O líqüido cefalorraqueano inicial na meningite tuberculosa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1954 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1954000300002 |
Resumo: | O conhecimento do líqüido cefalorraqueano inicial na meningite tuberculosa tem particular interêsse porque dêle depende a precocidade do diagnóstico e a decisão para o comêço do tratamento específico. O material selecionado para o estudo constituiu-se de 143 casos, cuja comprovação foi feita, num primeiro grupo, pelo achado do bacilo de Koch ao exame direto ou pela inoculação em cobaia e, num segundo grupo, pelas alterações sugestivas do líquor, associadas ao quadro clínico e foco contagiante. Foi feito estudo detalhado dos diversos elementos do exame do liqüido cefalorraquidiano, isto é, pressão, índice de Ayala, aspecto, côr, presença de retículo fibrinoso, citologia global e específica, taxa de proteínas totais, reações das globulinas, taxas de cloretos e de glicose, reações do benjoim coloidal e de Takata-Ara, reação de Wassermann, reação de floculação de Eagle, reação de Steinfeld, reação de fixação do complemento para cisticercose e exame bacterioscópico direto. Em face da baixa freqüência do achado do bacilo ao exame direto, o estudo destas alterações do liquor assume grande importância para o diagnóstico da meningite tuberculosa. Verificou-se em nosso material o seguinte quadro médio, caracterizando a síndrome do líquor nessa moléstia: pressão, 37 cm de água, com o paciente em decúbito lateral ; liquor opalescente e incolor, com retículo fibrinoso presente; células, 242 por mm³ (linfócitos 77,85%; mononucleares 4% ; plasmócitos 2% ; granulócitos neutrófilos 16% ; granulócitos eosinófilos 0,1%; granulócitos basófilos 0,05%); proteínas totais 1,16 g/1; reação de Pandy +++; reação de Weichbrodt +; reação de Nonne ++; reação do benjoim coloidal 00000.22222.22200.0; reação de Takata-Ara positiva, tipo vermelho; taxa de cloretos 6,67 g/l; taxa de glicose 0,34 g/l; reação de Wassermann negativa; bacilo de Koch presente (exame direto ou inoculação). Foram feitas considerações em torno do diagnóstico diferencial com a meningite luética, cisticercose encefálica, meningite a vírus, meningite do pós-operatório neurocirúrgico e hemorragias meníngeas. |
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