Pneumocéfalo pós-traumático
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1974 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de neuro-psiquiatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1974000100009 |
Resumo: | O autor apresenta três casos de pneumatocele intracerebral pós-traumático, revisando os principais sintomas desta complicação. Faz uma análise das hipóteses admitidas como determinantes e formadoras das aeroceles a partir do traumatismo craniano. Concorda com o mecanismo valvular admitido para os pacientes com fístula do líquido cefalorraqueano, mas julga que esse mecanismo é insuficiente para explicar os casos em que não haja fístula. Existindo solução de continuidade ósteo-meníngea e a pressão intracraniana se tornando negativa periodicamente, ficam estabelecidas condições para que o ar atmosférico entre em contato com o tecido nervoso. As pulsações do conteúdo intracraniano exercendo um mecanismo valvulado retem temporariamente pequenas porções de ar. Este aquecido sofre dilatação, expansão e aumento de pressão, e, devido ao mesmo mecanismo valvulado, ocorrerá uma troca parcial do ar interno com o externo. A repetição deste processo leva a retenção de volumes crescentes de ar, em estágios de pressão sempre mais elevadas. Quando a pressão exercida sobre o sistema vascular determinar o colapso do mesmo, o tecido nervoso sofrendo isquemia, entrará em necrose e atrofia. Esta se faz de preferência na substância branca por ser a mais frágil e não contar com a trama conjuntiva e riqueza de vasos da substância cinzenta. Esta situação tem caráter evolutivo e explicaria a formação das pneumatoceles na ausência de fístula de líquido cefalorraqueano. |
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