As variações da forma do sifão carotídeo na arteriografia cerebral: estudo sobre 120 casos não tumorais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pimenta,A. Mattos
Data de Publicação: 1954
Outros Autores: Albernaz Filho,P. Mangabeira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de neuro-psiquiatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1954000200008
Resumo: O estudo de 120 arteriogramas de pacientes em que foi comprovada a inexistência de lesão que ocupa espaço intracraniano, permitiu o reconhecimento de várias formas de sifão carotídeo normal. Foi assim possível fazer uma classificação anatômica dos vários tipos e concluir que a forma do sifão não permite, sozinha, fazer o diagnóstico topográfico de tumores intracranianos. É importante reconhecer exatamente os limites do sifão, a fim de localizar, precisamente, os aneurismas da carótida interna. Do exposto podemos tirar duas ordens de conclusões: 1) Conclusões anatômicas - O sifão carotídeo normal não apresenta grande número de variações de forma, podendo ser reconhecidos dois tipos básicos: angulados e arredondados. Os primeiros subdividem-se em angulados com ramos oblíquos (ângulo agudo ou ângulo obtuso) e angulados com um ramo horizontal (superior ou inferior). Os segundos (arredondados) dividem-se em três subtipos: semi-elíptico, em alça (horizontal ou oblíquo) e em S (superior, inferior ou duplo). Nos grupos e subgrupos cada segmento do sifão pode apresentar variação no comprimento e espessura, como é evidente à observação dos esquemas. 2) Conclusões neurocirúrgicas - A existência de grande número de formas consideradas como normais de sifão carotídeo leva à conclusão de que não é possível basear o diagnóstico de tumor, ou melhor, de lesão que ocupa espaço intracraniano, exclusivamente pela imagem arteriográfica do sifão. As variações fisiológicas do sifão, somadas às das artérias do grupo silviano e da cerebral anterior, trazem dificuldades diagnosticas que obrigam o neurocirurgião a procurar o maior número de indícios para fazer a interpretação correta do exame. Assim sendo, na rotina neurocirúrgica é aconselhável que os arteriogramas sejam feitos pelo menos em duas posições: perfil e ântero-posterior. E' importante reconhecer bem os limites do sifão para se estabelecer com exatidão a topografia dos aneurismas. Com efeito, os aneurismas da carótida interna na sua porção intracraniana são relativamente freqüentes e sua localização e relações são importantes para a avaliação do prognóstico e êxito do tratamento cirúrgico.
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