Delirium em uma unidade de terapia intensiva latino-americana. Estudo prospectivo em coorte em pacientes em ventilação mecânica
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2017000300337 |
Resumo: | RESUMO Objetivo: Estabelecer a prevalência do delirium em uma unidade de terapia intensiva geral e identificar os fatores associados, sua expressão clínica e sua influência no desfecho. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo de coorte em uma unidade de terapia intensiva clínico-cirúrgica. Avaliamos os pacientes diariamente, com a Richmond Agitation-Sedation Scale e a Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit, com o objetivo de identificar delirium nos pacientes mecanicamente ventilados. Resultados: Nesta série de casos, a prevalência de delirium foi de 184 pacientes com delirium em um total de 230 pacientes. O subtipo de delirium psicomotor foi hiperativo em 11 pacientes (6%), hipoativo em 9 (5%) e misto em 160 (89%). Uma modelagem de regressão logística múltipla, com delirium como a variável de desfecho dependente (para avaliar os fatores de risco para delirium), revelou que idade acima de 65 anos, histórico de consumo de álcool e dias em uso de ventilação mecânica foram variáveis que se associaram independentemente com o desenvolvimento de delirium. Um modelo de regressão logística múltipla, que utilizou mortalidade hospitalar como variável de desfecho dependente (para estudar os fatores de risco para óbito), mostrou que o índice de severidade da doença, como o aferido segundo o escore Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II, o uso de ventilação mecânica por mais de 7 dias e o número de dias de sedação foram as dependentes preditoras de mortalidade hospitalar mais elevada. Conclusão: Este estudo latino-americano de coorte confirmou os fatores específicos importantes para delirium e o desfecho óbito entre pacientes admitidos a uma unidade de terapia intensiva geral. Em ambas as análises, identificamos que a duração da ventilação mecânica é um preditor de desfechos desfavoráveis. |
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Delirium em uma unidade de terapia intensiva latino-americana. Estudo prospectivo em coorte em pacientes em ventilação mecânicaDelírioRespiração artificialMortalidadeAnalgesiaSedação conscienteRESUMO Objetivo: Estabelecer a prevalência do delirium em uma unidade de terapia intensiva geral e identificar os fatores associados, sua expressão clínica e sua influência no desfecho. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo de coorte em uma unidade de terapia intensiva clínico-cirúrgica. Avaliamos os pacientes diariamente, com a Richmond Agitation-Sedation Scale e a Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit, com o objetivo de identificar delirium nos pacientes mecanicamente ventilados. Resultados: Nesta série de casos, a prevalência de delirium foi de 184 pacientes com delirium em um total de 230 pacientes. O subtipo de delirium psicomotor foi hiperativo em 11 pacientes (6%), hipoativo em 9 (5%) e misto em 160 (89%). Uma modelagem de regressão logística múltipla, com delirium como a variável de desfecho dependente (para avaliar os fatores de risco para delirium), revelou que idade acima de 65 anos, histórico de consumo de álcool e dias em uso de ventilação mecânica foram variáveis que se associaram independentemente com o desenvolvimento de delirium. Um modelo de regressão logística múltipla, que utilizou mortalidade hospitalar como variável de desfecho dependente (para estudar os fatores de risco para óbito), mostrou que o índice de severidade da doença, como o aferido segundo o escore Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II, o uso de ventilação mecânica por mais de 7 dias e o número de dias de sedação foram as dependentes preditoras de mortalidade hospitalar mais elevada. Conclusão: Este estudo latino-americano de coorte confirmou os fatores específicos importantes para delirium e o desfecho óbito entre pacientes admitidos a uma unidade de terapia intensiva geral. Em ambas as análises, identificamos que a duração da ventilação mecânica é um preditor de desfechos desfavoráveis.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2017-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2017000300337Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.29 n.3 2017reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507x.20170058info:eu-repo/semantics/openAccessMesa,PatriciaPrevigliano,Ignacio JoséAltez,SoniaFavretto,SilvinaOrellano,MaríaLecor,CinthyaSoca,AnaEly,E Wesleypor2017-10-24T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2017000300337Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2017-10-24T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false |
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