%0 masterThesis %A Griguol, Karina Braga %D 2011 %G por %T "Capacidade tecnológica das empresas que fabricam medicamentos no Brasil" %U http://hdl.handle.net/10183/30870 %X A capacidade tecnológica das firmas representa os recursos necessários para gerar e gerenciar mudanças técnicas em suas atividades (LALL, 1992; BELL e PAVITT, 1993; 1995). Esta dissertação tem como objetivo geral analisar o nível da capacidade tecnológica das empresas que fabricam medicamentos no Brasil. Para alcançar este objetivo, foram adaptadas as estruturas analíticas desenvolvidas por Lall (1992), Bell e Pavitt (1993; 1995) e Figueiredo (2001; 2003) e realizado um levantamento descritivo (survey) em 161 empresas que fabricam medicamentos no Brasil, através de um questionário estruturado. Quatro funções tecnológicas que armazenam e acumulam as capacidades tecnológicas foram analisadas nesta pesquisa: “processo e organização da produção”, “produtos”, “equipamentos” e “atividades relacionadas ao capital humano”. A partir da análise dos dados, observou-se que, em média, as empresas apresentaram nível intermediário de capacidade tecnológica para “processo e organização da produção”, nível básico de capacidade tecnológica para “produtos”, nível básico de capacidade tecnológica para “equipamentos” e nível intermediário de capacidade tecnológica para “atividades relacionadas ao capital humano”. Os níveis de capacidade tecnológica demonstram que os esforços para a absorção e a adoção de novas tecnologias têm se concentrado em algumas funções tecnológicas, ocorrendo de forma dispersa. Recomendam-se às empresas maiores esforços nas atividades tecnológicas referentes a “produtos” e “equipamentos”. Tal fato pode permitir que as empresas estabeleçam e alavanquem o seu desempenho no mercado. Demais análises que se referem ao perfil das empresas, ao perfil da geração de novos produtos e a correlação entre os níveis de capacidade tecnológica, bem como a geração de novos produtos também são realizadas nesta pesquisa. Este estudo permite o mapeamento dos esforços tecnológicos despendidos pelas empresas e uma análise intraorganizacional aprofundada, permitindo o delineamento das trajetórias e dos estágios de acumulação tecnológica pelas empresas. Além disso, também pode contribuir para o rumo de políticas públicas e para a formulação de estratégias setoriais.