Intoxicação por carambola em paciente com insuficiência renal crônica: relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira,Fábio Gonzaga
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Iervolino,Rodrigo Lerário, Dall'Orto,Silvia Zanon, Beneventi,Antonio Claudomiro Aparecido, Oliveira Filho,José Licinio de, Góis,Aécio Flávio Teixeira de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2010000400013
Resumo: A insuficiência renal crônica é doença de elevada morbidade e mortalidade e sua incidência e prevalência em estágio terminal têm aumentado progressivamente a cada ano. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, as principais causas de insuficiência renal crônica são hipertensão arterial, glomerulonefrite e diabetes mellitus. Diversos fatores elevam o risco de mortalidade em pacientes com nefropatia crônica, principalmente idade, presença de diabetes e número de comorbidades associadas. Para pacientes com menos de 50 anos de idade a taxa de sobrevida em 5 anos é de 62% e para aqueles acima desta idade e com diagnóstico de diabetes mellitus a sobrevida é de apenas 23%. A carambola, fruta originária da Ásia e muito difundida na maioria dos países tropicais, tem sido reportada como contendo uma neurotoxina capaz de provocar graves alterações neurológicas em pacientes com histórico de nefropatia crônica. Dentre estas alterações podemos observar desde quadros leves, como soluços e confusão mental, até quadros mais sérios, como convulsões e morte. Essa neurotoxina parece apresentar especificamente inibição sobre o sistema de condução GABAérgico. Descrevemos o caso de um paciente nefropata crônico que, após ingestão de carambola, inicia quadro de mal-estar, náuseas e vômitos, seguidos de episódios convulsivos reentrantes e vai a óbito mesmo com o tratamento hemodialítico convencional.