Quando a linguística encontra a linguagem: da escrita de Émile Benveniste presente no dossiê Baudelaire ao estudo semiológico de uma obra literária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vier, Sabrina
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
Texto Completo: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5270
Resumo: Em 1992, manuscritos de Émile Benveniste sobre a linguagem poética foram anunciados e geraram o que hoje se conhece como Dossiê Baudelaire. Esse material foi depositado na Biblioteca Nacional da França em 2004, vindo a público em 2008, via tese de Chloé Laplantine, e em 2011, via editora Lambert-Lucas. O Dossiê Baudelaire, provável estudo de Benveniste para um artigo encomendado por Roland Barthes para a revista Langages, é composto por 367 fólios. Os poucos estudos já realizados concordam que o dossiê apresenta uma pesquisa de Benveniste sobre o discurso de Baudelaire. Indo além dessa constatação, esta tese objetiva verificar como a escrita de Benveniste presente no dossiê esboça um estudo semiológico de uma obra e, portanto, do poético na linguagem. A categoria de análise, inspirada em Fenoglio (2009) e em Nietzsche (2009, 2007, 2004), é denominada de ruminação, pois é pela insistência enunciativa verificada na escrita de Benveniste que serão estabelecidos os fatos enunciativos para análise. O corpus não é constituído pela totalidade dos fólios, mas por aqueles que deixam ver termos e procedimentos ruminados na escrita de Benveniste. Dos 159 fólios selecionados, foram elencadas para análise duas perspectivas de pesquisa: (i) a particularidade e a singularidade do discurso de Baudelaire e (ii) o caráter radicalmente específico da língua poética. Em relação à primeira, dois procedimentos comparecem como os mais ruminados: (a) a escolha das imagens reveladoras e (b) a busca pela estrutura da obra inteira. No que se refere à segunda, dois aspectos parecem tornar e retornar na escrita de Benveniste: (a) a natureza e (b) o funcionamento da língua poética. Anotam-se os seguintes resultados: a particularidade e a singularidade do discurso de Baudelaire devem-se à imagem do espelho, que engendra outras imagens criativas, e às relações entre o tempo, a sonoridade e a invocação, que apontam para a correspondência primordial: o homem e o mundo. A correspondência é, então, o princípio que estrutura o universo poético baudelaireano. Esses resultados colocam em cena o caráter radicalmente específico da língua poética: o material – a palavra-escrita ¬–, a unidade ¬¬– a palavra-ícone – e o princípio de funcionamento – a iconia. Comprova-se, desta forma, que a escrita de Benveniste evidencia um estudo semiológico do poético na linguagem a partir de uma perspectiva linguística que transcende o signo saussuriano e encontra a emoção e a experiência humana.
id USIN_4e851064f7c0ba4afc4784dd964ae420
oai_identifier_str oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/5270
network_acronym_str USIN
network_name_str Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
repository_id_str
spelling 2016-05-18T16:20:43Z2016-05-18T16:20:43Z2016-03-15Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2016-05-18T16:20:43Z No. of bitstreams: 1 Sabrina Vier_.pdf: 1685365 bytes, checksum: 498a1834d7c97138fe1d728fe27013b8 (MD5)Made available in DSpace on 2016-05-18T16:20:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sabrina Vier_.pdf: 1685365 bytes, checksum: 498a1834d7c97138fe1d728fe27013b8 (MD5) Previous issue date: 2016-03-15Em 1992, manuscritos de Émile Benveniste sobre a linguagem poética foram anunciados e geraram o que hoje se conhece como Dossiê Baudelaire. Esse material foi depositado na Biblioteca Nacional da França em 2004, vindo a público em 2008, via tese de Chloé Laplantine, e em 2011, via editora Lambert-Lucas. O Dossiê Baudelaire, provável estudo de Benveniste para um artigo encomendado por Roland Barthes para a revista Langages, é composto por 367 fólios. Os poucos estudos já realizados concordam que o dossiê apresenta uma pesquisa de Benveniste sobre o discurso de Baudelaire. Indo além dessa constatação, esta tese objetiva verificar como a escrita de Benveniste presente no dossiê esboça um estudo semiológico de uma obra e, portanto, do poético na linguagem. A categoria de análise, inspirada em Fenoglio (2009) e em Nietzsche (2009, 2007, 2004), é denominada de ruminação, pois é pela insistência enunciativa verificada na escrita de Benveniste que serão estabelecidos os fatos enunciativos para análise. O corpus não é constituído pela totalidade dos fólios, mas por aqueles que deixam ver termos e procedimentos ruminados na escrita de Benveniste. Dos 159 fólios selecionados, foram elencadas para análise duas perspectivas de pesquisa: (i) a particularidade e a singularidade do discurso de Baudelaire e (ii) o caráter radicalmente específico da língua poética. Em relação à primeira, dois procedimentos comparecem como os mais ruminados: (a) a escolha das imagens reveladoras e (b) a busca pela estrutura da obra inteira. No que se refere à segunda, dois aspectos parecem tornar e retornar na escrita de Benveniste: (a) a natureza e (b) o funcionamento da língua poética. Anotam-se os seguintes resultados: a particularidade e a singularidade do discurso de Baudelaire devem-se à imagem do espelho, que engendra outras imagens criativas, e às relações entre o tempo, a sonoridade e a invocação, que apontam para a correspondência primordial: o homem e o mundo. A correspondência é, então, o princípio que estrutura o universo poético baudelaireano. Esses resultados colocam em cena o caráter radicalmente específico da língua poética: o material – a palavra-escrita ¬–, a unidade ¬¬– a palavra-ícone – e o princípio de funcionamento – a iconia. Comprova-se, desta forma, que a escrita de Benveniste evidencia um estudo semiológico do poético na linguagem a partir de uma perspectiva linguística que transcende o signo saussuriano e encontra a emoção e a experiência humana.In 1992, Émile Benveniste’s manuscripts about poetic language were disclosed and generated what today is known as Baudelaire Dossier. This material was deposited at the National Library of France in 2004, and publicized in 2008 through Chloé Laplantine’s thesis and in 2011 by Lambert-Lucas publishing house. The Baudelaire Dossier, probably a Benveniste’s study for a paper commissioned by Roland Barthes for Langages magazine, consists of 367 folios. A few studies have shown that the dossier presents a Benveniste’s research into Baudelaire’s discourse. Going beyond that finding, this thesis aims to investigate how Benveniste’s writing in the dossier can be delineated as a semiological study of a work and, thus, a study on the poetical in language. The analysis category, inspired by Fenoglio (2009)and by Nietzsche (2009, 2007, 2004), it is named rumination, because is by means of enunciation insistence verified in writing Benveniste to be established the enunciation facts for analysis. The corpus is not composed of the total of folios, rather, it comprises those evidencing terms and procedures ruminated in Benveniste’s writing. Of the 159 selected folios, two research perspectives have been selected for analysis: (i) both the particularity and singularity of Baudelaire’s discourse, and (ii) the radically specific character of the poetic language. Regarding the former, the most ruminated procedures were: (a) the selection of images, and (b) the search for the structure of the whole work. Concerning the latter, two aspects seemed to be repeatedly addressed in Benveniste’s writing: (a) nature, and (b) the functioning of the poetic language. The following results could be evidenced: the particularity and singularity of Baudelaire’s discourse are due to both the image of the mirror, which engenders the other images, and the relationships between time, sonority and invocation, which point out the primordial correspondence: the man and the world. The correspondence is thus the principle structuring Baudelaire’s poetic universe. These results has brought into play the radically specific character of the poetic language: the material ¬– the written word–, the unity – the icon word – and the functioning principle ¬¬– the iconicity. It is verified so that the Benveniste writing shows a semiological study of poetic language from a linguistic perspective that transcends the saussurian sign and reaches emotion and human experience.NenhumaVier, Sabrinahttp://lattes.cnpq.br/1282180713089543http://lattes.cnpq.br/4439407429779665Flores, Valdir do Nascimentohttp://lattes.cnpq.br/8959064517534406Guimarães, Ana Maria de MattosUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em Linguística AplicadaUnisinosBrasilEscola da Indústria CriativaQuando a linguística encontra a linguagem: da escrita de Émile Benveniste presente no dossiê Baudelaire ao estudo semiológico de uma obra literáriaACCNPQ::Lingüística, Letras e Artes::LingüísticaLinguagemSemiologiaLinguísticaDossiê BaudelairePoéticoLanguageSemiologyLinguisticsBaudelaire dossierPoeticinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5270info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALSabrina Vier_.pdfSabrina Vier_.pdfapplication/pdf1685365http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/5270/1/Sabrina+Vier_.pdf498a1834d7c97138fe1d728fe27013b8MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82099http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/5270/2/license.txte130fff006551e19abf270f718b7ab21MD52UNISINOS/52702016-05-18 13:22:41.977oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/5270Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUj9QUklBIExJQ0VOP0EKCkVzdGEgbGljZW4/YSBkZSBleGVtcGxvID8gZm9ybmVjaWRhIGFwZW5hcyBwYXJhIGZpbnMgaW5mb3JtYXRpdm9zLgoKTGljZW4/YSBERSBESVNUUklCVUk/P08gTj9PLUVYQ0xVU0lWQQoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhPz9vIGRlc3RhIGxpY2VuP2EsIHZvYz8gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlID8gClVuaXZlcnNpZGFkZSBkbyBWYWxlIGRvIFJpbyBkb3MgU2lub3MgKFVOSVNJTk9TKSBvIGRpcmVpdG8gbj9vLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgCmRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cj9uaWNvIGUgCmVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyA/dWRpbyBvdSB2P2Rlby4KClZvYz8gY29uY29yZGEgcXVlIGEgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGU/ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gCnBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YT8/by4KClZvYz8gdGFtYj9tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjP3BpYSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IApkaXNzZXJ0YT8/byBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbj9hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmE/P28uCgpWb2M/IGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gPyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2M/IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIApuZXN0YSBsaWNlbj9hLiBWb2M/IHRhbWI/bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcD9zaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vIG4/bywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1P20uCgpDYXNvIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvYz8gbj9vIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvYz8gCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3M/byBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyID8gU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIApvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW4/YSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0PyBjbGFyYW1lbnRlIAppZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZT9kbyBkYSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFRFU0UgT1UgRElTU0VSVEE/P08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9DP05JTyBPVSAKQVBPSU8gREUgVU1BIEFHP05DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyBPUkdBTklTTU8gUVVFIE4/TyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9DPyBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVM/TyBDT01PIApUQU1CP00gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQT8/RVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCkEgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSAKZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vLCBlIG4/byBmYXI/IHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYT8/bywgYWw/bSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbj9hLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2016-05-18T16:22:41Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Quando a linguística encontra a linguagem: da escrita de Émile Benveniste presente no dossiê Baudelaire ao estudo semiológico de uma obra literária
title Quando a linguística encontra a linguagem: da escrita de Émile Benveniste presente no dossiê Baudelaire ao estudo semiológico de uma obra literária
spellingShingle Quando a linguística encontra a linguagem: da escrita de Émile Benveniste presente no dossiê Baudelaire ao estudo semiológico de uma obra literária
Vier, Sabrina
ACCNPQ::Lingüística, Letras e Artes::Lingüística
Linguagem
Semiologia
Linguística
Dossiê Baudelaire
Poético
Language
Semiology
Linguistics
Baudelaire dossier
Poetic
title_short Quando a linguística encontra a linguagem: da escrita de Émile Benveniste presente no dossiê Baudelaire ao estudo semiológico de uma obra literária
title_full Quando a linguística encontra a linguagem: da escrita de Émile Benveniste presente no dossiê Baudelaire ao estudo semiológico de uma obra literária
title_fullStr Quando a linguística encontra a linguagem: da escrita de Émile Benveniste presente no dossiê Baudelaire ao estudo semiológico de uma obra literária
title_full_unstemmed Quando a linguística encontra a linguagem: da escrita de Émile Benveniste presente no dossiê Baudelaire ao estudo semiológico de uma obra literária
title_sort Quando a linguística encontra a linguagem: da escrita de Émile Benveniste presente no dossiê Baudelaire ao estudo semiológico de uma obra literária
author Vier, Sabrina
author_facet Vier, Sabrina
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1282180713089543
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4439407429779665
dc.contributor.author.fl_str_mv Vier, Sabrina
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Flores, Valdir do Nascimento
dc.contributor.advisor-co1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8959064517534406
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Guimarães, Ana Maria de Mattos
contributor_str_mv Flores, Valdir do Nascimento
Guimarães, Ana Maria de Mattos
dc.subject.cnpq.fl_str_mv ACCNPQ::Lingüística, Letras e Artes::Lingüística
topic ACCNPQ::Lingüística, Letras e Artes::Lingüística
Linguagem
Semiologia
Linguística
Dossiê Baudelaire
Poético
Language
Semiology
Linguistics
Baudelaire dossier
Poetic
dc.subject.por.fl_str_mv Linguagem
Semiologia
Linguística
Dossiê Baudelaire
Poético
dc.subject.eng.fl_str_mv Language
Semiology
Linguistics
Baudelaire dossier
Poetic
description Em 1992, manuscritos de Émile Benveniste sobre a linguagem poética foram anunciados e geraram o que hoje se conhece como Dossiê Baudelaire. Esse material foi depositado na Biblioteca Nacional da França em 2004, vindo a público em 2008, via tese de Chloé Laplantine, e em 2011, via editora Lambert-Lucas. O Dossiê Baudelaire, provável estudo de Benveniste para um artigo encomendado por Roland Barthes para a revista Langages, é composto por 367 fólios. Os poucos estudos já realizados concordam que o dossiê apresenta uma pesquisa de Benveniste sobre o discurso de Baudelaire. Indo além dessa constatação, esta tese objetiva verificar como a escrita de Benveniste presente no dossiê esboça um estudo semiológico de uma obra e, portanto, do poético na linguagem. A categoria de análise, inspirada em Fenoglio (2009) e em Nietzsche (2009, 2007, 2004), é denominada de ruminação, pois é pela insistência enunciativa verificada na escrita de Benveniste que serão estabelecidos os fatos enunciativos para análise. O corpus não é constituído pela totalidade dos fólios, mas por aqueles que deixam ver termos e procedimentos ruminados na escrita de Benveniste. Dos 159 fólios selecionados, foram elencadas para análise duas perspectivas de pesquisa: (i) a particularidade e a singularidade do discurso de Baudelaire e (ii) o caráter radicalmente específico da língua poética. Em relação à primeira, dois procedimentos comparecem como os mais ruminados: (a) a escolha das imagens reveladoras e (b) a busca pela estrutura da obra inteira. No que se refere à segunda, dois aspectos parecem tornar e retornar na escrita de Benveniste: (a) a natureza e (b) o funcionamento da língua poética. Anotam-se os seguintes resultados: a particularidade e a singularidade do discurso de Baudelaire devem-se à imagem do espelho, que engendra outras imagens criativas, e às relações entre o tempo, a sonoridade e a invocação, que apontam para a correspondência primordial: o homem e o mundo. A correspondência é, então, o princípio que estrutura o universo poético baudelaireano. Esses resultados colocam em cena o caráter radicalmente específico da língua poética: o material – a palavra-escrita ¬–, a unidade ¬¬– a palavra-ícone – e o princípio de funcionamento – a iconia. Comprova-se, desta forma, que a escrita de Benveniste evidencia um estudo semiológico do poético na linguagem a partir de uma perspectiva linguística que transcende o signo saussuriano e encontra a emoção e a experiência humana.
publishDate 2016
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-05-18T16:20:43Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-05-18T16:20:43Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-03-15
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5270
url http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5270
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade do Vale do Rio dos Sinos
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
dc.publisher.initials.fl_str_mv Unisinos
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Escola da Indústria Criativa
publisher.none.fl_str_mv Universidade do Vale do Rio dos Sinos
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
instacron:UNISINOS
instname_str Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
instacron_str UNISINOS
institution UNISINOS
reponame_str Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
collection Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/5270/1/Sabrina+Vier_.pdf
http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/5270/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 498a1834d7c97138fe1d728fe27013b8
e130fff006551e19abf270f718b7ab21
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797219954168168448