Comunicação pública e memória das cidades : a preservação dos sistemas de comunicação nos sites das capitais brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luz, Ana Javes Andrade da
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/142869
Resumo: Esta dissertação articula os conceitos relacionados à comunicação pública e governamental, cidade, memória, democracia digital e patrimônio digital, com o objetivo de diagnosticar o estágio de preservação da comunicação governamental nos sites das capitais brasileiras, analisando sua implicação para a constituição da memória coletiva, social e política das cidades e de seus habitantes. Os conceitos teóricos trabalhados reportam à comunicação pública conforme proposto, principalmente, por Weber e Esteves, e à comunicação governamental de acordo com Duarte e Weber; os estudos da cidade a partir de Pesavento, Weber e Mela; as teorias da memória segundo Halbwachs, Huyssen, Nora, Pollak e Ricoeur; e democracia digital a partir de Gomes, Maia, Marques, Silva e Cepik trabalhados de forma articulada com os estudos de Dodebei sobre patrimônio digital. A opção metodológica é a pesquisa qualitativa de caráter exploratório-documental nos sites oficiais das 27 capitais brasileiras, tendo como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica; a pesquisa histórico-descritiva e a pesquisa documental. Os sistemas de comunicação governamental das capitais foram identificados e classificados de acordo sua visibilidade, acessibilidade e considerando o contexto político da última transição governamental. A partir da articulação dessas categorias, foram analisadas as implicações da preservação e do apagamento da comunicação governamental para a constituição da memória da cidade e dos seus habitantes. Dentre os principais resultados, o diagnóstico de que em cerca de 33% dos sites das prefeituras de capitais os produtos da comunicação governamental de governos passados já não estão mais disponíveis ao acesso público, bem como a constatação de que os contextos de disputa entre grupos políticos rivais não são suficientes para explicar os casos de tentativa de silenciamento de governos passados.