Indicadores imunológicos (IgM e proteína C-reativa) nas infecções neonatais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vaz,F.A.C.
Data de Publicação: 1998
Outros Autores: Ceccon,M.E.J., Diníz,E.M.A., Valdetaro,F.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301998000300005
Resumo: A sepse, no período neonatal, está associada com a presença de fatores de risco para infecção e com o estado imunológico do recém-nascido. OBJETIVO: Verificar, em recém-nascidos com fatores de risco para infecção, o papel da proteína C reativa (PCR) e da imunoglobulina M (IgM) como indicadores de infecção. CAUSÍSTICA E METODOLOGIA: Foram estudados 57 recém-nascidos que apresentavam, como fatores de risco para infecção: ruptura prematura de membranas, associada ou não a amnionite clínica ou a infecção de trato urinário. Estes foram classificados em três grupos, de acordo com a idade gestacional <34 semanas, entre 34-36 6/7 semanas e (>37 semanas). O diagnóstico de infecção foi baseado em critérios clínicos e laboratoriais, e foram incluídos entre os métodos de diágnóstico a dosagem de PCR e de IgM. Os exames laboratoriais foram colhidos ao nascimento e no quinto dia de vida. RESULTADOS: Dos 57 recém-nascidos estudados, 18 (31,5%) apresentaram sepse, sendo 13 (22,8%) a forma precoce e cinco (8,7%) a forma tardia. Houve associação estatisticamente significante entre idade gestacional, peso e presença de infecção, constituindo o grupo com idade gestacional inferior a 34 semanas o mais acometido e o que apresentou também maior número de óbitos relacionados com o processo infeccioso. Não se observou associação estatisticamente significante entre sexo e infecção nos três grupos estudados. Em relação à IgM, houve diferença estatisticamente significante entre níveis séricos médios de IgM dos RNs infectados que se mostraram superiores aos dos não-infectados nos três grupos de idade gestacional, tanto ao nascimento como no quinto dia, sendo esta diferença mais evidente no quinto dia. Constatou-se forte associação estatística entre níveis de PCR >10mg/litro e presença de infecção nos três grupos estudados. CONCLUSÕES: Nesta casuística, a PCR foi o melhor indicador de infecção, revelado-se esta prova confiável para seguimento clínico no quinto dia de vida, e naqueles casos que apresentaram infecção tardia foi a primeira prova a se mostrar alterada.
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