Análise do impacto da presença de filhos em diferentes faixas etárias sobre o sono, fadiga e qualidade de vida de homens trabalhadores do turno noturno

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes-Junior, Silvio de Araújo [UNIFESP]
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23288
Resumo: Introdução: A inversão do ciclo natural entre a vigília e o sono poderá acarretar prejuízos para a saúde dos trabalhadores. Contudo, existem poucos estudos que avaliaram o sono, fadiga e qualidade de vida de trabalhadores do turno noturno considerando a influencia dos filhos nestas variáveis. Objetivo: Avaliar o tempo de sono, fadiga e a qualidade de vida de trabalhadores do turno noturno e verificar a relação destas variáveis com a presença ou não de filhos em diferentes faixas etárias. Métodos: Foram avaliados 78 homens distribuídos em três grupos: G1-sf (homens sem filhos), G2-pré (homens com filhos pequenos, em idade pré-escolar) e G3-esc (homens com filhos em idade escolar). A sonolência, cronotipo e qualidade de vida foram caracterizadas por meio de questionários subjetivos. O tempo médio de sono (TMS), eficiência (ES), latência (LS) e o tempo máximo em vigília (TMV) foram registrados por actimetria. Já o risco de estar fadigado durante o trabalho foi calculado por meio de um índice específico que pondera o tempo acordado e o tempo de sono tanto nas ultimas 24 quanto nas ultimas 48 horas até o momento da aplicação do questionário em questão (IRF). Resultados: Em todos os grupos o TMS nos dias de trabalho foi menor do que nos dias de folga (210,16 ± 70,19 min vs 377,31 ± 54,6 min - p<0,001). O G1-sf apresentou um TMS maior nos dias de trabalho em geral, assim como nos primeiros dias de plantão noturno (p<0,005). A faixa etária dos filhos não influenciou no TMS desta amostra. O TMV nos dias de folga foi menor nos avaliados do G2-pré. O G1-sf apresentou menor IRF nos primeiros dias de plantão noturno que os demais grupos. Conclusões: Na amostra do presente estudo, os trabalhadores sem filhos apresentaram maior tempo médio de sono durante os dias de trabalho e menor risco de estarem fadigados que os demais trabalhadores com filhos.