RISCO, VULNERABILIDADE E O CONFINAMENTO DA INFÂNCIA POBRE
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia & Sociedade (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822018000100227 |
Resumo: | Resumo O artigo problematiza as categorias “em risco” e “em vulnerabilidade”, utilizadas atualmente como justificativa para a ingerência estatal sobre a infância e adolescência pobres. Aborda os contributos da Psicologia, enquanto dispositivo de saber-poder, para a produção dessas categorias e apresenta uma contextualização histórica das intervenções de assistência à infância. O acolhimento institucional, proposto pela legislação vigente como medida de proteção à infância, é aqui apresentado enquanto um dispositivo de intervenção biopolítica. Nesse cenário, os operadores “risco” e “vulnerabilidade” têm ancorado práticas de cunho moralista e criminalizante, conferindo um caráter seletivo e paliativo às intervenções estatais. Propõe-se que essas categorias, quando utilizadas de forma acrítica, atuam a serviço de um duplo confinamento: dos corpos, que ficam restritos a um espaço que lhes é determinado - o abrigo -, e da subjetividade, que com a insígnia do risco e da vulnerabilidade é capturada e impedida de exercer sua potência. |
id |
ABRAPSO-1_096b776f6eea114088205c90d7d30143 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0102-71822018000100227 |
network_acronym_str |
ABRAPSO-1 |
network_name_str |
Psicologia & Sociedade (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
RISCO, VULNERABILIDADE E O CONFINAMENTO DA INFÂNCIA POBREPsicologia Socialinfânciapolíticas públicasvulnerabilidade socialacolhimento institucionalResumo O artigo problematiza as categorias “em risco” e “em vulnerabilidade”, utilizadas atualmente como justificativa para a ingerência estatal sobre a infância e adolescência pobres. Aborda os contributos da Psicologia, enquanto dispositivo de saber-poder, para a produção dessas categorias e apresenta uma contextualização histórica das intervenções de assistência à infância. O acolhimento institucional, proposto pela legislação vigente como medida de proteção à infância, é aqui apresentado enquanto um dispositivo de intervenção biopolítica. Nesse cenário, os operadores “risco” e “vulnerabilidade” têm ancorado práticas de cunho moralista e criminalizante, conferindo um caráter seletivo e paliativo às intervenções estatais. Propõe-se que essas categorias, quando utilizadas de forma acrítica, atuam a serviço de um duplo confinamento: dos corpos, que ficam restritos a um espaço que lhes é determinado - o abrigo -, e da subjetividade, que com a insígnia do risco e da vulnerabilidade é capturada e impedida de exercer sua potência.Associação Brasileira de Psicologia Social2018-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822018000100227Psicologia & Sociedade v.30 2018reponame:Psicologia & Sociedade (Online)instname:Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO)instacron:ABRAPSO10.1590/1807-0310/2018v30177502info:eu-repo/semantics/openAccessCrestani,VanessaRocha,Kátia Bonespor2018-11-07T00:00:00Zoai:scielo:S0102-71822018000100227Revistahttps://www.scielo.br/j/psoc/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevistapsisoc@gmail.com1807-03100102-7182opendoar:2018-11-07T00:00Psicologia & Sociedade (Online) - Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
RISCO, VULNERABILIDADE E O CONFINAMENTO DA INFÂNCIA POBRE |
title |
RISCO, VULNERABILIDADE E O CONFINAMENTO DA INFÂNCIA POBRE |
spellingShingle |
RISCO, VULNERABILIDADE E O CONFINAMENTO DA INFÂNCIA POBRE Crestani,Vanessa Psicologia Social infância políticas públicas vulnerabilidade social acolhimento institucional |
title_short |
RISCO, VULNERABILIDADE E O CONFINAMENTO DA INFÂNCIA POBRE |
title_full |
RISCO, VULNERABILIDADE E O CONFINAMENTO DA INFÂNCIA POBRE |
title_fullStr |
RISCO, VULNERABILIDADE E O CONFINAMENTO DA INFÂNCIA POBRE |
title_full_unstemmed |
RISCO, VULNERABILIDADE E O CONFINAMENTO DA INFÂNCIA POBRE |
title_sort |
RISCO, VULNERABILIDADE E O CONFINAMENTO DA INFÂNCIA POBRE |
author |
Crestani,Vanessa |
author_facet |
Crestani,Vanessa Rocha,Kátia Bones |
author_role |
author |
author2 |
Rocha,Kátia Bones |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Crestani,Vanessa Rocha,Kátia Bones |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Psicologia Social infância políticas públicas vulnerabilidade social acolhimento institucional |
topic |
Psicologia Social infância políticas públicas vulnerabilidade social acolhimento institucional |
description |
Resumo O artigo problematiza as categorias “em risco” e “em vulnerabilidade”, utilizadas atualmente como justificativa para a ingerência estatal sobre a infância e adolescência pobres. Aborda os contributos da Psicologia, enquanto dispositivo de saber-poder, para a produção dessas categorias e apresenta uma contextualização histórica das intervenções de assistência à infância. O acolhimento institucional, proposto pela legislação vigente como medida de proteção à infância, é aqui apresentado enquanto um dispositivo de intervenção biopolítica. Nesse cenário, os operadores “risco” e “vulnerabilidade” têm ancorado práticas de cunho moralista e criminalizante, conferindo um caráter seletivo e paliativo às intervenções estatais. Propõe-se que essas categorias, quando utilizadas de forma acrítica, atuam a serviço de um duplo confinamento: dos corpos, que ficam restritos a um espaço que lhes é determinado - o abrigo -, e da subjetividade, que com a insígnia do risco e da vulnerabilidade é capturada e impedida de exercer sua potência. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822018000100227 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822018000100227 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/1807-0310/2018v30177502 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Psicologia Social |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Psicologia Social |
dc.source.none.fl_str_mv |
Psicologia & Sociedade v.30 2018 reponame:Psicologia & Sociedade (Online) instname:Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) instacron:ABRAPSO |
instname_str |
Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) |
instacron_str |
ABRAPSO |
institution |
ABRAPSO |
reponame_str |
Psicologia & Sociedade (Online) |
collection |
Psicologia & Sociedade (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Psicologia & Sociedade (Online) - Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) |
repository.mail.fl_str_mv |
revistapsisoc@gmail.com |
_version_ |
1754212535581540352 |