Terapia Ocupacional e saúde da pessoa com deficiência na Secretaria Municipal de Saúde: uma discussão sobre dez anos de sua incorporação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ho, Denise Cristina
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Oliver, Fátima Corrêa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rto/article/view/13970
Resumo: Trata-se de estudo sobre inserção de terapeutas ocupacionais - TO no sistema público municipal de saúde para conhecer sua distribuição na rede e as atividades assistenciais desenvolvidas com pessoas com deficiência. Foi realizado em 2002 através de entrevistas com profissionais da Secretaria Municipal de Saúde; de pesquisa documental e de questionários para caracterização de atividades, respondidos por 46 TO (31,1%). Em 1993, havia 180 profissionais ativos e em 2002, apenas 148. De 1997 a 2000, houve o desmonte da rede de serviços municipais e a criação de outras unidades de saúde para acompanhamento de farmacodependentes e de pessoas com doenças sexualmente transmissíveis que congregaram, respectivamente,11,5% e 8,1% dos profissionais, através do deslocamento destes das UBS e serviços de saúde mental. Em 2002, observa-se concentração de profissionais em áreas centrais do município, resultado do fluxo profissional e de prioridade a serviços especializados. Nesse ano, a distribuição dos TO era: 21% (UBS), 17,7% (CECCO), 13,8% (Ambulatórios de Especialidades) e 13,8% (Hospitais-Dia). A criação de alternativas assistenciais para pessoas com deficiência permanece como compromisso individual de parte dos profissionais, não se estruturando enquanto programa específico. Desde 2001, a Secretaria vem credenciando Serviços de Referência para Pessoas com Deficiência no Ministério da Saúde sem ampliação do quadro de profissionais. O mesmo ocorreu para o desenvolvimento de programas prioritários (Nascer Bem, Acolhimento, Resgate Cidadão, Cabeça Feita) e do Programa de Saúde da Família. Observar a política de saúde da maior cidade do país é compreender os desafios colocados para a assistência e para a categoria profissional.
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De 1997 a 2000, houve o desmonte da rede de serviços municipais e a criação de outras unidades de saúde para acompanhamento de farmacodependentes e de pessoas com doenças sexualmente transmissíveis que congregaram, respectivamente,11,5% e 8,1% dos profissionais, através do deslocamento destes das UBS e serviços de saúde mental. Em 2002, observa-se concentração de profissionais em áreas centrais do município, resultado do fluxo profissional e de prioridade a serviços especializados. Nesse ano, a distribuição dos TO era: 21% (UBS), 17,7% (CECCO), 13,8% (Ambulatórios de Especialidades) e 13,8% (Hospitais-Dia). A criação de alternativas assistenciais para pessoas com deficiência permanece como compromisso individual de parte dos profissionais, não se estruturando enquanto programa específico. Desde 2001, a Secretaria vem credenciando Serviços de Referência para Pessoas com Deficiência no Ministério da Saúde sem ampliação do quadro de profissionais. O mesmo ocorreu para o desenvolvimento de programas prioritários (Nascer Bem, Acolhimento, Resgate Cidadão, Cabeça Feita) e do Programa de Saúde da Família. Observar a política de saúde da maior cidade do país é compreender os desafios colocados para a assistência e para a categoria profissional. This study regards the insertion of occupational therapists (OT) in the municipal public system to better comprehend the network distribution and the assistance for people with disabilities. It was undertaken in 2002 through interviews with professionals of the Municipal Health Secretary (MHS), documentary research and questionnaires to characterize the activities, answered by 46 OTs (31,1%). In 1993 there were 180 active professionals and in 2002 only 148. Between 1997 and 2000 the municipal services network was dismantled and other health units were created for the follow-up of pharmacodependents and people with STDs, respectively with, 11,5% and 8,1% of the professionals, by relocating them from the Basic Health Units (BHU) and mental health services. In 2002, a concentration of professionals in the municipal central areas could be observed due to their relocation and the prioritization of specialized services, distributing the OTs as such: 21% BHU, 17,7% (Center of Conviviality and Cooperative), 13,8% (Out-patient units) and 13,8% (Day Hospitals). Creation of alternative assistance for people with disabilities remains an individual commitment of the professionals, not being structured as a specific programme. Since 2001, MHS has been qualifying reference services for people with disabilities for the Health Ministry without increasing the number of professionals. Much the same occurred with the development of priority programmes, such as, Born Well (Nascer Bem), Holding (Acolhimento), Citizen Rescue (Resgate-Cidadão), A New Mind (Cabeça-Feita) and the Family Health Program. Observing the health policy of the country´s largest city is to comprehend the challenges for the health assistance and the professional group. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina2005-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rto/article/view/1397010.11606/issn.2238-6149.v16i3p114-123Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo; Vol. 16 Núm. 3 (2005); 114-123Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo; Vol. 16 No. 3 (2005); 114-123Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo; v. 16 n. 3 (2005); 114-1232238-61491415-9104reponame:Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Pauloinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rto/article/view/13970/15788Ho, Denise CristinaOliver, Fátima Corrêainfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-03-04T12:07:52Zoai:revistas.usp.br:article/13970Revistahttp://www.revistas.usp.br/rtoPUBhttps://www.revistas.usp.br/rto/oai||revto@usp.br2238-61491415-9104opendoar:2016-03-04T12:07:52Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo - Universidade de São Paulo (USP)false
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