Caracterização da agregação de asfaltenos por meio de fluorescência molecular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Albuquerque, Flávio Cortiñas
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/12525
Resumo: Soluções de asfaltenos do petróleo Marlim foram preparadas nas concentrações de 0,016 a 10,0 g.L-1 em tolueno e em mistura de tolueno e ciclohexano. Espectros de emissão de fluorescência em face frontal destas soluções foram obtidos, com comprimentos de onda de excitação entre 300 e 500 nm. A dependência entre intensidade total e concentração mássica de asfaltenos não obedece à lei clássica que define essa relação. Juntamente com dados de absorção de ultravioleta em comprimentos de onda iguais aos de excitação, foram calculados rendimentos quânticos de fluorescência para cada concentração mássica de asfaltenos. Observou-se supressão de fluorescência, mas esta também não segue os mecanismos clássicos de supressão estática ou dinâmica. Os gráficos de Stern-Volmer, onde o inverso do rendimento quântico é plotado contra a concentração, foram lineares até somente 0,40 g.L-1 de asfaltenos em tolueno. As constantes de velocidade do processo de supressão, calculadas a partir da inclinação destas retas e de estimativas conservadoras para a massa molecular média e para o tempo de vida do estado excitado dos asfaltenos, foram elevadas demais para ter sentido físico. Isto demonstra, por exclusão, que a supressão é resultado de um fenômeno que ocorre majoritariamente no estado fundamental dos asfaltenos. A supressão de fluorescência observada quando se aumenta a proporção de ciclohexano no solvente, a uma concentração mássica constante de asfaltenos, corrobora esta conclusão. Entretanto, como o mecanismo de supressão estática não é capaz de explicar convenientemente os dados experimentais, adotou-se por hipótese que a auto-associação dos asfaltenos interfere sobre a intensidade de fluorescência. A teoria de colóides foi utilizada na previsão da concentração de espécies associadas e não-associadas, dando origem a quatro modelos considerando dois aspectos: o grau de associação (2 ou infinito) e o rendimento quântico de fluorescência das espécies associadas (nulo ou não-nulo). Demonstrou-se que o modelo que prevê grau de associação dos asfaltenos infinito e agregados de asfaltenos fluorescentes é estatisticamente superior aos demais no ajuste da intensidade total de fluorescência. Este modelo traz como conseqüências a agregação desde as menores concentrações de asfaltenos, a ausência de uma concentração crítica de micelização e a agregação contínua até o aparecimento de uma nova fase macroscópica. Na concentração de 10,0 g.L-1 de asfaltenos em tolueno este modelo prevê a existência de 3 a 6 moléculas de asfaltenos, em média, por agregado.
id UFRJ_9d3bcb81cebb152bec8274d8c40f3bd8
oai_identifier_str oai:pantheon.ufrj.br:11422/12525
network_acronym_str UFRJ
network_name_str Repositório Institucional da UFRJ
repository_id_str
spelling Albuquerque, Flávio Cortiñashttp://lattes.cnpq.br/0214208108846495Nicodem, David ErnestMenezes, Sônia Maria Cabral deCoelho, Roberto RodriguesSilva, Silvia Maria Cruzeiro daMoreno, Esteban LopesChrisman, Erika Christina A. N.Rajagopal, Krishnaswamy2020-06-12T21:12:55Z2023-11-30T03:04:01Z2006http://hdl.handle.net/11422/12525Soluções de asfaltenos do petróleo Marlim foram preparadas nas concentrações de 0,016 a 10,0 g.L-1 em tolueno e em mistura de tolueno e ciclohexano. Espectros de emissão de fluorescência em face frontal destas soluções foram obtidos, com comprimentos de onda de excitação entre 300 e 500 nm. A dependência entre intensidade total e concentração mássica de asfaltenos não obedece à lei clássica que define essa relação. Juntamente com dados de absorção de ultravioleta em comprimentos de onda iguais aos de excitação, foram calculados rendimentos quânticos de fluorescência para cada concentração mássica de asfaltenos. Observou-se supressão de fluorescência, mas esta também não segue os mecanismos clássicos de supressão estática ou dinâmica. Os gráficos de Stern-Volmer, onde o inverso do rendimento quântico é plotado contra a concentração, foram lineares até somente 0,40 g.L-1 de asfaltenos em tolueno. As constantes de velocidade do processo de supressão, calculadas a partir da inclinação destas retas e de estimativas conservadoras para a massa molecular média e para o tempo de vida do estado excitado dos asfaltenos, foram elevadas demais para ter sentido físico. Isto demonstra, por exclusão, que a supressão é resultado de um fenômeno que ocorre majoritariamente no estado fundamental dos asfaltenos. A supressão de fluorescência observada quando se aumenta a proporção de ciclohexano no solvente, a uma concentração mássica constante de asfaltenos, corrobora esta conclusão. Entretanto, como o mecanismo de supressão estática não é capaz de explicar convenientemente os dados experimentais, adotou-se por hipótese que a auto-associação dos asfaltenos interfere sobre a intensidade de fluorescência. A teoria de colóides foi utilizada na previsão da concentração de espécies associadas e não-associadas, dando origem a quatro modelos considerando dois aspectos: o grau de associação (2 ou infinito) e o rendimento quântico de fluorescência das espécies associadas (nulo ou não-nulo). Demonstrou-se que o modelo que prevê grau de associação dos asfaltenos infinito e agregados de asfaltenos fluorescentes é estatisticamente superior aos demais no ajuste da intensidade total de fluorescência. Este modelo traz como conseqüências a agregação desde as menores concentrações de asfaltenos, a ausência de uma concentração crítica de micelização e a agregação contínua até o aparecimento de uma nova fase macroscópica. Na concentração de 10,0 g.L-1 de asfaltenos em tolueno este modelo prevê a existência de 3 a 6 moléculas de asfaltenos, em média, por agregado.The tendency of asphaltenes to aggregate and form clusters in solvents was investigated by fluorescence spectroscopy. This was done by evaluating the relative fluorescence quantum yield of asphaltenes diluted at several concentrations in toluene, and by studying the changes in the fluorescence spectra of asphaltene solutions as the composition of the solvent, toluene and cyclohexane, is changed. The asphaltene fraction (heptane insoluble) was collected from Marlim crude oil and solutions of this material varying from 0.016 g.L-1 up to 10.0 g.L-1 were prepared in toluene. Excitation wavelengths ranged from 300 nm to 500 nm, probing the excitation of molecules with aromatic chromophores of different sizes. The spectra were structureless and only a small bathochromic shift of the emission maximum with the concentration of asphaltenes was observed. Regardless the excitation wavelength, the total fluorescence intensity was maximum for concentrations of asphaltenes around 0.4 – 0.8 g L-1. This was attributed to fluorescence self-suppression of the asphaltenes. Stern-Volmer plots showed an unusual downward curvature, which was understood as a consequence of the formation of asphaltene aggregates. Solutions of same asphaltenes at concentration of 0.10 g.L-1 were prepared in toluene and cyclohexane in different proportions. It was observed a reduction in the fluorescence intensity as the cyclohexane content in the solutions grew. Two excitation wavelengths were chosen in this case: 290 and 390 nm. Since cyclohexane is more viscous than toluene at room temperature, the reverse tendency should occur if dynamic suppression were the main suppressing mechanism. Probably, the fluorescence suppression follows a static mechanism, which constitutes another evidence for the asphaltene aggregation process. The change in the emission intensity with concentration of the asphaltenes was modeled taking the aggregation process into account. Self-association equilibrium constants were estimated and aggregation parameters such as mass concentration of non-associated asphaltenes and number average degree of association were calculated. It was found that, at a concentration similar to which asphaltenes are found in petroleum, there are 3 to 6 asphaltene molecules per aggregate.Submitted by Adriana Emerich (adriana@eq.ufrj.br) on 2020-06-12T21:12:55Z No. of bitstreams: 1 FCAlbuquerque.pdf: 1235561 bytes, checksum: a2be015ab1fb862bedb6b1a9aea17868 (MD5)Made available in DSpace on 2020-06-12T21:12:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 FCAlbuquerque.pdf: 1235561 bytes, checksum: a2be015ab1fb862bedb6b1a9aea17868 (MD5) Previous issue date: 2006porengUniversidade Federal do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e BioquímicosUFRJBrasilEscola de QuímicaCNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA::TECNOLOGIA QUIMICA::PETROLEO E PETROQUIMICAAsfaltenosFluorescênciaCaracterização da agregação de asfaltenos por meio de fluorescência molecularinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINALFCAlbuquerque.pdfFCAlbuquerque.pdfapplication/pdf1235561http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/12525/1/FCAlbuquerque.pdfa2be015ab1fb862bedb6b1a9aea17868MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/12525/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5211422/125252023-11-30 00:04:01.926oai:pantheon.ufrj.br:11422/12525TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:04:01Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização da agregação de asfaltenos por meio de fluorescência molecular
title Caracterização da agregação de asfaltenos por meio de fluorescência molecular
spellingShingle Caracterização da agregação de asfaltenos por meio de fluorescência molecular
Albuquerque, Flávio Cortiñas
CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA::TECNOLOGIA QUIMICA::PETROLEO E PETROQUIMICA
Asfaltenos
Fluorescência
title_short Caracterização da agregação de asfaltenos por meio de fluorescência molecular
title_full Caracterização da agregação de asfaltenos por meio de fluorescência molecular
title_fullStr Caracterização da agregação de asfaltenos por meio de fluorescência molecular
title_full_unstemmed Caracterização da agregação de asfaltenos por meio de fluorescência molecular
title_sort Caracterização da agregação de asfaltenos por meio de fluorescência molecular
author Albuquerque, Flávio Cortiñas
author_facet Albuquerque, Flávio Cortiñas
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0214208108846495
dc.contributor.advisorCo1.none.fl_str_mv Nicodem, David Ernest
dc.contributor.author.fl_str_mv Albuquerque, Flávio Cortiñas
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Menezes, Sônia Maria Cabral de
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Coelho, Roberto Rodrigues
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Silva, Silvia Maria Cruzeiro da
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Moreno, Esteban Lopes
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Chrisman, Erika Christina A. N.
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Rajagopal, Krishnaswamy
contributor_str_mv Menezes, Sônia Maria Cabral de
Coelho, Roberto Rodrigues
Silva, Silvia Maria Cruzeiro da
Moreno, Esteban Lopes
Chrisman, Erika Christina A. N.
Rajagopal, Krishnaswamy
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA::TECNOLOGIA QUIMICA::PETROLEO E PETROQUIMICA
topic CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA::TECNOLOGIA QUIMICA::PETROLEO E PETROQUIMICA
Asfaltenos
Fluorescência
dc.subject.por.fl_str_mv Asfaltenos
Fluorescência
description Soluções de asfaltenos do petróleo Marlim foram preparadas nas concentrações de 0,016 a 10,0 g.L-1 em tolueno e em mistura de tolueno e ciclohexano. Espectros de emissão de fluorescência em face frontal destas soluções foram obtidos, com comprimentos de onda de excitação entre 300 e 500 nm. A dependência entre intensidade total e concentração mássica de asfaltenos não obedece à lei clássica que define essa relação. Juntamente com dados de absorção de ultravioleta em comprimentos de onda iguais aos de excitação, foram calculados rendimentos quânticos de fluorescência para cada concentração mássica de asfaltenos. Observou-se supressão de fluorescência, mas esta também não segue os mecanismos clássicos de supressão estática ou dinâmica. Os gráficos de Stern-Volmer, onde o inverso do rendimento quântico é plotado contra a concentração, foram lineares até somente 0,40 g.L-1 de asfaltenos em tolueno. As constantes de velocidade do processo de supressão, calculadas a partir da inclinação destas retas e de estimativas conservadoras para a massa molecular média e para o tempo de vida do estado excitado dos asfaltenos, foram elevadas demais para ter sentido físico. Isto demonstra, por exclusão, que a supressão é resultado de um fenômeno que ocorre majoritariamente no estado fundamental dos asfaltenos. A supressão de fluorescência observada quando se aumenta a proporção de ciclohexano no solvente, a uma concentração mássica constante de asfaltenos, corrobora esta conclusão. Entretanto, como o mecanismo de supressão estática não é capaz de explicar convenientemente os dados experimentais, adotou-se por hipótese que a auto-associação dos asfaltenos interfere sobre a intensidade de fluorescência. A teoria de colóides foi utilizada na previsão da concentração de espécies associadas e não-associadas, dando origem a quatro modelos considerando dois aspectos: o grau de associação (2 ou infinito) e o rendimento quântico de fluorescência das espécies associadas (nulo ou não-nulo). Demonstrou-se que o modelo que prevê grau de associação dos asfaltenos infinito e agregados de asfaltenos fluorescentes é estatisticamente superior aos demais no ajuste da intensidade total de fluorescência. Este modelo traz como conseqüências a agregação desde as menores concentrações de asfaltenos, a ausência de uma concentração crítica de micelização e a agregação contínua até o aparecimento de uma nova fase macroscópica. Na concentração de 10,0 g.L-1 de asfaltenos em tolueno este modelo prevê a existência de 3 a 6 moléculas de asfaltenos, em média, por agregado.
publishDate 2006
dc.date.issued.fl_str_mv 2006
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-06-12T21:12:55Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-11-30T03:04:01Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11422/12525
url http://hdl.handle.net/11422/12525
dc.language.iso.fl_str_mv por
eng
language por
eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Escola de Química
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRJ
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Repositório Institucional da UFRJ
collection Repositório Institucional da UFRJ
bitstream.url.fl_str_mv http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/12525/1/FCAlbuquerque.pdf
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/12525/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a2be015ab1fb862bedb6b1a9aea17868
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1784097183887261696