O presentismo como resposta ao paradoxo de McTaggart

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Fernando Esteves de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/170403
Resumo: Um dos marcos mais importantes da filosofia do tempo contemporânea é o artigo de McTaggart (1908) denominado “The Unreality of Time”, no qual o autor defende que a suposição da existência do tempo é contraditória. O texto em questão demorou algumas décadas para ter sua importância filosófica devidamente reconhecida, devido à dificuldade proposta pela segunda parte de sua argumentação, chamada posteriormente de “Paradoxo de McTaggart” , pois não consiste em mostrar a coerência de suposição da que o tempo é irreal, mas que a ideia da existência disso que comumente se entende por tempo é inconsistente devido a uma contradição na aplicação dos predicados ser presente, ser passado e ser futuro. Há alguns autores que consideram o argumento de McTaggart muito plausível e que desenvolveram respostas a este, a fim de assegurar a realidade do tempo abandonando alguma (ou algumas) das suposições fundamentais que se tem a respeito da natureza do tempo. Uma destas respostas é denominada presentismo e consiste em defender que tudo e apenas o que existe é presente e tudo e apenas o que é presente existe. Essa resposta enfrenta algumas dificuldades, dentre as quais ressalta-se a dificuldade da veridação de proposições a respeito do passado e do futuro, e a dificuldade de conciliar o presentismo com a teoria da relatividade. A proposta desta dissertação é analisar a argumentação de McTaggart levando em consideração os requisitos necessários para interpretá-la a fim de que fique claro o que está sendo pretendido em cada premissa. O próximo passo será analisar o presentismo enquanto teoria coerente para, por fim, verificar a possibilidade de utilizar o presentismo como uma alternativa concreta de interpretação da realidade na qual o tempo seja real, resolvendo o paradoxo de McTaggart.
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