Identidade existencial na terceira idade : mediações do estado e da universidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Both, Agostinho
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/83682
Resumo: A presente tese trata das categorias de desenvolvimento da identidade existencial na terceira idade e das categorias mediadoras do Estado e da universidade. Investiga a possibilidade de se constituir a gestão social de uma identidade humana auto-expressiva na velhice por meio de estudos teóricos com autores e de analise de proferimentos de velhos e de profissionais envolvidos com as questões gerontologicas. A tese pretende enriquecer o conhecimento sobre a identidade existencial da terceira idade através das categorias da sabedoria, intimidade e sentido na vida e sobre as mediações sociais e culturais através das categorias do Estado e da universidade. Pretende ainda compreender as implicações das instituições na construção de estratégias eficazes para a produção da expressividade humana na terceira idade. Como desdobramento o trabalho visa suscitar novas parcerias para o encaminhamento cultural e social das questões que envolvem a gestão da longevidade, despertando uma visibilidade renovada do envelhecimento e da velhice através das conclusões e das proposições que apontem para expressivas representações sobre a periodização da velhice. A investigação justifica-se pelo fato de haver uma significativa mudança no perfil demográfico mundial. A diferença entre a base e o vértice da pirâmide populacional esta diminuindo, o que significa que teremos para breve aproximadamente um quarto da população com mais de sessenta anos. Surge um novo acontecimento populacional e pessoal que solicita a mudança de convenções para a construção de categorias da identidade e de mediações do Estado e da universidade pelas quais os mais velhos possam encaminhar o sentido na vida e assim resolver sua crise existencial e a sociedade ter como aperfeiçoar a justiça a eles devida. A tese pretende chegar a algumas definições mais claras sobre as reapresentações sobre a identidade que se altera com o advento da velhice e sobre as tarefas do Estado e da universidade diante desta questão. De modo especial busca-se produzir conhecimentos e atitudes que venham contribuir para a gestão solidaria das idades, verificando-se as mediações do Estado, da universidade e das parcerias sociais necessárias para a construção dos meios de desenvolvimento da vida em toda sua extensão. A investigação desenvolve-se em três etapas distintas e relacionadas. Na etapa I são analisadas as concepções da identidade existencial na terceira idade com base em diversos autores o que permite selecionar as categorias referentes da sabedoria, intimidade e sentido na vida e as categorias referentes do Estado e da universidade na perspectiva de um discurso advocatório. Compreende a fundamentação te6rica relativa a identidade existencial da terceira idade da vida adulta e as responsabilidades do Estado e da universidade nas ações e esclarecimentos a respeito da longevidade e sua implicações culturais e sociais. Na etapa II são analisados os proferimentos de idosos e de gerontólogos para a construção de categorias substanciais, aprofundando-se e contextualizando-se as categorias referentes da identidade no envelhecimento (sabedoria, intimidade e sentido na vida) e das mediações do Estado e da universidade. Na etapa III são explicitadas as definições conclusivas do estudo e seu desdobramento em proposições com vistas a gestão social do envelhecimento e da velhice. A investigação se desenvolve a luz da teoria da ação comunicativa. Ela se ancora numa metodologia dialógica e qualitativa e na analise dos documentos produzidos por velhos e por profissionais da área de gerontologia. Na analise de documentos faz-se uso de categorias referentes, selecionadas com base nas observações do autor e nas leituras de pensadores envolvidos na questão do desenvolvimento. Faz-se também uso de categorias conceituais inspirada a luz da teoria comunicativa e de categorias substanciais construídas no processo de analise dos proferimentos dos mais velhos para desvelamento da sua identidade a partir da sabedoria, intimidade e sentido na vida e dos proferimentos dos profissionais de gerontologia para o desvelamento das mediações do Estado e da universidade. Os proferimentos dos mais velhos, para a revelação da identidade, e de profissionais, para a revelação do Estado e da universidade, são considerados suficientes para designar significados uma vez que consistentes e representativos de um contexto socioistórico. Resumidamente pode-se dizer que a metodologia da investigação sobre a identidade existencial na terceira idade e sobre as mediações do Estado e da universidade abarca fontes diversas, faz use de categorias referentes, conceituais e substanciais e de procedimentos de analise de conteúdo. As fontes são constituídas de textos de autores, de texto legal. de textos de idosos e de profissionais. As categorias referentes são constituídas pela sabedoria, intimidade e sentido na vida. para revelação da identidade existencial, e pelo Estado e a universidade, para revelação das mediações. As categorias conceituais que iluminam o olhar da investigação ancoraram-se princípios da teoria da ação comunicativa. As categorias substanciais foram reveladas no processo da investigação sob os contornos das categorias referentes já mencionadas. Os resultados demonstram que existe a possibilidade de um potencial de desenvolvimento real expresso na sabedoria, intimidade e sentido na vida. Pela analise dos proferimentos dos idosos foram construídas categorias substanciais, delineando-se novas perspectivas para o desenvolvimento. A sabedoria contribui para com o desenvolvimento enquanto se manifesta em diferentes graus pela individualidade do entendimento, por sua operacionalidade e pela manifestação da maturidade. O desenvolvimento manifesta-se pela intimidade ao se revelar em encantamento, em densidade afetiva e em valorização da vida. O desenvolvimento, pelo sentido na vida, é consubstanciado significativamente pela fe, pelas mediações institucionais ao mesmo tempo que o sentido na vida regula o potencial de desenvolvimento e a auto-realização. Demonstram ainda os resultados da analise dos proferimentos que a solidariedade dos mais velhos e suas aprendizagens no ciclo de vida anterior são categorias que consubstanciam tanto a sabedoria como a intimidade e o sentido na vida e, por consequência, o desenvolvimento na terceira idade. A análise revelou, finalmente, a categoria substancial dos protestos pelos quais são reveladas as suas necessidades e pelos quais são recomendados que se iniciem os projetos de uma politica social. Os resultados sobre as mediações do Estado e da universidade revelam, nesta investigação, que o centro de toda atenção deve centrar-se no mundo-da-vida dos mais velhos. Isso significa que o Estado deve aprimorar a sensibilidade em relação ao bem-estar social e afastar-se ainda mais dos costumes de uma legislação e administração centralizadoras. Significa também que a universidade, para ser responsável em relação as demandas do envelhecimento e da velhice, deve se tornar critica face aos preconceitos diante de um período que solicita esclarecimentos e visibilidade expressiva. Ambos os espaços sociais, Estado e universidade, possuem a responsabilidade de novos discursos com vistas a uma releitura cultural e um conjunto de medidas legais e incentivadoras para a gestão social do envelhecimento e da velhice.
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Como desdobramento o trabalho visa suscitar novas parcerias para o encaminhamento cultural e social das questões que envolvem a gestão da longevidade, despertando uma visibilidade renovada do envelhecimento e da velhice através das conclusões e das proposições que apontem para expressivas representações sobre a periodização da velhice. A investigação justifica-se pelo fato de haver uma significativa mudança no perfil demográfico mundial. A diferença entre a base e o vértice da pirâmide populacional esta diminuindo, o que significa que teremos para breve aproximadamente um quarto da população com mais de sessenta anos. Surge um novo acontecimento populacional e pessoal que solicita a mudança de convenções para a construção de categorias da identidade e de mediações do Estado e da universidade pelas quais os mais velhos possam encaminhar o sentido na vida e assim resolver sua crise existencial e a sociedade ter como aperfeiçoar a justiça a eles devida. A tese pretende chegar a algumas definições mais claras sobre as reapresentações sobre a identidade que se altera com o advento da velhice e sobre as tarefas do Estado e da universidade diante desta questão. De modo especial busca-se produzir conhecimentos e atitudes que venham contribuir para a gestão solidaria das idades, verificando-se as mediações do Estado, da universidade e das parcerias sociais necessárias para a construção dos meios de desenvolvimento da vida em toda sua extensão. A investigação desenvolve-se em três etapas distintas e relacionadas. Na etapa I são analisadas as concepções da identidade existencial na terceira idade com base em diversos autores o que permite selecionar as categorias referentes da sabedoria, intimidade e sentido na vida e as categorias referentes do Estado e da universidade na perspectiva de um discurso advocatório. Compreende a fundamentação te6rica relativa a identidade existencial da terceira idade da vida adulta e as responsabilidades do Estado e da universidade nas ações e esclarecimentos a respeito da longevidade e sua implicações culturais e sociais. Na etapa II são analisados os proferimentos de idosos e de gerontólogos para a construção de categorias substanciais, aprofundando-se e contextualizando-se as categorias referentes da identidade no envelhecimento (sabedoria, intimidade e sentido na vida) e das mediações do Estado e da universidade. Na etapa III são explicitadas as definições conclusivas do estudo e seu desdobramento em proposições com vistas a gestão social do envelhecimento e da velhice. A investigação se desenvolve a luz da teoria da ação comunicativa. Ela se ancora numa metodologia dialógica e qualitativa e na analise dos documentos produzidos por velhos e por profissionais da área de gerontologia. Na analise de documentos faz-se uso de categorias referentes, selecionadas com base nas observações do autor e nas leituras de pensadores envolvidos na questão do desenvolvimento. Faz-se também uso de categorias conceituais inspirada a luz da teoria comunicativa e de categorias substanciais construídas no processo de analise dos proferimentos dos mais velhos para desvelamento da sua identidade a partir da sabedoria, intimidade e sentido na vida e dos proferimentos dos profissionais de gerontologia para o desvelamento das mediações do Estado e da universidade. Os proferimentos dos mais velhos, para a revelação da identidade, e de profissionais, para a revelação do Estado e da universidade, são considerados suficientes para designar significados uma vez que consistentes e representativos de um contexto socioistórico. Resumidamente pode-se dizer que a metodologia da investigação sobre a identidade existencial na terceira idade e sobre as mediações do Estado e da universidade abarca fontes diversas, faz use de categorias referentes, conceituais e substanciais e de procedimentos de analise de conteúdo. As fontes são constituídas de textos de autores, de texto legal. de textos de idosos e de profissionais. As categorias referentes são constituídas pela sabedoria, intimidade e sentido na vida. para revelação da identidade existencial, e pelo Estado e a universidade, para revelação das mediações. As categorias conceituais que iluminam o olhar da investigação ancoraram-se princípios da teoria da ação comunicativa. As categorias substanciais foram reveladas no processo da investigação sob os contornos das categorias referentes já mencionadas. Os resultados demonstram que existe a possibilidade de um potencial de desenvolvimento real expresso na sabedoria, intimidade e sentido na vida. Pela analise dos proferimentos dos idosos foram construídas categorias substanciais, delineando-se novas perspectivas para o desenvolvimento. A sabedoria contribui para com o desenvolvimento enquanto se manifesta em diferentes graus pela individualidade do entendimento, por sua operacionalidade e pela manifestação da maturidade. O desenvolvimento manifesta-se pela intimidade ao se revelar em encantamento, em densidade afetiva e em valorização da vida. O desenvolvimento, pelo sentido na vida, é consubstanciado significativamente pela fe, pelas mediações institucionais ao mesmo tempo que o sentido na vida regula o potencial de desenvolvimento e a auto-realização. Demonstram ainda os resultados da analise dos proferimentos que a solidariedade dos mais velhos e suas aprendizagens no ciclo de vida anterior são categorias que consubstanciam tanto a sabedoria como a intimidade e o sentido na vida e, por consequência, o desenvolvimento na terceira idade. A análise revelou, finalmente, a categoria substancial dos protestos pelos quais são reveladas as suas necessidades e pelos quais são recomendados que se iniciem os projetos de uma politica social. Os resultados sobre as mediações do Estado e da universidade revelam, nesta investigação, que o centro de toda atenção deve centrar-se no mundo-da-vida dos mais velhos. Isso significa que o Estado deve aprimorar a sensibilidade em relação ao bem-estar social e afastar-se ainda mais dos costumes de uma legislação e administração centralizadoras. Significa também que a universidade, para ser responsável em relação as demandas do envelhecimento e da velhice, deve se tornar critica face aos preconceitos diante de um período que solicita esclarecimentos e visibilidade expressiva. Ambos os espaços sociais, Estado e universidade, possuem a responsabilidade de novos discursos com vistas a uma releitura cultural e um conjunto de medidas legais e incentivadoras para a gestão social do envelhecimento e da velhice.This thesis deals with the development categories of the existential identity at the elderly age and of the mediating categories of the State and of the university. It investigates the possibility to constitute the social management of a self-expressive human identity at old age by means of theoretical studies with authors and utterance analysis of elderly people and practitioners involved in gerontological questions. This thesis intends to enrich the knowledge about existential identity of the elderly age through the categories of wisdom, intimacy and life sense and about the social and cultural mediations through the categories of the State and the university. It also intends to understand the implications of the institutions of efficacious strategies for the production of human expressivity at the elderly age. As an unfolding, the work aims at raising new partnerships for the cultural and social submission of the issues which involve longevity, awakening a renewed view of getting old and old age through the conclusions of the propositions which point to expressive representations about the periodization of old age. The investigation is justified by the fact that there is a meaningful change in the world demographic profile. The difference between the base and the top of the populational pyramid is decreasing, which means that shortly we will have one fourth of the population over sixty years of age. A new populational and personal event is arising which asks for a change of conventions for the building of categories of identity and mediations between the State and the university by which the older ones may submit the meaning in life and thus solve their existential crisis and that society may have a way to improve justice which is due to them. The thesis intends to arrive at some clearer definitions on the representations about identity which changes with the advent of old age and about the tasks of the State and of the university before this issue. One seeks especially to produce knowledge and attitudes which may contribute to the solidary management of the ages, checking the mediations of the State, of the university and of the social partnerships necessary for the building of the means of development of life in its whole scope. The investigation is developed in three distinct and related steps. In step I one analyses the conceptions of existential identity at elderly age based on various authors, which permits to select the referent categories of wisdom, intimacy and meaning in life and the referent categories of the State and of the university in the perspective of an advocating speech. It comprises the theoretical fundamentals relative to the existential identity of the third age of adult life and to the responsibility of the State and of the university in the actions and clarifications about longevity and its cultural and social implications. In step II one analyzes the utterances of old people and of gerontologists for the building of substantial categories, deepening and contextualizing the referent categories of identity at the aging process (wisdom, intimacy and meaning of life) and of the mediations of the State and of the university. In step III one explicates the conclusive definitions of the study and its unfolding into propositions with the purpose of the social management of getting old and old age. The investigation is developed in the light of the theory of communicative action. It is held by a dialogical and qualitative methodology and by the analysis of documents produced by old people and by practitioners in the area of gerontology. In the document analysis, one uses referent categories based on observations of the author and readings of thinkers involved in the aging question. One also uses conceptual categories inspired by the communicative theory and by substantial categories built on the analysis process of utterances of the older ones for the unveiling of their identity departing from wisdom, intimacy and the meaning of life and from the utterances of gerontology practitioners for the unveiling of the State and of the university mediations. The utterances of the older ones for the unveiling of their identity, and of practitioners for the revelation of the State and of the university are considered sufficient to designate meanings since they are consistent and representative of a socio-historical context. In summary, one can say that the investigation methodology of existential identity at the elderly age about the mediations of the State and of the university embraces various sources, uses referent, conceptual and substantial categories and analyzes procedures of content. The sources consist of texts of authors, of a legal text, of texts of elderly people and of practitioners. The referent categories consist of wisdom, intimacy and meaning of life for the revelation of existential identity and, by the State and the university, for revelation of mediations. The conceptual categories which shed light on the investigation are based on principles of the theory of communicative action. The substantial categories have been revealed in the investigation process under the contours of the already mentioned referent categories. The results show that there is the possibility of a real development potential expressed in wisdom, intimacy and meaning of life. By the analysis of the utterances of old people, substantial categories have been built, delneating new perspectives for development. Wisdom contributes to development while it is manifested in different degrees by the individuality of understanding, by its operationality and by the manifestation of maturity. Development is manifested by intimacy as it veveals itself in charm, in affective density and in appreciation of life. Development, through meaning in life, is substantiated significantly by faith, by individual mediations at the same time as the meaning of life regulates development potential and self-accomplishment. The results of the utterance analysis also show that solidarity of the older ones and their learning in the cycle of their previous lives are categories that substantiate wisdom as well as intimacy and meaning of life and, consequently, development in elderly life. Finally, the analysis has revealed the substantial category of the protests by which their needs are revealed and by which one recommends that projects of a social policy be started. The outcomes about the mediations of State and university reveal in this investigation that the main attention must be centered in the life world of the older ones. That means that State must improve its sensibility concerning social well-being and turn away more from the customs of a centralizing legislation and management. It also means that the university, in order to be responsible with regard to the demand of getting old and old age, must become critical in view of the prejudices in a period which requires clarifications and expressive visibility. Both social spaces, State and university, are responsible for new discoveries regarding a cultural rereading and a set of legal and motivating measures for the social management of getting old and old age.application/pdfporPsicologia da idade adultaPessoa idosaIdentidadeIdentidade existencial na terceira idade : mediações do estado e da universidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS1998doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000225383.pdf000225383.pdfTexto completoapplication/pdf27401269http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/83682/1/000225383.pdf2e5628731b6b7c59e413ae17fdacfb97MD51TEXT000225383.pdf.txt000225383.pdf.txtExtracted Texttext/plain718524http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/83682/2/000225383.pdf.txtbaabc7e0e025871078eb6731a88ab0e2MD52THUMBNAIL000225383.pdf.jpg000225383.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1385http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/83682/3/000225383.pdf.jpgfe33bef6ec397947e1ebb3466cfbe6b1MD5310183/836822018-10-09 08:52:37.707oai:www.lume.ufrgs.br:10183/83682Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-09T11:52:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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Como desdobramento o trabalho visa suscitar novas parcerias para o encaminhamento cultural e social das questões que envolvem a gestão da longevidade, despertando uma visibilidade renovada do envelhecimento e da velhice através das conclusões e das proposições que apontem para expressivas representações sobre a periodização da velhice. A investigação justifica-se pelo fato de haver uma significativa mudança no perfil demográfico mundial. A diferença entre a base e o vértice da pirâmide populacional esta diminuindo, o que significa que teremos para breve aproximadamente um quarto da população com mais de sessenta anos. Surge um novo acontecimento populacional e pessoal que solicita a mudança de convenções para a construção de categorias da identidade e de mediações do Estado e da universidade pelas quais os mais velhos possam encaminhar o sentido na vida e assim resolver sua crise existencial e a sociedade ter como aperfeiçoar a justiça a eles devida. A tese pretende chegar a algumas definições mais claras sobre as reapresentações sobre a identidade que se altera com o advento da velhice e sobre as tarefas do Estado e da universidade diante desta questão. De modo especial busca-se produzir conhecimentos e atitudes que venham contribuir para a gestão solidaria das idades, verificando-se as mediações do Estado, da universidade e das parcerias sociais necessárias para a construção dos meios de desenvolvimento da vida em toda sua extensão. A investigação desenvolve-se em três etapas distintas e relacionadas. Na etapa I são analisadas as concepções da identidade existencial na terceira idade com base em diversos autores o que permite selecionar as categorias referentes da sabedoria, intimidade e sentido na vida e as categorias referentes do Estado e da universidade na perspectiva de um discurso advocatório. Compreende a fundamentação te6rica relativa a identidade existencial da terceira idade da vida adulta e as responsabilidades do Estado e da universidade nas ações e esclarecimentos a respeito da longevidade e sua implicações culturais e sociais. Na etapa II são analisados os proferimentos de idosos e de gerontólogos para a construção de categorias substanciais, aprofundando-se e contextualizando-se as categorias referentes da identidade no envelhecimento (sabedoria, intimidade e sentido na vida) e das mediações do Estado e da universidade. Na etapa III são explicitadas as definições conclusivas do estudo e seu desdobramento em proposições com vistas a gestão social do envelhecimento e da velhice. A investigação se desenvolve a luz da teoria da ação comunicativa. Ela se ancora numa metodologia dialógica e qualitativa e na analise dos documentos produzidos por velhos e por profissionais da área de gerontologia. Na analise de documentos faz-se uso de categorias referentes, selecionadas com base nas observações do autor e nas leituras de pensadores envolvidos na questão do desenvolvimento. Faz-se também uso de categorias conceituais inspirada a luz da teoria comunicativa e de categorias substanciais construídas no processo de analise dos proferimentos dos mais velhos para desvelamento da sua identidade a partir da sabedoria, intimidade e sentido na vida e dos proferimentos dos profissionais de gerontologia para o desvelamento das mediações do Estado e da universidade. Os proferimentos dos mais velhos, para a revelação da identidade, e de profissionais, para a revelação do Estado e da universidade, são considerados suficientes para designar significados uma vez que consistentes e representativos de um contexto socioistórico. Resumidamente pode-se dizer que a metodologia da investigação sobre a identidade existencial na terceira idade e sobre as mediações do Estado e da universidade abarca fontes diversas, faz use de categorias referentes, conceituais e substanciais e de procedimentos de analise de conteúdo. As fontes são constituídas de textos de autores, de texto legal. de textos de idosos e de profissionais. As categorias referentes são constituídas pela sabedoria, intimidade e sentido na vida. para revelação da identidade existencial, e pelo Estado e a universidade, para revelação das mediações. As categorias conceituais que iluminam o olhar da investigação ancoraram-se princípios da teoria da ação comunicativa. As categorias substanciais foram reveladas no processo da investigação sob os contornos das categorias referentes já mencionadas. Os resultados demonstram que existe a possibilidade de um potencial de desenvolvimento real expresso na sabedoria, intimidade e sentido na vida. Pela analise dos proferimentos dos idosos foram construídas categorias substanciais, delineando-se novas perspectivas para o desenvolvimento. A sabedoria contribui para com o desenvolvimento enquanto se manifesta em diferentes graus pela individualidade do entendimento, por sua operacionalidade e pela manifestação da maturidade. O desenvolvimento manifesta-se pela intimidade ao se revelar em encantamento, em densidade afetiva e em valorização da vida. O desenvolvimento, pelo sentido na vida, é consubstanciado significativamente pela fe, pelas mediações institucionais ao mesmo tempo que o sentido na vida regula o potencial de desenvolvimento e a auto-realização. Demonstram ainda os resultados da analise dos proferimentos que a solidariedade dos mais velhos e suas aprendizagens no ciclo de vida anterior são categorias que consubstanciam tanto a sabedoria como a intimidade e o sentido na vida e, por consequência, o desenvolvimento na terceira idade. A análise revelou, finalmente, a categoria substancial dos protestos pelos quais são reveladas as suas necessidades e pelos quais são recomendados que se iniciem os projetos de uma politica social. Os resultados sobre as mediações do Estado e da universidade revelam, nesta investigação, que o centro de toda atenção deve centrar-se no mundo-da-vida dos mais velhos. Isso significa que o Estado deve aprimorar a sensibilidade em relação ao bem-estar social e afastar-se ainda mais dos costumes de uma legislação e administração centralizadoras. Significa também que a universidade, para ser responsável em relação as demandas do envelhecimento e da velhice, deve se tornar critica face aos preconceitos diante de um período que solicita esclarecimentos e visibilidade expressiva. 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