INCIDÊNCIA DA SARNA OTODÉCICA EM GATOS ASSINTOMÁTICOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BUCHAIM, Veruska Martins da Rosa
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: ANDRADE, Virginia Aparecida De Lai, LEONARDO, Jussara Maria Leite Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/6262
Resumo: A sarna de ouvido é uma doença causada pela infestação de Otodectes cynotis, um ácaro psoróptico que habita a superfície cutânea e os condutos auditivos de diversas espécies de animais . A infestação é denominada Sarna Otodécica. O Otodectes cynotis é um ácaro relativamente grande (0,3 X 0,4 mm) e pode ser facilmente observado no canal auditivo externo com o auxílio de um otoscópio, mas a observação nem sempre resulta em diagnóstico, pois a secreção e a pequena quantidade de ácaros podem dificultar a observação direta. A sarna de orelha possui ciclo evolutivo de dezoito a vinte e um dias, ocorre inteiramente no animal e apresenta estágios de ovo, larva, ninfa e adulto. A transmissão ocorre por contato direto entre animais. Os sinais clínicos são intenso prurido no canal auditivo, que pode ser acompanhado de automutilação, otite média e infecção bacteriana secundária. Os ácaros são altamente contagiosos para outros gatos e cães, alguns animais podem ser portadores assintomáticos da sarna otodécica e ocasionalmente os humanos podem se infectar. O controle dos ácaros é especialmente difícil em situações de criações de gatos, onde muitos animais encontram-se juntos. O objetivo deste trabalho consiste em avaliar a incidência de gatos assintomáticos, portadores da sarna otodécica. Serão utilizados os gatos assintomáticos para a sarna otodécica, que forem atendidos em consulta clínica no período de 01/11/2009 a 01/03/2010, no Hospital Veterinário do Cesumar, de idade, sexo e raça variada, independente da patologia apresentada. O diagnóstico da sarna otodécica seguirá três etapas. Inicialmente a visualização da presença do cerume castanho-enegrecido com odor característico de tabaco, lesões e arranhaduras nas orelhas. Posteriormente será realizado o teste do reflexo aurículo-podal e depois a otoscopia para visualização direta dos ácaros dentro do conduto auditivo. Por último será feito a avaliação microscópica do cerúmen, através de “suabs” estéreis serão coletados fragmentos do cerume e “rolados” sobre a superfície de uma lâmina e depois clarificado a mostra. Após a identificação da otocaríase, os proprietários serão orientados sobre os riscos de transmissão da doença, bem como a forma de eliminação do esctoparasita do ambiente e o tratamento no animal. Os resultados serão avaliados através de analise descritiva dos dados com a utilização de porcentagem. Dessa forma espera-se identificar a prevalência de gatos hígidos, portadores assintomáticos da Sarna Otodécica. Assim será possível orientar os proprietários dos felinos, sobre o risco de transmissão da Sarna Otodécica para outros animais e até para os humanos, bem como as formas de tratamento da doença, objetivando a prevenção da otocaríase.