives that inhabit collective spaces in which solidarity, love and respect conceive worthy and resilient existences.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em EducacaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEducação - Aspectos sociaisJuventudeResiliência integralUFPE - Pós-graduaçãoResiliência integral e juventudes periféricas: análise de uma experiência formativa no campo educacionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Maria Lúcia Ferreira da Silva.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Maria Lúcia Ferreira da Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1307https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34030/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20L%c3%bacia%20Ferreira%20da%20Silva.pdf.jpg3e4e80ffb78fadae999c2c7710ab6d9aMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Maria Lúcia Ferreira da Silva.pdfDISSERTAÇÃO Maria Lúcia Ferreira da Silva.pdfapplication/pdf1798951https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34030/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20L%c3%bacia%20Ferreira%20da%20Silva.pdfd506116011376e04ba04bd7b5efb5189MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34030/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34030/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53TEXTDISSERTAÇÃO Maria Lúcia Ferreira da Silva.pdf.txtDISSERTAÇÃO Maria Lúcia Ferreira da Silva.pdf.txtExtracted texttext/plain417375https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34030/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20L%c3%bacia%20Ferreira%20da%20Silva.pdf.txt92989765d69033d172ff6460a046c7acMD54123456789/340302019-10-26 04:29:14.928oai:repositorio.ufpe.br:123456789/34030TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T07:29:14Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Resiliência integral e juventudes periféricas: análise de uma experiência formativa no campo educacional
title Resiliência integral e juventudes periféricas: análise de uma experiência formativa no campo educacional
spellingShingle Resiliência integral e juventudes periféricas: análise de uma experiência formativa no campo educacional
SILVA, Maria Lúcia Ferreira da
Educação - Aspectos sociais
Juventude
Resiliência integral
UFPE - Pós-graduação
title_short Resiliência integral e juventudes periféricas: análise de uma experiência formativa no campo educacional
title_full Resiliência integral e juventudes periféricas: análise de uma experiência formativa no campo educacional
title_fullStr Resiliência integral e juventudes periféricas: análise de uma experiência formativa no campo educacional
title_full_unstemmed Resiliência integral e juventudes periféricas: análise de uma experiência formativa no campo educacional
title_sort Resiliência integral e juventudes periféricas: análise de uma experiência formativa no campo educacional
author SILVA, Maria Lúcia Ferreira da
author_facet SILVA, Maria Lúcia Ferreira da
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3824664261152453
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5402096659543875
dc.contributor.author.fl_str_mv SILVA, Maria Lúcia Ferreira da
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv FERREIRA, Aurino Lima
contributor_str_mv FERREIRA, Aurino Lima
dc.subject.por.fl_str_mv Educação - Aspectos sociais
Juventude
Resiliência integral
UFPE - Pós-graduação
topic Educação - Aspectos sociais
Juventude
Resiliência integral
UFPE - Pós-graduação
description O campo educacional brasileiro enfrenta inúmeros desafios, principalmente no que se refere à formação das juventudes, mais especificamente das juventudes periféricas, que têm sido postas constantemente como sinônimo de violência, periculosidade e criminalidade. A resiliência integral desponta como um dispositivo de resistência, potencializando a decolonização e valorizando o devir-juventudes-periféricas. Este trabalho localiza-se no campo multiparadigmático da abordagem qualitativa exploratória e fez uso da pesquisa documental e bibliográfica para investigar as concepções teóricas que ajudaram a compor a visão de resiliência mobilizada no Curso de Formação de Educadores Holísticos do Neimfa, no intuito de re/construir uma perspectiva de resiliência integral. E da pesquisa participante para compreender os processos de cultivo de resiliência em jovens moradores da periferia do Coque, Recife/PE, que participaram deste curso. Apresentamos a perspectiva de resiliência de Boris Cyrulnik e Edith Grotberg, por terem sido os mais citados nos documentos mapeados. Montamos um mapa da resiliência integral/transpessoal a partir dos quatro quadrantes de Wilber e indicamos que a maioria dos autores utilizados no Curso de Formação de Educadores Holísticos tem uma perspectiva teórica que se alinha com as visões ecológicas e sócio ecológicas de resiliência. A partir da análise temática das entrevistas com 10 jovens periféricos, construímos seis grandes blocos de categorias que ressaltam os processos de promoção de resiliência: Percepções de si e do outro: ontem e hoje, Momentos significativos vivenciados no Curso, Entre os desafios e as dificuldades encontrados no percurso do curso, Superação das dificuldades e os empecilhos à superação, Conselhos e sugestões para as/os jovens, Conselhos e sugestões aos professores. Estas categorias indicam que os processos formativos das juventudes periféricas resgatam uma ótica de promoção numa perspectiva integral, participativa, multidimensional, processual, histórica, imersa em uma rede relacional complexa de mecanismos subjetivos, objetivos, sociais e culturais, que nos habilita a inúmeras possibilidades de modificações constantes nos níveis intrapessoal (corporificada), interpessoal (relacional) e transpessoal (enactiva). A resiliência integral passa a ser tida com um potencial a ser promovido ou cultivado, pois oferece uma lente para a observação da experiência em seus aspectos internos e externos, que coemergem na percepção do que se vivencia. As juventudes periféricas são percebidas como um dispositivo de subjetivação de novas formas de vida, vidas resistentes, integrais e multidimensionais. Vidas capazes de existir para além de uma norma que precisa inferiorizar e desqualificar para subsistir. Vidas que habitam espaços coletivos nos quais a solidariedade, o amor e o respeito concebem existências dignas e resilientes.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-10-01T18:27:23Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-10-01T18:27:23Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-02-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34030
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34030
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Educacao
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34030/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20L%c3%bacia%20Ferreira%20da%20Silva.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34030/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20L%c3%bacia%20Ferreira%20da%20Silva.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34030/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34030/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34030/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20L%c3%bacia%20Ferreira%20da%20Silva.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 3e4e80ffb78fadae999c2c7710ab6d9a
d506116011376e04ba04bd7b5efb5189
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
bd573a5ca8288eb7272482765f819534
92989765d69033d172ff6460a046c7ac
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1793515844612915200